sexta-feira, 23 de novembro de 2012



planos para dominar o mundo #14


Um pequeno ponto preto chega finalmente à capital, qual rato do campo deslumbrado pela cidade. Mas não se deixem enganar pelo meu ar tímido e fofinho: eu tenho mesmo planos para dominar o mundo. Agora, no Lx Factory, até 23 de Dezembro (domingo a quinta, 15h às 19h):








«Um monstruário é um catálogo não convencional - um baú de curiosidades - de onde emerge um imaginário construído em torno de referências literárias.
O exercício taxonómico é uma expressão meta-científica de um desejo de nomear; organizar e classificar – com o intuito de domesticar – as criaturas que assombram esse imaginário. É um compêndio não universal em que cada item é descrito em função das associações líricas que desperta.
A presente exposição reflecte as influências recolhidas pela artista na ilustração científica e nas ambiências da era vitoriana, bem como num profundo fascínio pela estranheza, que não se dissocia de um romatismo vagamente envergonhado.
A artista acredita que as melhores histórias estão povoadas de criaturas bizarras, e que há, na profunda simbologia dos monstros e demónios interiores, o melhor dos pretextos para a elaboração de narrativas. A assombração é apenas uma etapa da familarização. É inevitável, essa ternura ambígua pelos próprios demónios domesticados.
O seu monstruário pretende sublinhar que o mais desconcertante em todas as criaturas assustadoras é não terem ninguém que as compreenda.»


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sábado, 26 de maio de 2012



planos para dominar o mundo #13






Dominar o mundo, uma cidade de cada vez. Desta vez, Era Uma Vez no Porto. Apareçam!






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sábado, 11 de fevereiro de 2012



Planos para dominar o mundo #12


Ainda não compraram uma lembrança para a vossa cara-metade (ou para vocês mesmos)? Ainda há tempo! ♥ Os postais e marca-livros LITTLE BLACK SPOT a caminho da dominação do mundo, agora à venda na Fnac (Braga). ♥




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posted by saturnine | 20:26 | 11 Comentários


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domingo, 6 de março de 2011



What? What's going to happen?Something wonderful. *






Baucis and Philemon
Gostamos de coisas esquisitas. Qualquer coisa de extraordinário está para acontecer.






* 2001, A Space Odyssey, Stanley Kubrik (dir.)






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posted by saturnine | 16:23 | 5 Comentários


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domingo, 13 de junho de 2010



planos para dominar o mundo #11






Sobrevivemos. O mundo está um desastre, mas nós queremos dominá-lo na mesma. Declaro oficialmente aberta a época do sol, e vivas para mim que já não precisarei mais meditar dentro de casa. Agora é favor parar lá com esse frio chuvoso mete-nojo para eu começar a dominar como deve ser, 'tá? Venham os perfumes das trepadeiras nos passeios nocturnos, os cocktails na esplanada ao fim da tarde, os livros da Ana Teresa Pereira em atraso. Mundo, sai da frente, que eu vou recuperar a vida que levaste emprestada. Diz que é uma espécie de feeling good, mas sem a Nina Simone, e com a antecipação de banda sonora para as viagens de carro até à praia:







The Drums | Let's go surfing






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quinta-feira, 3 de setembro de 2009



o enunciamento do descontentamento


dizem sempre que isto de festejar aniversários a partir de uma certa idade é uma seca e que custa cada vez mais e que é um aborrecimento e não sei que mais. eu concordo. estou enfastiadíssima. é terrível, ter que me sujeitar a festejar o meu aniversário aqui:







piscina de água aquecida, spa suspenso a mil metros de altitude, massagens relaxantes, a melhor paisagem do nordeste transmontano, a melhor companhia do mundo... francamente, as coisas a que uma pessoa se sujeita.





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posted by saturnine | 19:49 | 5 Comentários


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segunda-feira, 6 de julho de 2009



planos para dominar o mundo #10


assim, tal e qual como nos filmes, a história começa há 20 dias atrás. Itália. Verona. 40 graus centígrados ao sol. 35º à noite, sem ponta de ar fresco. dias depois, o dilúvio em plena Arena, sobre a Carmen de Bizet. Placido Domingo só teve tempo de festejar 10 dos seus 40 anos de carreira. algures pelo meio, a minha única lamentação: não ter conhecido antes a existência do guia que se impunha, Les Balades de Corto Maltese: Les sept portes magiques et leurs itinéraires de Guido Fuga.




cheguei a Veneza sem plano. não sei quantas vezes passei nas mesmas ruas, nas mesmas pontes. passei mais tempo dentro de livrarias do que ao pé da água - excepto quando as livrarias ficavam ao pé da água (sobre isto haverá mais histórias a contar). o primeiro sítio onde entrei tinha à venda a nova edição da Rizzoli da Balada do Mar Salgado em italiano. trouxe-o comigo. trouxe também a memória daquela luz, dos cheiros, do som som dos passos, das ruas estreitas. aqui e ali, a memória tende a falhar. o que é outro excelente pretexto para voltar.





