quarta-feira, 31 de março de 2010



o rosto de deus


nem sei bem o que dizer. subitamente, abriram-me as portas desta casa. admito, ainda estou à porta, a limpar o pó dos sapatos. mas Abril - esse mês inaugural - está quase aí, e logo que tenha nas mãos o novo romance de Hélia Correia, Adoecer, sei que então terei uma ou duas coisas para dizer.





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posted by saturnine | 00:03 | 5 Comentários


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terça-feira, 30 de março de 2010



current mood:


não há nada de novo no facto de eu ter epifanias musicais muito muito retardadas. mas a verdade é que só depois de Where The Wild Things Are é que me apaixonei a sério pela Karen O.




Yeah Yeah Yeahs | Zero






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posted by saturnine | 23:50 | 1 Comentários


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terça-feira, 23 de março de 2010



o exercício anual de sobrevivência #5



finalmente

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© Sandro Botticelli | A alegoria da Primavera






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posted by saturnine | 17:40 | 11 Comentários


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being idle #2


Há na Língua Portuguesa uma falha que é urgente resolver: a falta, no nosso dicionário, do verbo esplanar. Esplanar seria o verbo que viria oficializar o acto de ficar numa esplanada durante tempo indefinido, a saborear o tempo ocioso, o não fazer nada, o não ter nada para fazer senão estar ali, a saborear o estar ali. Seria um equivalente da já reconhecida flâneurie (para quem gosta de passear e deambular pelas ruas da cidade), mas em versão imóvel, para melhor enfantizar o seu carácter ocioso.

É uma das coisas que mais gosto de fazer, desde que entrei no mundo horroroso da gente crescida, subjugada ao trabalho. Ficar sentada numa esplanada a manhã inteira nos primeiros diras de primavera com sol. A ler ou a saborear um pequeno-almoço substancial, onde a presença de um croissant não pode faltar. A boa companhia, não sendo absolutamente imprescindível, é contudo factor condicionante do grau de satisfação proprocionado pela fruição do momento. Há quem diga que a leitura é um acto solitário, há quem diga que os silêncios são incómodos. Pois eu acho que há poucas coisas tão sedutoramente cúmplices como ler em conjunto com alguém de quem se gosta, sabendo que ainda que cada um vagueie imerso nos seus próprios pensamentos, uma mesma corrente de afecto os une, sem os perturbar.

Automaticamente, o corpo reage e a memória afectiva entra em acção: o cérebro faz-nos avançar no tempo, remete-nos de imediato para o verão, com o sol escaldante, em que estaremos numa outra esplanada a ler ou a saborear uma bebida fresca, desta vez com a praia ao fundo. Os cheiros da cidade cinzenta subitamente assemelham-se ao cheiro do mar e do peixe grelhado que se prepara à hora do almoço, o ruído dos carros converte-se no barulho das ondas. Imediatamente, aos primeiros dias de sol, só porque nos sentamos numa esplanada a saborear o dolce fare niente, imaginamo-nos a mergulhar na água salgada e a nadar descontraídamente, saboreando um dos prazeres mias naturais e antigos. Eu tenho uma velha teoria de que é ao primeiro banho de mar do ano que lavamos a alma de todas as impurezas depressivas acumuladas ao longo do inverno, e é nesse mergulho demorado que restabelecemos a nossa ligação à terra, às nossas origens, num acto com o seu quê de místico, é certo, mas no qual o que é verdadeiramente importante é o bem-estar final, no regresso a casa. Não há nada melhor do que a antecipação do verão, quando temos a certeza de que ele há-de chegar.





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posted by saturnine | 17:05 | 5 Comentários


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being idle #1


Se fosse enunciar alguns dos meus prazeres ociosos, a coisa passaria mais ou menos por escrever; comer cerejas durante todo o dia, sob todos os pretextos, como se não houvesse amanhã; cozinhar só para mim, quando não há mais ninguém por perto, requintadas refeições, como cogumelos Portobello recheados e gratinados no forno com folhadinhos de requeijão com espinafres e azeitonas; folhear livros de receitas apetitosas, com fotografias de fazer crescer água na boca, imaginando quão saborosas serão, mas que muito provavelmente nunca irei experimentar; ter um gato ao colo, afundando as mãos na sua barriga fofinha e felpuda, enquanto o seu ronronar me acalma e embala; passear em livrarias, escrutinando todas as estantes e todas as preciosidades, como se tivesse todo o tempo do mundo, mesmo que não tenha no fim de contas dinheiro para comprar nada; ficar deitada na areia da praia, de olhos fechados, sentindo um crescente rejúbilo enquanto o sol me aquece a pele, ouvindo ao longe os gritos das crianças a brincar, enquanto o cheiro do protector solar se mistura com o odor da maresia.

