domingo, 29 de maio de 2011



Q & A


Não resisto às coisas inúteis. Por isso mesmo, seguindo este mote, deixei as coisas importantes de lado e tratei de responder:


1 – Existe um livro que lerias e relerias várias vezes?
Existem vários. Os livros que mais me marcam vão sendo relidos, na medida do possível, para as histórias não se deixarem esbater pela passagem do tempo. Todos livros da Flannery O'Connor, todos os do Ruan Rulfo, todos os do Malcom Lowry, todos os do Tonino Guerra, pff, tantos. E, ainda assim, o tempo não chega para reler tudo aquilo que gostaria, especialmente quando ainda há tanto para ler pela primeira vez.


2 – Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?
Há, sim. "A Ordem Natural das Coisas", de António Lobo Antunes. Esse venceu-me, e tive que me assumir derrotada. Nunca vi coisa tão intragável, e olhem que eu li "A Sibila" de fio a pavio.


3 – Se escolhesses um livro para ler para o resto da tua vida, qual seria ele?
Isto é o mesmo que a primeira pergunta, não é? Se fosse só um, suponho que seria a "Odisseia" de Homero. (adenda: depois de ter pensado melhor, acho que seria o "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares.)


4 – Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, nunca leste?
50% dos livros que tenho nas minhas estantes, ainda em fila de espera. Um cuja falha mais me aborrece é o "Ofício de Viver", de Cesare Pavese.


5 - Que livro leste cuja ‘cena final’ jamais conseguiste esquecer?
Normalmente, são as cenas finais as primeiras que esqueço. Vá-se lá saber porquê. Lembro-me sempre muito melhor de como os livros começam. Talvez porque, na verdade, seja muito mais raro encontrar um final que realmente me impressione tanto como o resto do miolo. Aquele que me recordo melhor será, talvez, o d'"A Estrada" de Cormac McCarthy.


6 - Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura?
Tinha, pois. Tinha inclusive o hábito de ler às escondidas, pela noite dentro, depois da hora do "recolher obrigatório" e de, por essa razão, ser uma dor de cabeça constante para os meus pais, que sabiam que um livro novo não me entretinha durante uma semana, como gostariam. Era particularmente fã de aventuras, mistério, fantasia, the works. Suponho que seja por isso que me tornei muito cedo fã de Hitchcock.


7 - Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?
Até já falei dele. "A Sibila", da Agustina Bessa-Luís.


8 - Indica alguns dos teus livros preferidos.
Alguns. Só mesmo alguns, e sem qualquer tipo de ordem de preferência.

"Tudo o que sobe deve convergir", Flannery O'Connor
"Debaixo do Vulcão", Malcolm Lowry
"O mar, o mar", Iris Murdoch
"O Mundo (é a rua da tua infância)", Juan José Millás
"O livro das igrejas abandonadas", Tonino Guerra
"O Ponto de Vista dos Demónios", Ana Teresa Pereira
"Antígona", Sófocles
"A Estrada", Cormac McCarthy
"Memorial do Convento", José Saramago
"Pedro Páramo", Juan Rulfo
"Contos de S. Petersburgo", Nikolai Gogol
"As Cidades Invisíveis", Italo Calvino
"Os Passos em Volta", Herberto Helder
"Os Pássaros e Outros Contos Macabros", Daphne du Maurier
"Teoria da Viagem", Michel Onfray


9 - Que livro estás a ler neste momento?
Contos da Katherine Mansfield. "O Garden-Party" e "A Viagem Indiscreta".


10 - Indica dez amigos para o Meme Literário:
Algum dos meus dez leitores habituais. Façam o favor de se servir, isto aqui é tipo buffet.





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posted by saturnine | 19:27 | 4 Comentários


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terça-feira, 24 de maio de 2011



Coisas que a gente sabe logo


Ao primeiro livro de Virginia Woolf, torna-se logo pouco surpreendente que tenha terminado por decidir morrer, qual Ofélia, de morte precoce e premeditada. Um cérebro, como um disco num gira-discos, só aguenta um certo limite de rotações.


Ao primeiro livro de Tennessee Williams, já estou rendida e fascinada, como só acontece tão raras vezes, reconhecer um escritor da carne viva, como com o Juan Rulfo, tão perfeito que um único livro bastaria para sustentar a obra inteira de uma vida.