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sábado, 4 de julho de 2009



planos para dominar o mundo #9


uma ou duas razões para aprender, de uma vez por todas, o italiano:









"Quando ero bambino mi accorsi che
non avevo la linea della fortuna sulla mano,
e allora presi il rasoio di mio padre e zac...
me ne feci una come volevo."






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segunda-feira, 1 de junho de 2009



planos para dominar o mundo #8


primeiro raid à Feira do Livro com alguns bons resultados:


John Cheever, Parece Mesmo o Paraíso
Relógio d'Água (1987)
2,5€

Henry James, O Desenho no Tapete
Relógio d'Água (1988)
2,5€

Italo Svevo, Senilidade
Relógio d'Água (1987)
5€

Dylan Thomas, Uma Visão do Mar e Outras Histórias
Relógio d'Água (2003)
5€

Virginia Woolf, Os Anos
Relógio d'Água (1992)
11€

Guillermo Cabrera Infante, Três Tristes Tigres
D. Quixote (1997)
5€

Manuel Rivas, El Lápiz del Carpintero
Alfaguara
13€



em compensação, a minha esperança de encontrar aquilo que procurava ficou esmorecida. constatação: a cidade Leya é uma trampa da qual resulta que editoras como a Caminho percam exposição de bons títulos de fundo de catálogo e fins de edição. era tarde. faltava meia hora para fechar a feira. não encontrei nenhum dos 3 livros que me faltam para completar a obra da Ana Teresa Pereira. comecei a ficar nervosa. resultado: passei por freak na banca da Relógio d'Água (tipo neurótica em ácidos), uma triste forma de por momentos passar para o outro lado do espelho e ser aquela com que o livreiro - esse animal sacana - pode gozar entre risadinhas maléficas ao virar das costas. oh well.





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domingo, 17 de maio de 2009



planos para dominar o mundo #7


o personagem principal de Uma Solidão Demasiado Ruidosa vive atormentado pelo peso de duas toneladas de livros suspensos sobre a sua cabeça, ameaçando diariamente a sua derrocada iminente, numa adivinhada queda em avalanche do baldaquim suspenso sobre a sua cama. o mesmo pesonagem também acredita que somos com as azeitonas: só sendo esmagados damos o melhor de nós.
pelo sim, pelo não, este bicho prefere escalar a escavar - os livros que pesem antes sobre o chão, erguendo-se em escada, até erigir uma torre altíssima, de onde seja possível abarcar com a vista o mundo inteiro. estes degraus revelados têm tanto de exibicionista como de fúria obsessiva organizadora. é que um bicho não sabe o que há-de fazer à vida. os planos para dominar o mundo ainda vão levar-me à pobreza:




"Rayuela", Júlio Cortázar [Cátedra Letras Hispanicas]

"Estrela Distante", Roberto Bolaño [Teorema]

"Estudos Sobre o Amor", Ortega y Gasset [Relógio d' Água] ♠

"Escuta, Zé Ninguém!", Wilhelm Reich [BIS: Leya]

"Manifesto Contra o Trabalho", Grupo Krisis [Antígona]

"Aviso aos Alunos do Básico e do Secundário", Raoul Vaneigem [Antígona]

"A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson Através da Suécia", Selma Lagerlöf [Relógio d' Água]

"Moby Dick", Herman Melville [Relógio d' Água]

"Rumo ao Farol", Virginia Woolf [Relógio d' Água]

"O Diabo e Outros Contos", Lev Tolstoi [Relógio d' Água]

"O Feiticeiro de Oz", Frank L. Baum [Relógio d' Água]

"A Harpa de Ervas", Truman Capote [Relógio d' Água]

"A Volta no Parafuso", Henry James [Relógio d' Água]

"Dicionário Infernal", Collin de Plancy [Cavalo de Ferro]

"Manuscrito Encontrado em Saragoça (vols. 1 e 2)", Jan Potocki [Cavalo de Ferro]

"Coração Duplo (vols. 1 e 2)", Marcel Schwob [Cavalo de Ferro]

"Assombrações", Vernon Lee [Cavalo de Ferro]

"Corbaccio", Giovanni Boccaccio [Cavalo de Ferro]

"Dos Cornudos: suas espécies e tipos", Charles Fourier [Cavalo de Ferro] ♠

"O Galo de Ouro e outros textos dispersos", Juan Rulfo [Cavalo de Ferro]