Este é um dos meus prazeres mais antigos. Situa-se bem enrarizado nas memórias afectivas da infância e transporta-me para os longos verões que passava na praia com os meus primos (que eram os meus irmãos, no final de contas), onde o ponto de encontro era sempre debaixo da bola gigante da Nivea (ainda hoje não sei, sendo a praia tão vasta, como é que toda a gente marcava encontro debaixo da bola da Nivea, e toda a gente se encontrava), onde fazíamos das toalhas turbantes e véus, e onde me lembro, desde sempre, de aprender aquilo que reencontrei continuamente nos poemas de Sophia de Mello Breyner, anos mais tarde: mergulhar, nadar, brincar nas rochas, sabendo que é com o sal do mar que se sacode a poeira do desencontro e se parte em busca da límpida medida.





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posted by saturnine | 16:50 | 4 Comentários


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os prazeres do ócio






Li O Livro dos Prazeres Inúteis [Quetzal, 2010]. Agradou-me, como me agradaria qualquer - ainda que subtil - manifesto hedonista. Parece-me louvável a enumeração dos deleites possíveis, não vá a memória tecê-las. Reencontrei nele algumas das minhas coisas favoritas de sempre: a praia, a varanda, a rede de descanso, o acto de cabriolar, a procrastinação, o escárnio, o olhar pela janela, a fruição da melancolia, a revolução do roupão... A questão fundamental é que os prazeres ociosos são incontáveis, provavelmente infinitos. O que é mais sublime no meio disto tudo é que o movimento da imaginação, posto em marcha pela sugestão proprocionada pela leitura, incita à enunciação mental de tantos outros actos livres e ociosos dignos de registo - e isso constitui em si mesmo um prazer inútil. É pena que o livro não tenha sido escrito por um poeta. Falta-lhe na generalidade requinte linguístico, sensibilidade poética, para que as palavras digam exactamente aquilo que querem dizer, e mais ainda, de modo a que a descrição de uma gruta nos coloque dentro da gruta, sentindo a sua frescura e ouvindo o marulhar da água, vendo os seus reflexos na pedra.

Sou efectivamente pessoa sugestionável, e sensível à matéria sensorial das palavras. Lembro-me sempre de quão impressionante foi para mim a primeira leitura do texto de Sophia de Mello Breyner sobre uma maçã vermelha pousada em cima de uma mesa junto a uma janela, para lá da qual o mar impunha a sua magnífica presença. Essa imagem cravou-se na minha memória, tão nítida e vívida como um quadro, e nunca mais a pude esquecer. Nunca mais abandonei aquele quarto em que Sophia encontrou a maçã, e aquela maçã nunca até hoje perdeu a sua cor vermelha brilhante, nem me pareceu menos doce ou sumarenta. Quase consigo sentir o seu sabor na minha memória, e quase consigo descrever com exactidão o azul daquele mar. Era essa a força que eu esperava dos textos deste pequeno livro. Delicioso, mas perecível. Louvável apenas porque incita à imaginação.





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posted by saturnine | 16:31 | 0 Comentários


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gosto


da luz que entra pelas minhas janelas enormes quando está sol.
dos livros arrumados nas estantes, por editora, podendo passar-lhes a mão pelas lombadas intuindo uma imperceptível homogeneidade.
da casa vazia quando entro, como se de braços abertos, à minha espera.
de adormecer na sala, ainda vestida, afundada no sofá a ver televisão.
de dozinhar se me apetecer, às horas que me apetecer, aquilo que me apetecer.
de deixar a loiça por lavar dias a fio, tirar os sapatos onde me apetecer e deixá-los ficar, não guardar o pijama mas largá-lo pousado na casa-de-banho, e outras rebeliões afins contra o excesso de organização.


gosto da minha casa e do seu silêncio, quando existe. só não gosto mesmo é dos vizinhos.