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posted by saturnine | 16:59 | 0 Comentários


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segunda-feira, 23 de maio de 2011



One Hopper a day keeps the doctor away #3



Edward Hopper | House at dusk






«Quando um homenzinho chega a uma cidade desconhecida e procura um lugar para ficar, sente-se bruscamente desprotegido, privado do saber, à mercê de todas as investidas. Os espíritos demoníacos que habitam o mundo primitivo, regressam à luz, abandonam o exílio. Dissimulados e triunfantes, voltam a rastejar pelas secretas cavidades das rochas e pelos sulcos dos bosques de onde a razão os expulsara. O forasteiro solitário, assustado com a sua própria sombra e com o som dos seus passos, caminha entre filas de vigilantes divindades inferiores, com obscuras intenções. Não é bem ele que olha para as casas, são as casas que olham para ele. As ruas estão atentas, espreitam. Tabuletas, janelas, portas, estão repletas de olhos e bocas que o observam e murmuram. A tensão nervosa cresce e estrangula-o, cada vez mais. Se alguém lhe dirige um sorriso de boas-vindas, é o suficiente para provocar uma espécie de explosão. A sua pele, tão arrepiada como uma luva nova de pelica, parece que vai rebentar pelas costuras, libertano o espírito; então poderá abraçar os muros de pedra e dançar sobre todos os telhados, aqui ou além. Os demónios dispersaram uma vez mais, regressando ao seu limbo; tranquilo está o mundo, tranquilo e ameno e reduzido de novo à sua inércia - é como um boi embrutecido, andando à volta, sulcando o tempo como convém ao homem.»


'A Maldição'
in A Noite da Iguana e Outras Histórias, Tennessee Williams
Assírio e Alvim, 2009





Se isto não é uma das mais brilhantes aberturas para um livro de sempre, não sei o que será.





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Meter a cabeça na areia


Hoje e amanhã, pelo bem da minha própria auto-preservação, faço uma pausa de realidade. Nem é só esta história de não haver solução para a crise e de só me apetecer chorar quando penso nas eleições. Hoje amanhã farei de conta que nada se passa. E se me importunarem direi apenas: "The National? Céus, não faço ideia do que estás a falar."





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sexta-feira, 20 de maio de 2011



One Hopper a day keeps the doctor away #2



Edward Hopper | Burly Cobb's House, South Truro





«Tirou as trancas de um portão, seguiu por um trilho ao longo de um esburacado muro da pastagem e avançou até ao cimo do monte onde um maciço de larícios sacudia ao vento os seus pendões viçosos. Aí, deitou-se no declive, atirou o chapéu e escondeu a cara na erva.
Sabia muito confusamente que era cega e insensível em relação a muitas coisas, mas cada gota do seu sangue reagia a tudo o que fosse luz e ar, perfume e cor. Amava a aspereza da erva seca da montanha sob as palmas das mãos, o odor do tomilho que esmagava com o rosto, o dedilhar do vento nos cabelos, o vento a trespassar-lhe a blusa de verão e o ranger dos larícios que com ele oscilavam. (...)
Geralmente, em tais momentos, não pensava em coisa alguma, mas ficava deitada, imersa num bem-estar inexprimível.»


Verão, Edith Wharton
Relógio d'Água, 2003





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posted by saturnine | 13:52 | 2 Comentários


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Fruto saturnino


Frutos de outono em Maio: o conhecimento do inferno chega com as brisas da tarde. Em breve, penderão as romãs, bolas vermelhas, como de uma árvore de Natal, em pleno verão.








© little black spot 2011






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domingo, 15 de maio de 2011



One Hopper a day keeps the doctor away #1



Edward Hopper | Lighthouse and Buildings, Portland Head





«Tal como num dia de verão as ondas se juntam, se desequilibram e caem; e o mundo todo parece dizer, cada vez mais gravemente, "não há mais nada", até que o próprio coração dentro do corpo estendido ao sol diz também não há mais nada. Não mais temas, diz o coração, confiando o seu fardo a qualquer mar que suspira colectivamente por todas as mágoas, um mar que se renova, que recomeça, que se ergue e se deixa cair.»

Mrs. Dalloway, Virginia Woolf
Relógio d'Água, 2004





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Achados imperdíveis


«A raridade não está naquele momento em que julgamos encontrar a pessoa certa; é sim, passado tanto tempo, aquela ainda ser a pessoa certa. Até que o tempo desista de si próprio.»