"Contos da Selva", Horácio Quiroga [Cavalo de Ferro]

"Contos de Amor, Loucura e Morte", Horácio Quiroga [Cavalo de Ferro]

"Amores Feiticeiros", Tahar Ben Jelloun [Cavalo de Ferro]

"Trold: Contos do Extremo Norte vol. 2", Jonas Lie [Cavalo de Ferro]

"Aventura na Ilha", Enid Blyton [Relógio d' Água]

"A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça", Washington Irving [Tinta da China]

"O Vento nos Salgueiros", Kenneth Grahame [Tinta da China]

"A Serpente", Stig Dagerman [Antígona]

"A Quinta dos Animais", George Orwell [Antígona]

"Os Homens Esquecidos de Deus", Albert Cossery [Antígona]

"Mendigos e Altivos", Albert Cossery [Antígona] ♠

"Mandriõs no Vale Fértil", Albert Cossery [Antígona] ♠

"A Casa da Morte Certa", Albert Cossery [Antígona]

"As Cores da Infâmia", Albert Cossery [Antígona]

"A Violência e o Escárnio", Albert Cossery [Antígona]

"Conversas com Albert Cossery", Michel Mitrani [Antígona]

"Mocidade", Joseph Conrad [Gato Maltês: Assírio & Alvim]

"Livro dos Seres Imaginários", Jorge Luís Borges [Teorema]

"Livro do Céu e do Inferno", Jorge Luís Borges e Adolfo Byoy Casares [Teorema]

"Crimes Exemplares" [edição ilustrada], Max Aub [Antígona] ♠

"O Canto Nómada", Bruce Chatwin [Quetzal]

"A Anatomia da Errância", Bruce Chatwin [Quetzal] ♠

"Na Patagónia", Bruce Chatwin [Quetzal]

"Uma Solidão Demasiado Ruidosa", Bohumit Hrabal [Afrontamento] ♠

"O Festim da Aranha", VA [Beltenebros: Assírio e Alvim]

"A Casa das Belas Adormecidas", Yasunari Kawabata [Assírio e Alvim]

"Henry e Cato", Iris Murdoch [Cotovia]

"Frankie e o Casamento", Carson McCullers [Cotovia]

"The Bloody Chambers", Angela Carter [Vintage]

"A Capote Reader", Truman Capote [Penguin Modern Classics]

"Negotiating With The Dead: A Writer on Writing", Margaret Atwood [Virago Press]

"Wide Sargasso Sea", Jean Rhys [Penguin Modern Classics]

"The Portable Edith Wharton", Edith Wharton [Penguin Modern Classics]

"Generation X", Douglas Coupland [Abacus] ♠

"Sad Cypress", Agatha Christie [Harper Collins]

"The House of Mirth", Edith Wharton [Wordsworth Classics]

"Tha Man Who Was Thursday", G.K. Chesterton [Penguin Red Classics]

"Great Horror Stories", VA [Bounty]

"Great Ghost Stories", VA [Bounty]

"Lolita", Vladimir Nabokov [Penguin Classics]

"Le dernier Jour Dans la Vie d'un Condamné", Victor Hugo [Relógio d' Água]

"Daisy Miller", Henry James [Penguin Popular Classics]

"Jane Eyre", Charlotte Brontë [Gramercy Classics]

"The Sea-Wolf", Jack London [Dover]

"Confessions of an Opium Eater", Thomas De Quincey [Dover]

"História Primeiro Feliz, de Depois Dolorosa e Funesta", Pietro Citati [Cotovia]

"Chapéus para Alice", Juan Ríos [Teorema]

"O Bosque da Noite", Djuna Barnes [Relógio d' Água]

"A Comédia do Diabo", Balzac [Teorema]

"O Terror", Arthur Machen [Vega]

"Travessia de Verão", Truman Capote [D. Quixote]

"Ilhas na Corrente", Ernest Hemingway [Livros do Brasil]

"A Tempestade", Shakespeare [Campo das Letras]

"Verdade e Política", Hannah Arendt [Relógio d' Água]

"O Monstro", Stephen Crane [Antígona]

"O Vento e Outros Contos", Eudora Welty [Antígona]

"As Cariátides", Karen Blixen [Relógio d' Água]

"A Noite da Iguana e Outras Histórias", Tenessee Williams [Assírio e Alvim]

"Verão", Edith Wharton [Relógio d' Água]

"História Universal da Infâmia", Jorge Luís Borges [BIS: Leya]

"Pequenas Grandes Infâmias", Panos Karnezis [Cavalo de Ferro]

"O Olho de Apolo", G.K. Chesterton [Biblioteca de Babel: Presença]