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posted by saturnine | 16:22 | 1 Comentários


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quarta-feira, 17 de março de 2010



Abril é e não é o mais cruel dos meses







não é possível (ou melhor, não me apetece) explicar a ansiedade fina, como uma ardência muito subtil, com que aguardo os primeiros dias de primavera. há toda uma série de clichés que o meu corpo aguarda expectante, e às quais responde com renovada alegria. o cheiro do jasmim, das glicínias e dos lilases, misturado com o sol que aquece as paredes e os muros, misturado com o tempo roubado ao trabalho para não fazer nada senão as pequenas coisas inúteis que dão prazer... é verdade que durmo melhor na primavera, e suspeito até que sou melhor pessoa. aguardo já um pouco impacinte pelos perfumes quase a despontar e percebo subitamente que, talvez por causa deles, dos condicionamentos da poesia e da memória afectiva, só leio Ana Teresa Pereira uma vez por ano, e é na estação que está prestes a começar. depois, mais lá para o fim, vem a cereja literal em cima do bolo: o reinado breve, mas poderoso, das cerejas. não há nada que me faça tão feliz em Maio quanto as cerejas. se bem que talvez este ano consiga prever uma excepção:







The National | Terrible Love






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posted by saturnine | 10:24 | 0 Comentários


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contrasensos


não há nada que ofenda mais uma pessoa com mau gosto em música, do que ser obrigada a ouvir música de bom gosto. o que é uma ideia interessantíssima, quando se é maquiavélico, ohohoho.





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quinta-feira, 11 de março de 2010



hello darkness, my old friend


hello darkness, my old friend* há-de sempre ser um lugar recorrente a que nunca poderei, em absoluto, escapar. mas pelo menos resta-me o conforto de que, se tenho que ir volta e meia escuro adentro, não vou sozinha. passei a vida toda a pensar em como tinha que pensar sobre as coisas para as conseguir resolver. a grande lição desta fabulosa década é que enquanto se perde tempo a pensar nas coisas, elas esgotam-se antes de as vivermos. e isto porque acabei de ver há dias o UP, que não obstante ser um filme de animação, tem uns primeiros vinte minutos dignos do melhor cinema live action. e o meu humor congratula-se com momentos destes. felizmente com a adolescência passa a fúria desenfreada de querer muito dominar a metafísica. reflectir é bom, mas não é tão bom espremer todo o sumo das coisas, até que nenhum sentido reste. nesta minha primeira primavera balzaquiana, o que eu quero é saborear muito bem cada gomo de cada fruto. conservar uma nota aromática ou outra, apreciar os prazeres. quando chegar o outono e a escuridão, voltaremos a reflectir.




* Simon & Garfunkel



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posted by saturnine | 19:46 | 4 Comentários


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janelas


apesar de agora estar aqui quase entrevadinha sem conseguir mexer um músculo, tenho muito orgulho nas minhas quatro janelas de dois metros por um meticulosamente lavadinhas, translúcidas, sem manchas, a deixar passar seguramente 99% da luz solar que desde o meio-dia até às seis incide sobre o meu quarto. e por falar nisso, também o little black spot abriu hoje as janelas de par em par, para tirar o cheiro a mofo e apresentar um ar primaveril mais limpinho. só que os preguiçosos do Google Reader não conseguem ver, shame on you.





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posted by saturnine | 19:40 | 5 Comentários


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por outras palavras


against the growing pains, count on the growing days.

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posted by saturnine | 12:33 | 0 Comentários


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antecipação e aproximação


ou como quem diz, dois dias de sol consecutivos só são superados por três dias de sol consecutivos, e nos dias que correm três dias de sol consecutivos são mote suficiente para relembrar que estamos quase prontos para o exercício anual de sobrevivência com o Bill Evans: you must believe in spring.






© Harold's Planet




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literatura e olharapos


tenho que confessar que gostei de ter lido Agustina Bessa-Luísa na adolescência. de qualquer maneira teve que ser, A Sibila era leitura obrigatória no secundário, e eu não sou de me ficar pelos Apontamentos da Europa-América. daqui divergem duas ideias fundamentais:


a primeira é que a obrigação é de somenos importância, uma vez que li, por vontade própria, no mesmo fôlego, o Memorial do Convento de Saramago e a Aparição de Vergílio Ferreira, que também podiam ter sido leituras obrigatórias mas acabaram por não o ser. a questão é que eu gostava de ler e não confiava nada em saber das coisas em segunda mão. queria viver a experiência na primeira pessoa.

a segunda é que o facto de ter lido A Sibila - um livro absurdamente chato e pretensioso, que parece começar e terminar sempre com o mesmo pathos morno, contido, conseguindo na melhor das hipóteses, em alguns momentos, uma vaga aproximação à catarse, mas sem jamais a concretizar - me permitiu arrumar logo ali, sem contemplações, o assunto Agustina Bessa-Luís. não teria, contudo, sido a mesma coisa, se nunca a tivesse lido e tivesse decidido que é chata, e fugido dela a sete pés. é que apesar de tudo a coisa é extremamente rica em termos literários. em suma, a coisa resultou em boa matéria de estudo e num 19 à disciplina de Português para mim. ainda hoje acho que, mais do que justa, foi uma nota empática, porque fui de certeza absoluta a única pessoa na turma (pequenina) que leu o bicho do princípio ao fim e não teve pejo em concluir "professor, este livro não tinha uma 'parte interessante'!", apenas para ouvir "sabe, achei exactamente o mesmo!"