Sérgio Lavos








© little black spot 2011






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sábado, 14 de maio de 2011



April was the cruellest month #4


Há uns cinco anos, durante um Abril que foi, efectivamente, o mais cruel dos meses, tinha começado a ler pela primeira vez a Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf. Eu era, na altura, uma jovem mulher adulta, no limiar daquilo que eu imaginava ser a 'flor da idade'. Era uma tarde de sol num café da Rua de Ceuta, e eu tinha acabado de comprar o meu primeiro livro do Rui Pires Cabral. Não o cheguei a tirar do saquinho de papel, como pensava, para exibi-lo como um recém adquirido tesouro. Entretinha-me, enquanto esperava, de mãos trémulas e espírito inquieto, com a Mrs. Dalloway, poucos minutos antes de eu ter morrido, ou o mundo ter acabado (não me recordo com precisão, sei apenas que sucederam grandes desastres).





John William Waterhouse | Ophelia






Depois regressei, como quem acorda de súbito, ou o mundo regressou, claro, como sempre fazem as coisas seguindo a sua ordem, voltando ao normal. Mas algo de mim ficou preso naquela tarde e já não regressou juntamente com o resto. Depois desse dia, li muitas vezes os poemas preciosos de Rui Pires Cabral, mas não li mais uma única página que fosse de Mrs. Dalloway, até hoje (ou até há dois dias, quando escrevi este texto, mas o Blogger estava avariado). Cinco anos depois, em plena idade balzaquiana, também Abril se tornou um demónio domesticado.

O ano passado reconciliei-me com a Câmpanula de Vidro, de Sylvia Plath, o livro mais assombrado da minha vida. Mrs. Dalloway é o segundo. Estes dias, peguei-lhe novamente, com renovada confiança, em toda a graça dos meus trinta anos, e a leitura está livre do estigma do castigo. Abril não é mais o mês asfixiante das mortes entre as flores. Agora já pode ser só o mês próprio para a Ana Teresa Pereira.





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Uma coisa dionisíaca







© little black spot 2011




É quase obscena a afirmação desta estação, na sua reconquista persistente de um reino de sol. A primavera chega ao auge como uma inflamação da pele, e dos sentidos. A tarde aquece os muros, e ao cair da noite os perfumes invadem as ruas, os recantos entre as casas, os passeios, surpreendendo-nos ao virar inesperado de cada esquina. Aromas de jasmim, de flor de laranjeira, de madressilva, delícias impossíveis de circunscrever, que sublinham a alegria imensa de ter um corpo vivo, que pertence a esta terra. Deve ter sido qualquer coisa assim que originou a invenção da poesia. Suspeito.





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Viver narrativamente (um post ultra-congelado)


Tinha para aqui isto perdido. À distância, já não me lembro onde pretendia chegar. Mas não faz mal, sempre gostei de histórias sem moral.



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Um pequeno bicho habitua-se às histórias. Cria histórias como quem empreende uma fuga. Fabrica-as afincadamente com um tão fino e intrincado tecido, que não consegue distinguir já a matéria original que revestem, camada após camada. Um pequeno bicho de tal modo se habitua às suas histórias, que pouco a pouco se dilui nelas. Os seus pensamentos são construções das personagens que encarna, as suas acções resultam do movimento invisível dos fios de marioneta que ele próprio controla, e nos quais inevitavelmente se enreda. A narrativa confere-lhe o dom da existência, ao mesmo tempo que se converte na sua própria pele.





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spot player special




"us people are just poems"
[ani difranco]


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calamity.spot[at]gmail.com



~*. through the looking glass .*~




little black spot | portfolio
Baucis & Philemon | tea for two
os dias do minotauro | against demons
menina tangerina | citrus reticulata deliciosa
the woman who could not live with her faulty heart | work in progress
pale blue dot | sala de exposições
o rosto de deus | fairy tales