"Histórias de Cronópios e de Famas", Júlio Cortázar [Estampa]

"Peregrinação (2 vols.)", Fernão Mendes Pintos [Relógio d' Água]

"Histórias Policiais", Ana Teresa Pereira [Relógio d' Água]

"O Rosto de Deus", Ana Teresa Pereira [Relógio d' Água] ♠

"Se eu Morrer Antes de Acordar", Ana Teresa Pereira [Relógio d' Água]

"O Verão Selvagem dos Teus Olhos", Ana Teresa Pereira [Relógio d' Água]

"O Fim de Lizzie", Ana Teresa Pereira [Bilioteca dos Editores Independentes] ♠

"A Neve", Ana Teresa Pereira [Relógio d' Água] ♠

"A Casa dos Penhascos", Ana Teresa Pereira [Caminho] ♠

"A Casa da Areia", Ana Teresa Pereira [Caminho] ♠

"A Casa dos Pássaros", Ana Teresa Pereira [Caminho] ♠

"A Casa do Nevoeiro", Ana Teresa Pereira [Caminho] ♠

"Num Lugar Solitário", Ana Teresa Pereira [Caminho]

"Matar a Imagem", Ana Teresa Pereira [Caminho] ♠

"Casa na Duna", Carlos de Oliveira [Assírio e Alvim]

"Finisterra", Carlos de Oliveira [Assírio e Alvim]

"Depoimentos Escritos", Mário Henrique Leiria [Estampa]

"Pacheco Vs. Cesariny", Luiz Pacheco [Estampa]

"A Viagem do Elefante" [edição especial numerada e autografada], José Saramago [Caminho]

"Cultura: tudo o que é preciso saber", Dietrich Scwaritz [D. Quixote]

"O Silêncio dos Livros", George Steiner [Gradiva] ♠

"A Conquista da Felicidade", Bertrand Russell [Guimarães] ♠

"O Banquete", Kierkegaard [Guimarães]

"Viva o Ano 1000!", Jacques Le Goff e Outros [Teorema]

"O Rapaz Que Chutava Porcos", Tom Baker [Teorema]

"A Odisseia de Penélope", Margaret Atwood [Teorema]

"A Chama Dupla", Octavio Paz [Assírio e Alvim]

"El Laberinto de la Soledad", Octavio Paz [Cátedra Letras Hispanicas]

"Sob Um Falso Nome", Cristina Campo [Assírio e Alvim]

"A Metáfora do Coração e Outros Escritos", Maria Zambráno [Assírio e Alvim]

"O Labirinto do Medo: Ana Teresa Pereira", Rui Magalhães [Angelus Novus]

"A Potência de Existir", Michel Onfray [Campo da Comunicação] ♠

"Teoria da Viagem", Michel Onfray [Quetzal] ♠

"A Batalha das Termópilas", Heródoto [Babel]

"O Povo do Abismo", Jack London [Antígona]

"Poesia", Álvaro de Campos [Assírio & Alvim]

"A Faca Não Corta o Fogo", Herberto Helder [Assírio & Alvim]

"8 Ícones", Arsenii Tarkovski [Assírio & Alvim]

"A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock", T.S. Eliot [Assírio & Alvim]






- one down, hundreds to go







primeiro tomo:

"Bartleby/ A Escrita da Potência", Herman Melville/ Giorgio Agamben [Assírio & Alvim]
"O Pátio Maldito", Ivo Andric [Cavalo de Ferro]
"God explained in a taxi ride", Paul Arden [Penguin]
"Crónica de uma serva", Margaret Atwood [Europa-América]
"O Inominável", Samuel Beckett [Assírio & Alvim]
"Derrubar Árvores: Uma Irritação", Thomas Bernhard [Assírio & Alvim]
"A sul de nenhum norte", Charles Bukowski [Relógio d'Água]
"O deserto dos tártaros", Dino Buzzati [Cavalo de Ferro]
"O avesso e o direito", Albert Camus [Livros do Brasil]
"A morte feliz", Albert Camus [Livros do Brasil]
"O primeiro homem", Albert Camus [Livros do Brasil]
"Alice nos País das Maravilhas/ Alice do Outro Lado do Espelho" (ilustrações originais), Lewis Carroll [Relógio d'Água]
"A Caça ao Snark", Lewis Carroll / ilustrações de Henry Holiday [Assírio & Alvim]
"O Grande Fedor", Clare Clark [Paralelo 40º]
"Histórias Inquietas", Joseph Conrad [Assírio & Alvim]
"The Virago Book of Ghost Stories", edited by Richard Dalby [Virago]
"Teatro Completo", Ésquilo [Estampa]
"O homem e o rio", William Faulkner [Europa-América]
"As dioptrias de Elisa", António Gancho [Assírio & Alvim]
"Contos de S. Petersburgo", Nikolai Gógol [Biblioteca Independente/Assírio & Alvim]
"Grimm's Fairy Tales", Brothers Grimm [Vintage]
"Hipérion ou O Eremita da Grécia", Friedrich Hölderlin [Assírio & Alvim]
"Terra de Neve", Yasunari Kawabata [Dom Quixote]
"Debaixo do Vulcão", Malcolm Lowry [Relógio d'Água]
"Através do Canal do Panamá", Malcolm Lowry [Relógio d'Água]
"As velas ardem até ao fim", Sandor Márai [Dom Quixote]
"The cat who came in from the cold", Joeffrey Moussaieff Masson [Ballantine Books]
"A Estrada", Cormac McCarthy [Relógio d'Água]
"O Guarda do Pomar", Cormac McCarthy [Relógio d'Água]
"No Country for Old Men", Cormac McCarthy [Picador]
"A Balada do Café Triste", Carson McCullers [Relógio d'Água]
"Coração, Solitário Caçador", Carson McCullers [Europa-América]
"Aulas de Literatura", Vladimir Nabokov [Relógio d'Água]
"Convite para uma decapitação", Vladimir Nabokov [Assírio & Alvim]
"Por que escrevo e outros ensaios", George Orwell [Antígona]
"Quando atravessares o rio", Ana Teresa Pereira [Relógio d'Água]
"A coisa que eu sou", Ana Teresa Pereira [Relógio d'Água]
"The Complete Illustrated Works", Edgar Allan Poe [Chancellor Press]
"Uncle Montague's Tales of Terror", Chris Priestley [Bloomsbury Publishing]
"Pantagruel", François Rabelais / ilustrações de Gustave Doré [Frenesi]
"Antígona", Sófocles [Gulbenkian]
"O estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde", Robert Louis Stevenson [Assírio & Alvim]
"Walden (ou a Vida nos Bosques)", Henry David Thoreau [Relógio d'Água]
"A morte de Ivan Ilitch", Leo Tólstoi [Booket]
"Pais e Filhos", Turgueniev [Relógio d'Água]
"O Arranca-Corações", Boris Vian [Estampa]
"A festa de Mrs. Dalloway", Virginia Woolf [Relógio d'Água]
"O combate com o demónio", Stefan Zweig [Antígona]
"Carta sobre a felicidade/ Da vida feliz", Epicuro/ Séneca [Biblioteca Independente/ Assírio & Alvim]
"O Caso Mental Português/ A Loucura Universal", Fernando Pessoa/ Raul Leal [Padrões Culturais]
"Só o sangue cheira a sangue", Ana Akhmátova [Assírio & Alvim]
"O meu coração é árabe", Adalberto Alves [Assírio & Alvim]
"Poesia" (obra completa), Eugénio de Andrade [Fundação Eugénio de Andrade]
"Eating Fire: Selected Poetry", Margaret Atwood [Virago]
"Antologia", Manuel Bandeira [Relógio d'Água]
"Cantigas da inocência e da experiência" (ilustrações originais), William Blake [Antígona]
"A ferida aberta", Jorge Sousa Braga [Assírio & Alvim]
"Pétalas negras ardem nos teus olhos", Luís Falcão [Assírio & Alvim]
"Uma Faca nos Dentes", António José Forte
"Um mover de mão", Vasco Gato [Assírio & Alvim]
"Os Animais Antigos", João Habitualmente [Objecto Cardíaco]
"A Neo-Penélope", Ana Hatherly [& etc]
"Cartas de aniversário", Ted Hughes [Relógio d'Água]
"Primeira neve", Issa Kobayashi [Assírio & Alvim]
"As Cantinas e Outros Poemas do Mar e do Álcool", Malcolm Lowry [Assírio & Alvim]
"A noite abre meus olhos", José Tolentino de Mendonça [Assírio & Alvim]
"Trabalho Poético", Carlos de Oliveira [Assírio & Alvim]
"Nada tão importante que não possa ser dito", José Alberto Oliveira [Assírio & Alvim]
"Tanto Fogo e Tanto Frio: O último sonho de Olímpio", Alberto Pimenta [& etc]
"A mão ao assinar este papel", Dylan Thomas [Assírio & Alvim]
"A noite, o que é?", Francisco José Viegas [Quasi]
"Walkmen", José Miguel Silva/ Manuel de Freitas [& etc]
"Amphigorey", Edward Gorey
"Amphigorey Again", Edward Gorey
"The Happless Child", Edward Gorey
"The Sobbing Thursday", Edward Gorey
"Donald Has a Difficulty", Edward Gorey
"The Twelve Terrors of Christmas", John Updike / illustrations by Edward Gorey
"Men and Gods: Myths and Legends of the Ancient Greeks", Rex Warner / illustrations by Edward Gorey
"Corto Maltese: La Ballade de la Mèr Salée" (edição especial comemorativa do 40º aniversário), Hugo Pratt [Casterman]
"Dante's Divine Comedy", Dante Alighieri / illustrations by Gustave Doré
"John Milton's Paradise Lost", John Milton / illustrations by Gustave Doré






