quarta-feira, 30 de junho de 2004




:: noir #2 ::


a noite em chamas afunda-se. o meu sangue ferve.



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:: down the rabbit hole ::


tudo dói.
não. não é tudo.
eu é que não sei o que é.



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terça-feira, 29 de junho de 2004




é a renegada palavra proibida que arrisco, antes que a noite acabe.





amo-te.





(...)

e a esquecida pedra necessária que lhe coloco por cima.



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:: noir ::


hoje, esta noite como outra qualquer, senti mover-se a minha pedra de peito. com as pálpebras fundas de medo tacteando a escuridão, descobri que há agora um pássaro no lugar do coração.

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tudo o que eu quero
está no fim de ti








ouvido de passagem na televisão.



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segunda-feira, 28 de junho de 2004



:: quiet nights of quiet stars ::


está calma a noite, como é próprio do fim de Junho, na silenciosa dilatação das sombras até aos cantos da casa. mesmo à janela fechada pressinto o rumor das árvores. o ardor do solo. o grande olho amarelo dos girassóis sob os quais pasmo como se fossem templos. está calma a noite, pacífica, atlântica. o aperto no peito é o mesmo de sempre, constrangimento de saudade, é o não-aqui do teu corpo, e a promessa de um dia limpo no azul-negro que se estende sobre as ruas. qualquer coisa em mim tardou e eu atrasei-me para o verão. foi este o meu dia mais longo, de noite feita apenas para brevemente sonhar.


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Quiet nights of quiet stars
quiet chords from my guitar
floating on the silence that surrounds us
*



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domingo, 27 de junho de 2004




Funny how secrets travel,
I'd start to believe if I were to bleed
Thin skies, the man chains his hands held high
Cruise me blond
Cruise me babe
A blond belief beyond beyond beyond
No return
No return

I'm deranged *



e foi numa noite negra assim, há um ano atrás, que começou a crescer a raiz do Mal que me alimenta.


* I'm deranged | David Bowie



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sábado, 26 de junho de 2004



:: retalhos e recortes #15 ::


«Junho avança, com o Verão aberto na garganta, na sua urgência de rasgar caminho até ao fim da noite

tenho o corpo estendido sobre o contorno da penumbra. o cansaço é acutilante e é possível que eu não esteja em mim. daqui, observo a noite inflamada, acredito - pelo silêncio por detrás da janela - que posso ver o fundo da escuridão.



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:: rescaldo ::


agora, finalmente, e porque o cansaço é muito, o coração apertadinho apertadinho como um botão começa a recuperar o fôlego, a regressar à sua forma e lugar. foi muita dor, muito sofrimento, para um tão pequeno - mas tão apaixonado - povo. a certa altura, pensei que não podia aguentar mais, que era tortura para o meu coração pequenino. já não me lembrava que o futebol era assim cheio de angústias e felicidades. por isto tenho a bandeira à janela. por estes momentos de inesperada alegria - que quando um país caminha desencantado na sombra de si mesmo, todo o pouco é muito para avivar o espírito. não sei dar nome a isto. andei o dia todo comovida por umas mãos sem luvas e um pé cheio de força.



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sexta-feira, 25 de junho de 2004




* viva Portugal *

*oops*

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quinta-feira, 24 de junho de 2004



:: summertime ::


(and living is easy)

depois de um breve interregno, prossegue a sucessão de primeiros aniversários na blogoesfera. e eu comemoro sempre aqueles do coração porque, num verão em que as horas me doíam como sal sobre a ferida, foi aqui que encontrei o bálsamo de uma espécie muito particular de abraço, as palavras que me sustentaram através das noites longas. muito especial é o Bruno, o sorriso mais franco da blogoesfera. parabéns. :)






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THE DARKNESS INSIDE




«A violent, Film Noir love story between a cop and a femme fatale murder suspect, between Max Payne and Mona Sax. Dark, tragic and intense, the story is a thrill-ride of shocking twists and revelations.»


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Closing your eyes forces you to look at the darkness inside.

Max Payne



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:: exercício #11 ::

respirar.