em suma, não se pode negar que a criatura sabe escrever e sabe construir uma história com substância. só que a pompa oprime-me os nervos, e a escrita pela escrita vale pouco se é um mero exercício de excelência em recursos de estilo, e se deixa de fora a poesia - que também é coisa para mexer com os nervos, mas noutro sentido completamente diferente, e já não me apetece falar mais do assunto.





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posted by saturnine | 11:39 | 0 Comentários


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maus fígados


é verdade que eu sou uma pessoa de mau feitio. não só não faço uma oração diária pelo bem, como ainda por cima a substituo por desejos diários de que tombem pianos sobre as cabeças dos meus vizinhos de cima. mas hoje está sol e decidi não me aborrecer com coisas menores. enquanto a vaca parte a vassoura na mobília no andar de cima, eu dou-lhe com o Dan Auerbach sem piedade, e agora quero ver quem é que é mais mazona afinal.





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posted by saturnine | 11:31 | 3 Comentários


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spot player special




"us people are just poems"
[ani difranco]


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calamity.spot[at]gmail.com



~*. through the looking glass .*~




little black spot | portfolio
Baucis & Philemon | tea for two
os dias do minotauro | against demons
menina tangerina | citrus reticulata deliciosa
the woman who could not live with her faulty heart | work in progress
pale blue dot | sala de exposições
o rosto de deus | fairy tales








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~*. rearview mirror .*~


maio 2003 . junho 2003 . julho 2003 . agosto 2003 . setembro 2003 . outubro 2003 . novembro 2003 . dezembro 2003 . janeiro 2004 . fevereiro 2004 . março 2004 . abril 2004 . maio 2004 . junho 2004 . julho 2004 . agosto 2004 . setembro 2004 . outubro 2004 . novembro 2004 . dezembro 2004 . janeiro 2005 . fevereiro 2005 . março 2005 . abril 2005 . maio 2005 . junho 2005 . julho 2005 . agosto 2005 . setembro 2005 . outubro 2005 . novembro 2005 . dezembro 2005 . janeiro 2006 . fevereiro 2006 . março 2006 . abril 2006 . maio 2006 . junho 2006 . julho 2006 . agosto 2006 . setembro 2006 . outubro 2006 . novembro 2006 . dezembro 2006 . janeiro 2007 . fevereiro 2007 . março 2007 . abril 2007 . maio 2007 . junho 2007 . julho 2007 . agosto 2007 . setembro 2007 . outubro 2007 . novembro 2007 . dezembro 2007 . janeiro 2008 . fevereiro 2008 . março 2008 . abril 2008 . maio 2008 . junho 2008 . julho 2008 . agosto 2008 . setembro 2008 . outubro 2008 . novembro 2008 . dezembro 2008 . janeiro 2009 . fevereiro 2009 . março 2009 . abril 2009 . maio 2009 . junho 2009 . julho 2009 . agosto 2009 . setembro 2009 . outubro 2009 . novembro 2009 . dezembro 2009 . janeiro 2010 . fevereiro 2010 . março 2010 . maio 2010 . junho 2010 . julho 2010 . agosto 2010 . outubro 2010 . novembro 2010 . dezembro 2010 . janeiro 2011 . fevereiro 2011 . março 2011 . abril 2011 . maio 2011 . junho 2011 . julho 2011 . agosto 2011 . setembro 2011 . outubro 2011 . janeiro 2012 . fevereiro 2012 . março 2012 . abril 2012 . maio 2012 . junho 2012 . setembro 2012 . novembro 2012 . dezembro 2012 . janeiro 2013 . janeiro 2014 .