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~*. rearview mirror .*~


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~*. spying glass .*~


a balada do café triste . ágrafo . albergue dos danados . almanaque de ironias menores . a natureza do mal . animais domésticos . antologia do esquecimento . arquivo fantasma . a rute é estranha . as aranhas . as formigas . as pequenas estruturas do ócio . atelier de domesticação de demónios . atum bisnaga . auto-retrato . avatares de um desejo . baggio geodésico . bananafish . bibliotecário de Babel . bloodbeats . caixa-de-lata . casa de cacela . chafarica iconoclasta . coisa ruim . com a luz acesa . comboio de fantasmas . complicadíssima teia . corpo em excesso de velocidade . daily make-up . detective cantor . dias com árvores . dias felizes . e deus criou a mulher . e.g., i.e. . ein moment bitte . em busca da límpida medida . em escuta . estado civil . glooka . i kant, kant you? . imitation of life . isto é o que hoje é . last breath . livros são papéis pintados com tinta . loose lips sink ships . manuel falcão malzbender . mastiga e deita fora . meditação na pastelaria . menina limão . moro aqui . mundo imaginado . não tenho vida para isto . no meu vaso . no vazio da onda . o amor é um cão do inferno . o leitor sem qualidades . o assobio das árvores . paperback cell . pátio alfacinha . o polvo . o regabofe . o rosto de deus . o silêncio dos livros . os cavaleiros camponeses no ano mil no lago de paladru . os amigos de alex . Paris vs. New York . passeio alegre . pathos na polis . postcard blues . post secret . provas de contacto . respirar o mesmo ar . senhor palomar . she hangs brightly . some variations . tarte de rabanete . tempo dual . there is only 1 alice . tratado de metatísica . triciclo feliz . uma por rolo . um blog sobre kleist . vazio bonito . viajador


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~*. the bell jar .*~



os lugares comuns: against demons . all work and no play . compêndio de vocações inúteis  .  current mood . filosofia e metafísica quotidiana . fruta esquisita menina aflita . inventário crescente de palavras mais-que-perfeitas . miles to go before I sleep . música no coração  .  música para o dia de hoje . o ponto de vista dos demónios . planos para dominar o mundo . this magic moment  .  you came on like a punch in the heart . you must believe in spring


egosfera: a infância . a minha vida dava um post . afirmações identitárias . a troubled cure for a troubled mind . april was the cruellest month . aquele canto escuro que tudo sabe . as coisas que me passam pela cabeça . fruto saturnino (conhecimento do inferno) . gotham style . mafarricar por aí . Mafia . morto amado nunca mais pára de morrer . o exílio e o reino . os diálogos imaginários . os infernos almofadados . RE: de mail . sina de mulher de bandido . the woman who could not live with her faulty heart . um lugar onde pousar a cabeça   .  correio sentimental


scriptorium: (des)considerações sobre arte . a noite . and death shall have no dominion . angularidades . bicho escala-estantes . do frio . do medo . escrever . exercícios . exercícios de anatomia . exercícios de respiração . exercícios de sobrevivência . Ítaca . lunário . mediterrânica . minimal . parágrafos mínimos . poemas . poemas mínimos . substâncias . teses, tratados e outras elocubrações quase científicas  .  um rumor no arvoredo


grandes amores: a thing of beauty is a joy forever . grandes amores . abraços . Afta . árvores . cat powa . colectânea de explicações avulsas da língua portuguesa  .  declaração de amor a um objecto . declaração de amor a uma cidade . desolação magnífica . divas e heróis . down the rabbit hole . drogas duras . drogas leves . esqueletos no armário . filmes . fotografia . geometrias . heart of darkness . ilustraçãoinício . matéria solar . mitologias . o mar . os livros . pintura . poesia . sol nascente . space is the place . the creatures inside my head . Twin Peaks . us people are just poems . verão  .  you're the night, Lilah


do quotidiano: achados imperdíveis . acidentes quotidianos e outros desastres . blogspotting . carpe diem . celebrações . declarações de emergência . diz que é uma espécie de portfolio . férias  .  greves, renúncias e outras rebeliões . isto anda tudo ligado . livro de reclamações . moleskine de viagem . níveis mínimos de suporte de vida . o existencialismo é um humanismo . só estão bem a fazer pouco


nomes: Aimee Mann . Al Berto . Albert Camus . Ana Teresa Pereira  . Bauhaus . Bismarck . Björk . Bond, James Bond . Camille Claudel . Carlos de Oliveira . Corto Maltese . Edvard Munch . Enki Bilal . Fight Club . Fiona Apple . Garfield . Giacometti . Indiana Jones . Jeff Buckley  .  Kavafis . Klimt . Kurt Halsey . Louise Bourgeois . Malcolm Lowry . Manuel de Freitas . Margaret Atwood . Marguerite Duras . Max Payne . Mia Couto . Monty Python . Nick Drake . Patrick Wolf  .  Sophia de Mello Breyner Andresen . Sylvia Plath . Tarantino . The National . Tim Burton


os outros: a natureza do mal . amigos . dedicatórias . em busca da límpida medida . retalhos e recortes



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