(inspira. expira.)

(...)




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:: dias e noites e a memória da luz sobre os olhos ::



Edward Hopper | Summertime



Edward Hopper | Summer Evening



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:: que farei quando tudo arde? #3 ::


era uma única noite interminável, quieta e densa, não se conseguia ver o fim da sua escuridão. ausentes todos os perfumes, proibidas todas as palavras. de olhos abertos frente ao abismo se aprende o rosto das pequenas mortes.



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:: que farei quando tudo arde? #2 ::


o sol a pique riscava no chão o negro contorno de uma coluna da cidade destruída. caminhei por entre os escombros e, sob um céu despovoado, lá encontrei um vestígio do meu corpo. a minha pele desmoronada como pedra e cal.



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:: que farei quando tudo arde? ::


há um ano atrás doía-me a certeza de Junho pela ausência do verão. sob um silêncio implacável as ruas ardiam no calor da tarde, e eu transportava o meu corpo cheio de cinzas. não há espaço que chegue num peito para muitos dias assim. por isso caminho mais lentamente por Junho fora, descanso à sombra das horas longas. pelas ruas transfiguradas transporto um corpo que ainda não conheço. o que trago por dentro não sei, se há-de ser mar se há-de ser sal.



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segunda-feira, 21 de junho de 2004




:: magnólias em S. Bento ::


as estações de comboios são tristes mas luminosos lugares de regressos, de partidas. em S. Bento, pela tarde, o sol bate na fachada da estação e o próprio ar adquire uma coloração dourada. em prenúncio de fim de inverno, explodem os ramos de flores brancas, e as pessoas passeiam, um pouco mais leves. ando eu de máquina fotográfica à tiracolo em redor do seu silêncio. o que trouxe é o presente de aniversário para o tempo dual, sem o incentivo do qual certamente este ponto negro nunca teria emergido da escuridão.






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:: hubble choice of the day ::




pale blue dot .



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:: quanto tempo para medirmos os espaços negros? ::





«An international team of astronomers using the world's biggest telescopes have directly measured the mass of an ultra-cool brown dwarf star and its companion dwarf star for the first time. Barely the size of the planet Jupiter, the dwarf star weighs in at just 8.5 percent of the mass of our Sun. This is the first ever mass measurement of a dwarf star belonging to a new stellar class of very low mass ultra-cool dwarf stars. The observation is a major step towards our understanding of the types of objects that occupy the gap between the lightest stars and the heaviest planets.»

The European Homepage for NASA / ESA Hubble Space Telescope



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:(+_+):



me too.



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sábado, 19 de junho de 2004



:: retalhos e recortes #14 ::


«Os Córdobos
Homens e mulheres à beira do abismo do amor e que jamais se encontram.»


Henri Michaux à janela


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é de palavras assim, que chegam inesperadas, sem anunciar que estão próximas, que tenho medo, porque a fragiliade é muita depois das noites longas, e uma palavra basta, um pequeno sopro, para fazer desmoronar muros antigos de pedra e cal.



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:: homem, você tem é o dedo partido! ::


também acontece, no torpor das noites demasiado longas, não se saber exactamente o que dói. é o corpo que se sente em carne viva, que arde e dói a cada movimento, ou será apenas o próprio espaço em volta que o comprime e constrange, como se não houvera já lugar que lhe bastasse? é a ferida que dói ou é o dedo que insiste em mantê-la aberta?




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sexta-feira, 18 de junho de 2004



:: música para o dia de hoje ::



Peace Orchestra | Peace Orchestra


Tom Waits | Mule Variations


para ouvir Peace Orchestra.
para ouvir Tom Waits.




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:: sr. doutor, quando carrego aqui dói-me! ::


nem sempre são os grandes remédios que resolvem os grandes males. o pensamento a pesar sobre a memória é o dedo sobre a ferida, e já se sabe que onde dói, onde irá sempre doer, o melhor mesmo é não mexer.