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posted by saturnine | 20:47 | 6 Comentários


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planos para dominar o mundo #6


uma vez chegada à estação Albert Cossery, e encontrada a expressão literária máxima da mandriice, a máquina da revolta põe-se em marcha em progressão lenta, mas ininterrupta. a semente do protesto mina, no âmago de um indivíduo, a possibilidade de um espírito concordante. que é como quem diz, entra-se numa espécie de current mood em que só apetece reclamar, protestar, reivindicar. vá, é uma disposição um bocado socialista. ao Manifesto Contra o Trabalho acrescento mais dois para o rol de planos emergentes:

Aviso aos Alunos do Básico e Secundário | Raoul Vaneigem
Escuta, Zé Ninguém | Wilhelm Reich



contra os poderes instituídos, marchar marchar!





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quarta-feira, 22 de outubro de 2008



frases feitas com títulos de livros


a mim também ninguém me perguntou nada, mas já se sabe que eu não posso ver nada que quero logo imitar também.

primeiro ensaio: os livros pousados na estante. não fazem frase nenhuma, mas têm uma sequência semântica que tem o seu quê de curioso:



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segundo ensaio e seguintes: posso bem ter descoberto uma outra vocação/ocupação/obsessão de tempos livres:





"Se nos encontrarmos de novo quando atravessares o rio, beau séjour. O amor... o amor é fodido."







"Ontem, através do canal do Panamá, as ondas. A espuma dos dias, é tudo."







"Para além do Bem e do Mal, Prometeu agrilhoado, o homem revoltado: 'que farei quando tudo arde?'"

© little black spot






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posted by saturnine | 16:29 | 10 Comentários


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sábado, 11 de outubro de 2008



megalomanias


uma certa minúcia obsessiva-compulsiva, por certo mais tendencialmente comum entre quem vive no meio dos livros, é o desejo megalómano de ter lido qualquer coisa de todos os Nobel. em nome do conhecimento. eu cá não sou capaz, é ponto assente. mas tenho um profundo desejo de ler alguns Nobel, isso tenho. nada como ter sempre reservas e alternativas nos planos para dominar o mundo. o meu exército conta Naguib Mahfouz, Ivo Andrić, Octavio Paz, Samuel Beckett e todo o William Faulkner. contra o tédio, marchar, marchar.





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sexta-feira, 10 de outubro de 2008



I can fly, can you?


ontem voei. tive uns bons 10 segundos de imortalidade. flutuei no vazio terrorífico do tempo que se suspende, por breves instantes, como a minha respiração, também sustida. nenhum som em redor senão o cavalgar desenfreado do meu coração a querer saltar para fora do peito. cerca de 20 metros em queda livre, e é tão claro como o medo é, apesar de tudo, a melhor coisa que existe, a única coisa que nos separa - na maioria das vezes - da auto-destruição, mecanismo automático que é da auto-preservação. ontem desafiei todos os (meus) limites, e pelo caminho os do meu pobre coração insuficiente. quando me queria arrepender, já era tarde de mais. já estava suspensa sobre o vazio, e a voz que me sustentava segundos antes - sentes as minhas mãos? - já soava distante, como um passado - azar do caraças, porque vou tirá-las. e assim me atirei abaixo de uma ponte, acreditando que podia voar, e voei de facto, por breves momentos, até as cordas me interromperem a queda e me assegurarem que o meu destino não era o de Ícaro. com os pés de volta em solo firme, sentia-me gigante, como se não coubesse dentro do meu corpo. poderia fazer qualquer coisa, era maior que tudo, maior que o mundo. era um resíduo de imortalidade, para o qual não há palavras, nem comparação.
hoje, e factura não tardou e é bem pesada. todo o corpo me dói violentamente como se tivesse sido brutalmente açoitado. o meu pescoço é um prato de esparguete ferido. ainda assim é coisa pouca, em comparação com as noites bem dormidas que se avizinham. contra a insónia, as descargas de adrenalina. é-me subitamente claro que hoje já não sou de modo algum a mesma pessoa que era ontem quando acordei. quem disse que aos homens não estão acessíveis as coisas dos deuses?