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~*. spying glass .*~


a balada do café triste . ágrafo . albergue dos danados . almanaque de ironias menores . a natureza do mal . animais domésticos . antologia do esquecimento . arquivo fantasma . a rute é estranha . as aranhas . as formigas . as pequenas estruturas do ócio . atelier de domesticação de demónios . atum bisnaga . auto-retrato . avatares de um desejo . baggio geodésico . bananafish . bibliotecário de Babel . bloodbeats . caixa-de-lata . casa de cacela . chafarica iconoclasta . coisa ruim . com a luz acesa . comboio de fantasmas . complicadíssima teia . corpo em excesso de velocidade . daily make-up . detective cantor . dias com árvores . dias felizes . e deus criou a mulher . e.g., i.e. . ein moment bitte . em busca da límpida medida . em escuta . estado civil . glooka . i kant, kant you? . imitation of life . isto é o que hoje é . last breath . livros são papéis pintados com tinta . loose lips sink ships . manuel falcão malzbender . mastiga e deita fora . meditação na pastelaria . menina limão . moro aqui . mundo imaginado . não tenho vida para isto . no meu vaso . no vazio da onda . o amor é um cão do inferno . o leitor sem qualidades . o assobio das árvores . paperback cell . pátio alfacinha . o polvo . o regabofe . o rosto de deus . o silêncio dos livros . os cavaleiros camponeses no ano mil no lago de paladru . os amigos de alex . Paris vs. New York . passeio alegre . pathos na polis . postcard blues . post secret . provas de contacto . respirar o mesmo ar . senhor palomar . she hangs brightly . some variations . tarte de rabanete . tempo dual . there is only 1 alice . tratado de metatísica . triciclo feliz . uma por rolo . um blog sobre kleist . vazio bonito . viajador


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~*. the bell jar .*~



os lugares comuns: against demons . all work and no play . compêndio de vocações inúteis  .  current mood . filosofia e metafísica quotidiana . fruta esquisita menina aflita . inventário crescente de palavras mais-que-perfeitas . miles to go before I sleep . música no coração  .  música para o dia de hoje . o ponto de vista dos demónios . planos para dominar o mundo . this magic moment  .  you came on like a punch in the heart . you must believe in spring


egosfera: a infância . a minha vida dava um post . afirmações identitárias . a troubled cure for a troubled mind . april was the cruellest month . aquele canto escuro que tudo sabe . as coisas que me passam pela cabeça . fruto saturnino (conhecimento do inferno) . gotham style . mafarricar por aí . Mafia . morto amado nunca mais pára de morrer . o exílio e o reino . os diálogos imaginários . os infernos almofadados . RE: de mail . sina de mulher de bandido . the woman who could not live with her faulty heart . um lugar onde pousar a cabeça   .  correio sentimental


scriptorium: (des)considerações sobre arte . a noite . and death shall have no dominion . angularidades . bicho escala-estantes . do frio . do medo . escrever . exercícios . exercícios de anatomia . exercícios de respiração . exercícios de sobrevivência . Ítaca . lunário . mediterrânica . minimal . parágrafos mínimos . poemas . poemas mínimos . substâncias . teses, tratados e outras elocubrações quase científicas  .  um rumor no arvoredo


grandes amores: a thing of beauty is a joy forever . grandes amores . abraços . Afta . árvores . cat powa . colectânea de explicações avulsas da língua portuguesa  .  declaração de amor a um objecto . declaração de amor a uma cidade . desolação magnífica . divas e heróis . down the rabbit hole . drogas duras . drogas leves . esqueletos no armário . filmes . fotografia . geometrias . heart of darkness . ilustraçãoinício . matéria solar . mitologias . o mar . os livros . pintura . poesia . sol nascente . space is the place . the creatures inside my head . Twin Peaks . us people are just poems . verão  .  you're the night, Lilah


do quotidiano: achados imperdíveis . acidentes quotidianos e outros desastres . blogspotting . carpe diem . celebrações . declarações de emergência . diz que é uma espécie de portfolio . férias  .  greves, renúncias e outras rebeliões . isto anda tudo ligado . livro de reclamações . moleskine de viagem . níveis mínimos de suporte de vida . o existencialismo é um humanismo . só estão bem a fazer pouco


nomes: Aimee Mann . Al Berto . Albert Camus . Ana Teresa Pereira  . Bauhaus . Bismarck . Björk . Bond, James Bond . Camille Claudel . Carlos de Oliveira . Corto Maltese . Edvard Munch . Enki Bilal . Fight Club . Fiona Apple . Garfield . Giacometti . Indiana Jones . Jeff Buckley  .  Kavafis . Klimt . Kurt Halsey . Louise Bourgeois . Malcolm Lowry . Manuel de Freitas . Margaret Atwood . Marguerite Duras . Max Payne . Mia Couto . Monty Python . Nick Drake . Patrick Wolf  .  Sophia de Mello Breyner Andresen . Sylvia Plath . Tarantino . The National . Tim Burton


os outros: a natureza do mal . amigos . dedicatórias . em busca da límpida medida . retalhos e recortes



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