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quarta-feira, 16 de junho de 2004



:: hubble picture of the day ::



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:: oi? ::

ou muito me engano ou a Charlotte ficou amofinada com a minha provocaçãozinha. era uma brincadeira, mas paciência. vale-me a leveza de consciência de nunca ter estado na lista.




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segunda-feira, 14 de junho de 2004




:: nada de isto sou eu ::


estou aqui.



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:: pelo orgulho de ver os outros falar melhor do que nós ::


eu tenho uma bandeira pendurada na janela. hesitei. talvez não a tivesse se me não perseguissem por todo o lado, não faço ideia. contudo, à parte a euforia (que nem é assim tanta como isso) deste tipicamente português patriotismo de festa, confesso que tenho orgulho na minha bandeira. a mim arrepiam-se-me os pelinhos dos braços na altura de a enfrentar. a mim, isto diz-me mais sobre um pouco do que sou do que sobre as minhas esperanças no futebol (muito bem resumidas assim: que esteja tudo para o futebol quando eu estiver para me deliciar nas minhas idas à praia.)

nevertheless, quem disse aquilo que eu gostaria de ter dito, se tivesse sabido pensar dessa forma a minha volubilidade de convicções (nesta matéria), foi o Luís:


«Floriram ao acaso (ao sabor da replicação randomizada do meme põe-uma-bandeira-na janela). No bairro operário agora pesadamente embandeirado também eu ponho um pano para não dar nas vistas. Ou porque no meu córtex há um meme que diz: não-te-afastes -excessivamente-das-grandes-emoções-colectivas.»


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serve também a presente como provocação descarada a isto que, com o devido respeito, acho uma valente treta que podia muito bem ter passado sem ser escrita.



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sábado, 12 de junho de 2004



:: i will not go quietly into the night #2 ::


Snow falling and night falling fast, oh, fast
In a field I looked into going past,
And the ground almost covered smooth in snow,
But a few weeds and stubble showing last.

The woods around it have it—it is theirs.
All animals are smothered in their lairs.
I am too absent-spirited to count;
The loneliness includes me unawares.

And lonely as it is, that loneliness
Will be more lonely ere it will be less—
A blanker whiteness of benighted snow
With no expression, nothing to express.

They cannot scare me with their empty spaces
Between stars—on stars where no human race is.
I have it in me so much nearer home
To scare myself with my own desert places.


Robert Frost | Desert Places



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para a Sandra, deste lado da noite *

há homens cujo destino é atravessar o mundo, os seus desertos, os seus abismos, os seus vales, as suas praias, atravessar o mundo inteiro durante a noite, enquanto outros dormem. e se a estes homens doem os pés cansados da incerteza do caminho, é para que os que dormem possam sonhar, e estes acreditam que viram também os mais distantes lugares do mundo, e acreditam também que uma dor desconhecida lhes aflige o corpo antes do sono. e se a cada manhã tudo recomeça, é porque nunca é dado aos homens chegarem ao fim do seu destino. aqui, a noite coincide com o início do mundo. e há homens que têm muitas milhas para andar antes de dormir *.



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:: less is more ::


Do avesso, a noite
é o início do mundo.


Sandra Costa

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tão próxima do silêncio a matéria-prima da poesia. não pode ser jamais casual o minimalismo, pois a nudez de qualquer coisa nunca deve ser pensada de ânimo leve. no mínimo que se diz é que se esconde a fibra mais profunda dos nossos dias. podemos nada saber das profundezas, mas sabemos que o seu eco se encontra no limiar do silêncio abismal. um mínimo poema, assim, é construído como monumento. neste templo me recolho e encontro o mundo.




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sexta-feira, 11 de junho de 2004



:: i will not go quietly into the night ::


aproxima-se o verão. o verão por que desenfreadamente esperei, contra todas as evidências apressando o inverno, e agora que está próximo, que o sinto no sopro silencioso das árvores na minha pele, sinto medo. na memória das longas noites em claro, o meu corpo estremce de horror. quero um verão, sim, um bálsamo para as feridas, mas algo diferente dos dias de insuportável calor de um agosto passado, no fundo, inexistente.