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das coisas semi-divinas, ou da imortalidade na mortalidade


ontem voei. tive uns bons 10 segundos de imortalidade. flutuei no vazio terrorífico do tempo que se suspende, por breves instantes, tal como a minha respiração, também sustida. nenhum som em redor senão o cavalgar desenfreado do meu coração a querer saltar para fora do peito. faltando-nos o chão sob os pés, e é tão claro como o medo é, apesar de tudo, a garantia da sobrevivência; a única coisa que nos separa - na maioria das vezes - da auto-destruição, mecanismo automático que é da auto-preservação. ontem arrisquei desafiar os (meus) limites, e os do meu pobre coração insuficiente. quando me queria arrepender, já era tarde de mais. já estava suspensa sobre o vazio, a iniciar cerca de 20 metros de queda livre em direcção ao mundo vagamente presente lá em baixo. num instante senti que morria, noutro um resíduo de importalidade, para o qual não há palavras nem comparação. quem disse que aos homens não estão acessíveis as coisas dos deuses?



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domingo, 5 de outubro de 2008



lugares mágicos [planos para dominar o outono] #2



Palácio da Regaleira, Sintra
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Fundação de Serralves, Porto
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lugares mágicos [planos para dominar o outono] #1


o que eu gosto em Setembro é do limbo: é um mês de passagem, transitório por natureza, tempo de despedidas ou regressos, em que o lento despir do inferno estival se mistura com a preparação ritual da descida aos subterrâneos. os dias curtos, o céu plúmbeo, os casacos mais quentes. aconteceu este ano que, por motivos alheios à minha vontade, não pude dar por Setembro a passar. não pude estar atenta à transformação da terra, à subtil transfiguração da luz, à exacta primeira folha que, amarelecida, caísse aos meus pés. assim, vejo-me subitamente em Outubro, numa casa com quatro varandas, inundada desta luz amadurecida do último trimestre. esta casa tem o cheiro que eu recordo de outras casas da minha infância. mas esta é a casa onde a infância antiga já não tem lugar. foram precisos 29 anos para acolher com expectativa e antecipação a melancoliado outono. esperam-me três meses de tardes à janela, passeios bestiais, dEUS e Sigur Rós e o resto logo se vê. e assim antes do ano novo, se não vem a vida nova, vem pelo menos a mobília.



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posted by saturnine | 20:35 | 4 Comentários


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sábado, 2 de agosto de 2008



The sea, the sea








o título acima é do livro que estou a ler, de Iris Murdoch. acompanhou-me na viagem rumo ao sul, mas só no regresso se me ofereceu o momento de lhe pegar. ante a enfermidade, há que antes preparar o corpo para a cura (coisa que aprendi com Ossanha Traidor).
de partida para o sul, eu fugi para o mar. fugi como a quem urge embrenhar-se sozinho no mato e encontrar-se com deus. a mim urgia mergulhar, nadar, limpar, curar, regenerar. eu sou um ser do verão. a minha única e verdadeira vocação é deambular pelos lugares onde se pode viver do sol. parti, sequiosa, seguindo o rasto da minha sede - e a minha sede põe-me o travo do sal na boca, leva-me para o sul, onde o azul é estupidamente desconcertante e onde o vento frio da noite traz o azul-negro do céu crivado de estrelas. andei por terras onde os mouros passaram. lugares pouco mais que desolados, pequenos, onde a civilização chega só em doses muito moderadas, onde é possível esquecer que há tempo e coisas mundanas - ali, é só a presença da terra. a terra dura e árida, escarpada, impressionantes falésias ao fundo das quais se estendem silenciosos oásis de brisa fresca. a terra chama, e eu vou. ajoelho e estendo o corpo no solo quente. vergo ante o jugo implacável de um sol castigador, arde-me a pele no excesso de luz, e depois chega a redenção: um reino subitamente descoberto, a recompensa pelo esforço da sobrevivência ao caminho árduo, como uma gloriosa coroação quando a manhã vai alta, ao fundo, o mar.
o alívio que é seguir pela estrada que arde, descer 285 degraus escavados na rocha, chegar à praia quase deserta. o mar, do lado ocidental da costa (na verdade é o oceano) tem o tom atlântico característico, vagamente assustador, encapelado, ruge e rebenta violentamente antes de chegar ao areal, e a brisa salpica o corpo de água muito salgada carregada de iodo, em que não é possível nadar. do lado sul, é mar mediterrâneo, baías calmas e verdes que enchem as praias de algas e conchas, onde se nada como se não houvesse amanhã, como se se pudesse nadar até ao fim do mundo - e de lá regressar ao princípio. naturalmente (e felizmente), o lado ocidental é o menos civilizado. é quase possível não ter que articular palavra um dia inteiro. as pessoas circulam ao longe, vemo-las, ouvimos, mas fazem parte de uma história distinta e distante, não nos dizem respeito. o interesse está única e exclusivamente concentrado na paisagem, na planície queimada, os montes verdejantes, as casas caiadas de branco em silêncio absoluto, de cujas varandas e terraços mouriscos emergem cachos de buganvílias numa explosão de cor. ao fundo, o mar.
tenho no mundo um lugar de eleição, que se chama Vale dos Homens. tenho no corpo um bronzeado bonito e saudável. um dia, quando for grande, hei-de ter uma casa branca junto ao mar, com cachos de buganvílias a pender dos arcos das varandas mouriscas, algures numa rua estreita, na qual incide o sol a pique ao meio-dia e onde à noite se sente o ar perfumado, num lugar a sul, só moderadamente civilizado, algo como Aljezur.















