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* música única para o dia de hoje *





The falling leaves drift by the window
The autumn leaves of red and gold
I see your lips, the summer kisses
The sun-burned hands I used to hold

Since you went away the days grow long
And soon I’ll hear old winter’s song
But I miss you most of all my darling
When autumn leaves start to fall


Coldcut | Autumn Leaves



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UMA MIGALHA NA SAIA DO UNIVERSO


«A poesia é uma migalha de pão. Mas pão, repare-se.»

Gerrit Komrij | introdução à Antologia de Poesia Neerlandesa do sèculo XX


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Certas noites sigo uma luz amarela
até uma porta azul, onde se lê: Sonho.
A porta não é aberta por minha mão
nem sou convidado por uma mulher
pra omprar sonhos, e mesmo assim
sempre eles foram pagos por mim.
À noite não fiquei nada a dever.


Pierre Kemp | Sonhos




Só nos meus poemas encontro morada
Abrigo diferente não me foi cedido;
Ao próprio lar nunca me vi atraído,
E a tenda plo vento brutal foi levada.

Só nos meus poemas encontro morada.
E, se tal refúgio consigo nos matos,
Em estepes, cidades ou sítios ingratos,
Miséria nenhuma me afectará nada.

Ainda demora, mas há-de chegar
O tempo em que a força me abandonará
E em vão doces ditos irá requerer
Com que eu construía, e em que o chão irá
Guardar-me e eu me inclino pra esse lugar
Onde há uma cova no escuro a romper
.


J. Slauerhoff | Sem-abrigo




Sobre o urzeiral nevado:
a granja e a pilha de lenha negras
e o abeto escuro, possante, água-forte
sob uma estrela, soprada e impassível.

No charco de aço do luar
bizarras me parecem as plantas,
o machado rombo e o pote quebrado
pelo gelo lúcido-transparente.

De repente o frio morde até aos ossos
e a minha solidão busca o tiro
que estica o horizonte até à eternidade
na minha desafortunada vadiagem.

Até que me interno na mata
e encontro a lebre torturada,
inanimada e rígida
no seu sangue sobre a neve.

Só um branco intenso trago
em mim, e dessa luz estou prisioneiro;
e nada é tão apertado e tão justo
como o próprio corpo.


Mauice Gilliams | Tristitia Ante



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quarta-feira, 9 de junho de 2004




:: do ar parado entre as montanhas ::


à hora sem sombra
arde na praia o silêncio
e a tua mão no meu corpo.




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terça-feira, 8 de junho de 2004



:: Venus in transit ::



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:: venus transit live ::






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there's a


little black spot


on the sun today



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segunda-feira, 7 de junho de 2004





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:: é já amanhã! ::


«There will be no other till the twenty-first century of our era has dawned upon the Earth and the June flowers are blooming in 2004. What will be the state of science ? God only knows.»

William Harkness, U.S. Naval Observatory 1882




a NASA disponibiliza ainda uma simulação animada do trânsito de Vénus, que ocorrerá já amanhã. este é um momento único para quem vive nesta geração. aproveitem bem:



para companhar, apropriadíssimo: spirits in transit | 4 hero



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«Para todos aqueles que anseiam por emoções fortes, e para os quais nem Rock in Rio-Lisboa nem Euro 2004 garantem satisfação, o dia 8 de Junho aparece como promissor. É que o planeta Vénus vai passar lentamente em frente ao Sol durante a manhã desse dia, um fenómeno raro e único para uma geração. O último ocorreu há 122 anos (em 1882), não havendo por isso testemunhas vivas desse acontecimento. O próximo será em 2012, mas não será visível na Europa, pois ocorre de noite (em Portugal). Para quem perder o evento no dia 8 de Junho, a próxima oportunidade será em 2117...
As órbitas que os planetas descrevem em torno do Sol, ou que as luas descrevem em torno dos seus respectivos planetas, resultam muitas vezes num alinhamento entre vários corpos. Existe então a possibilidade de um observador visualizar um "trânsito". O trânsito mais conhecido é um eclipse do Sol. Nessa ocasião a Lua passa entre a Terra e a nossa estrela. Como os dois corpos têm aproximadamente o mesmo diâmetro aparente, a Lua pode cobrir completamente o disco solar, ocorrendo um eclipse total do Sol. Por vezes, o alinhamento dá-se com a Lua relativamente mais afastada da Terra, e produz-se um eclipse anular.
(...)

O trânsito de Vénus é particularmente raro: tal alinhamento entre Sol, Vénus e Terra ocorre apenas 4 vezes em cada 243 anos, geralmente em pares mediados por cerca de 8 anos. Após o dia 8 de Junho, poderá observar outro trânsito semelhante em 2012, mas para isso terá de viajar até à América do Sul. De Portugal mesmo, só teremos outro trânsito do nosso planeta vizinho em 2117 - aproveite pois esta oportunidade única.»







                                   * * *


veja tudo. leia tudo. o quando, o como e os porquês. como observar, como medir, como compreender o fenómeno, e aprenda sobre o trânsito de outros mundos. tudo em português. n' O Observatório.






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:: Goethe aqui tão perto ::


estive hoje na Feira do Livro. vi a Simone de Oliveira e a Inês Pedrosa, e só não vi mais ninguém porque acho feio ficar especada a olhar para as pessoas só porque são figuras mediáticas. segui em frente sem olhar de esguelha, fiz a minha ronda, despachei-me o mais depressa possível da insuportável multidão domingueira, e acabei por sair esquecendo-me do Ulysses de James Joyce e do Fica Comigo Esta Noite, que poderia ter trazido com autógrafo da Inês Pedrosa. mas não faz mal. trouxe livros da Ana Teresa Pereira, e ainda por cima ofereceram-me o Fausto. será um livro especialíssimo, um colosso de estimação.





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:: que génio louco eu sou ::





quem me conhece, sabe a relevância que este resultado tem para mim. quem, não conhece, também não tem importância nenhuma.



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:: valha-me o átomo de hélio #2 ::


«No dia seguinte à partida de Sua Santidade, lá estava eu a dar as minhas consultas habituais de "Astrologia Kármica" e "Regressão a Vidas Passadas". (oi?) Uma cliente faltou. Sentei-me, à espera da próxima, quando vi um livro que me chamou a atenção.
O livro falava em Alma e falava em Cura. Peguei no livro, comecei a folheá-lo e acabei por descobrir nessa obra um avanço para todo o trabalho que já realizava. Até então eu fazia "Regressões a Vidas Passadas", mas fazia-o de uma maneira que poderei qualificar de normal, de comum. Esse livro suscitou-me o interesse sobre algo de que já tinha ouvido mas sem fazer a mais pequena ideia de como se chegava lá: o "Contacto com o Eu Superior".
O Eu Superior é a nossa Alma. É possível contactá-la, desde que se atinja o estado Alfa e suba até ao registo akáshico — que é um fluido elevado onde se encontra alojada a memória do Universo
(coméqueé?), ou o inconsciente colectivo (como lhe chamava Jung). O livro continha algumas indicações e eu comecei a fazer testes.»

Alexandra Solnado por ela mesma


esta noite já não regressarei à terra. não fazia ideia que existiam no mundo preciosidades destas. a humanidade nunca cessa de me espantar. prestem bem atenção aos pormenores. coisa mai'linda.



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:: valha-me o átomo de hélio #1 ::


«A enfermeira dizia: "...ela não respira, ela já não respira!" A médica olhou para a enfermeira com aquele ar de não há nada a fazer... e, em silêncio, retiraram-me da sala.
Nesse instante, nesse milésimo de segundo, para mim, ela tinha morrido. E eu não podia fazer nada. Eu, aquela que sempre podia tudo, que sempre resolvia tudo, nada mais podia fazer. Anos depois, ao estudar Astrologia Kármica, descobri que nessa altura o Plutão fazia uma conjunção ao meu Sol e uma quadratura a ele próprio, aspectos esses que normalmente nos devolvem a nossa maior impotência.
(então era isso!)
Foi isso que senti naquele instante: impotência absoluta para salvar a minha princezinha. Eu sei que essa pequeníssima fracção de tempo mudou radicalmente a minha vida.»