Conhecias o verão pelo cheiro,
o silêncio antiquíssimo
do muro, o furor das cigarras,
inventavas a luz acidulada
a prumo, a sombra breve
onde o rapazito adormecera,
o brilho das espáduas.
É o que te cega, o sol da pele.


Eugénio de Andrade, Matéria Solar






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posted by saturnine | 14:00 | 6 Comentários


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sexta-feira, 1 de agosto de 2008



sob o signo do sol:
pré-congelado #2


quando habitualmente em Junho começa a cumprir-se a promessa anual do reino glorioso do verão, acontece qualquer coisa que me transfigura: o corpo instintivamente entra em interna movimentação. como se de uma metamorfose se tratasse, de dentro para fora, vai sendo expulso o inverno, o desaparecimento contínuo, a depressão. é uma purga. temporária, mas possível, necessária. tudo começa quando a linguagem se torna estranha, um excesso. o verão começa quando já só consigo ouvir coisas que não consigo compreender.
há música que me faz sonhar com uma Terra que eu não posso saber de todo se existe mesmo. uma visão romântica dos desertos, das plantações de café, da dureza dos lugares inóspitos onde a presença humana diz pouco da civilização, onde a água é, mais que uma benção, uma religião. mas a música leva-me a essa terra que trago dentro da cabeça, dentro do corpo, à espera de desabrochar.
entre Junho e Setembro, a única música possível é essencialmente árabe e africana. o fascínio do exotismo está claramente marcado, sempre foi assim para o homem ocidental. mas há qualquer coisa de extremamente maravilhoso em escutar aquelas vozes, como cânticos vindos do princípio e do fim do mundo, não conseguir inteligir, e sentir que assim é que está bem, tudo está no seu lugar, que é a própria terra antiga que nos fala, e que é tempo de nos entregarmos ao abandono do sofrimento excessivo.





Sines



este ano, renunciei (não sem alguma angústia) aos festivais de verão habituais. fiz a minha estreia no Festival Músicas do Mundo em Sines. de lá, trago uma injecção de boas vibrações (que conseguiu felizmente superar a minha crescente fobia de multidões e freaks e espíritos de festival), e o espanto e a alegria de dois momentos: Faiz Ali Faiz (Paquistão) e Rokia Traoré (Mali). no primeiro, levitei para outra dimensão, quase hipnotizada, como uma cobra encantada; no segundo, dancei como se não houvesse amanhã, e viajei, viajei para longe, tão longe quanto a minha cabeça me conseguiu levar. as vozes, as vozes. como se o tom de pele conferisse dignidade ao espírito: quanto mais escuro melhor. durante dias a fio, andei com um refrão paquistanês que não compreendo de todo na cabeça. músicas longuíssimas, seguramente com 10, 15, 20 minutos. cheias de cambiantes, avanços e recuos, mas sempre guiadas por uma harmonia subtil que as encerrava dentro de uma unidade implícita. ou seja: regressávamos sempre ao ponto onde algo era reconhecido, mesmo se não soubéssemos que rumo tomávamos.
sobre a voz de Rokia Traoré consigo dizer pouco, a não ser que parece trazer a África toda dentro. ia deixar aqui umas amostras, mas não sou capaz. não faz jus ao que vi e ouvi. é partir em busca, se faz favor, ver para crer (querer).





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posted by saturnine | 23:56 | 0 Comentários


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sábado, 19 de julho de 2008



f-i-n-a-l-m-e-n-t-e!


agora é que é a sério. se perguntarem por mim, não estou. se precisarem mesmo mesmo mesmo, estarei a sul.volto em agosto.





Edward Hopper, Room by the sea




sol, mar, praia, descanso, passeios, mergulhos,
enfim,
a puta da loucura

em férias!!!






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posted by saturnine | 04:28 | 7 Comentários


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"us people are just poems"
[ani difranco]


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