Alexandra Solnado por ela mesma


perdoem-me. dêm-me só um minuto para recompôr-me. isto não é novo, não é pérola de agora. mas é que eu hoje descobri que isto existe, e tal experiência levanta-me os pés da terra. de trânsito dos planetas (e o de Vénus que vem a caminho, que bom!) não não percebo, mas sinto que este pequeníssimo momento também mudou radicalmente a minha vida. nunca mais serei a mesma depois disto.



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sexta-feira, 4 de junho de 2004




:: reino #1 ::


cheira a verão. é o ar parado, suspenso, o silêncio imóvel sobre a paisagem, ampliando o azul deserto sobre a cidade. a estrada de alcatrão arde, e ardem os meus olhos no excesso de luz dentro do automóvel, é isto um pressentimento de ferida, como uma estação que se abre, rasgando a membrana dos dias. cehira a verão, é a lua cheia, as ruas cheias de sol, e a certeza do mar por detrás dos montes e dos prédios.



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:: estado de sítio ::


é Agosto, e o calendário ignora-o.



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quinta-feira, 3 de junho de 2004




:: a noite pela terra ::


ao fechar as portadas , a noite penetrou deixando no varandim os incidentes do dia, dos dias.
é em horas assim que a noite chega como um sopro, vinda de lugares distantes, e nos alcança com a proximidade das coisas conhecidas, e quando nela assim entramos não há lugar para o sono, porque a noite penetra em todos os cantos de casa e enche-a do seu perfume em que, rendidos, reconhecemos a substância de um reino longínquo a que estamos prometidos.




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quarta-feira, 2 de junho de 2004




:: pelos labirintos da sede ::


servem os dias de sol para esquecer o que dói. sobreposta luz excessiva sobre a táctil evidência da ferida, caminhamos na certeza da sombra. a terra é seca porque os templos ruíram e o céu deserto inteiro desabou sobre a claridade dos espaços, onde a água é sempre longínqua. como a saudade. serve o verão para queimar os pés no ardor do solo, que assim esquecem a dor de caminhar rente ao desmoronamento das memórias. ainda vivemos um tempo esquartejado, e ainda é ofício das mulheres que choram brotar as lágrimas nos seus escombros. mas ainda assim, porque é Junho agora, resistimos e seguimos adiante. felizmente, as mulheres continuam lindas. corajosas, elas levam as crias até onde há sombra e alimento.




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spot player special




"us people are just poems"
[ani difranco]


*

calamity.spot[at]gmail.com



~*. through the looking glass .*~




little black spot | portfolio
Baucis & Philemon | tea for two
os dias do minotauro | against demons
menina tangerina | citrus reticulata deliciosa
the woman who could not live with her faulty heart | work in progress
pale blue dot | sala de exposições
o rosto de deus | fairy tales








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~*. rearview mirror .*~


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~*. spying glass .*~


a balada do café triste . ágrafo . albergue dos danados . almanaque de ironias menores . a natureza do mal . animais domésticos . antologia do esquecimento . arquivo fantasma . a rute é estranha . as aranhas . as formigas . as pequenas estruturas do ócio . atelier de domesticação de demónios . atum bisnaga . auto-retrato . avatares de um desejo . baggio geodésico . bananafish . bibliotecário de Babel . bloodbeats . caixa-de-lata . casa de cacela . chafarica iconoclasta . coisa ruim . com a luz acesa . comboio de fantasmas . complicadíssima teia . corpo em excesso de velocidade . daily make-up . detective cantor . dias com árvores . dias felizes . e deus criou a mulher . e.g., i.e. . ein moment bitte . em busca da límpida medida . em escuta . estado civil . glooka . i kant, kant you? . imitation of life . isto é o que hoje é . last breath . livros são papéis pintados com tinta . loose lips sink ships . manuel falcão malzbender . mastiga e deita fora . meditação na pastelaria . menina limão . moro aqui . mundo imaginado . não tenho vida para isto . no meu vaso . no vazio da onda . o amor é um cão do inferno . o leitor sem qualidades . o assobio das árvores . paperback cell . pátio alfacinha . o polvo . o regabofe . o rosto de deus . o silêncio dos livros . os cavaleiros camponeses no ano mil no lago de paladru . os amigos de alex . Paris vs. New York . passeio alegre . pathos na polis . postcard blues . post secret . provas de contacto . respirar o mesmo ar . senhor palomar . she hangs brightly . some variations . tarte de rabanete . tempo dual . there is only 1 alice . tratado de metatísica . triciclo feliz . uma por rolo . um blog sobre kleist . vazio bonito . viajador


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~*. the bell jar .*~



os lugares comuns: against demons . all work and no play . compêndio de vocações inúteis  .  current mood . filosofia e metafísica quotidiana . fruta esquisita menina aflita . inventário crescente de palavras mais-que-perfeitas . miles to go before I sleep . música no coração  .  música para o dia de hoje . o ponto de vista dos demónios . planos para dominar o mundo . this magic moment  .  you came on like a punch in the heart . you must believe in spring


egosfera: a infância . a minha vida dava um post . afirmações identitárias . a troubled cure for a troubled mind . april was the cruellest month . aquele canto escuro que tudo sabe . as coisas que me passam pela cabeça . fruto saturnino (conhecimento do inferno) . gotham style . mafarricar por aí . Mafia . morto amado nunca mais pára de morrer . o exílio e o reino . os diálogos imaginários . os infernos almofadados . RE: de mail . sina de mulher de bandido . the woman who could not live with her faulty heart . um lugar onde pousar a cabeça   .  correio sentimental


scriptorium: (des)considerações sobre arte . a noite . and death shall have no dominion . angularidades . bicho escala-estantes . do frio . do medo . escrever . exercícios . exercícios de anatomia . exercícios de respiração . exercícios de sobrevivência . Ítaca . lunário . mediterrânica . minimal . parágrafos mínimos . poemas . poemas mínimos . substâncias . teses, tratados e outras elocubrações quase científicas  .  um rumor no arvoredo


grandes amores: a thing of beauty is a joy forever . grandes amores . abraços . Afta . árvores . cat powa . colectânea de explicações avulsas da língua portuguesa  .  declaração de amor a um objecto . declaração de amor a uma cidade . desolação magnífica . divas e heróis . down the rabbit hole . drogas duras . drogas leves . esqueletos no armário . filmes . fotografia . geometrias . heart of darkness . ilustraçãoinício . matéria solar . mitologias . o mar . os livros . pintura . poesia . sol nascente . space is the place . the creatures inside my head . Twin Peaks . us people are just poems . verão  .  you're the night, Lilah


do quotidiano: achados imperdíveis . acidentes quotidianos e outros desastres . blogspotting . carpe diem . celebrações . declarações de emergência . diz que é uma espécie de portfolio . férias  .  greves, renúncias e outras rebeliões . isto anda tudo ligado . livro de reclamações . moleskine de viagem . níveis mínimos de suporte de vida . o existencialismo é um humanismo . só estão bem a fazer pouco


nomes: Aimee Mann . Al Berto . Albert Camus . Ana Teresa Pereira  . Bauhaus . Bismarck . Björk . Bond, James Bond . Camille Claudel . Carlos de Oliveira . Corto Maltese . Edvard Munch . Enki Bilal . Fight Club . Fiona Apple . Garfield . Giacometti . Indiana Jones . Jeff Buckley  .  Kavafis . Klimt . Kurt Halsey . Louise Bourgeois . Malcolm Lowry . Manuel de Freitas . Margaret Atwood . Marguerite Duras . Max Payne . Mia Couto . Monty Python . Nick Drake . Patrick Wolf  .  Sophia de Mello Breyner Andresen . Sylvia Plath . Tarantino . The National . Tim Burton


os outros: a natureza do mal . amigos . dedicatórias . em busca da límpida medida . retalhos e recortes



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...it's full of stars...


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