quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005




~*Let it snow

            Let it snow .*



                                      Let it snow...
                                                           *   *
                                                                   ~*














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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005




give me something fast *


não sei, mas suspeito, que as palavras percam o freio dentro deste corpo desordenado. insinua-se um moderado estado de delírio. se o Mark Eitzel não der cabo de mim, os espirros darão.




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* The Sisters of Mercy



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sábado, 3 de abril de 2004




O LIVRO DO FRIO

Ante las viñas abrasadas por el invierno, pienso en el
miedo y en la luz (una sola sustancia dentro de mis
ojos),

pienso en la lluvia y en las distancias atravesadas por la ira.

* * *

Diante das vinhas abrasadas pelo inverno, penso no
medo e na luz (uma única substância dentro de meus
olhos),

penso na chuva e nas distâncias atravessadas pela ira.


Antonio Gamoneda



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segunda-feira, 22 de março de 2004




:: acredita-me ::

se durmo sozinha preciso sempre dos dois edredons.



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segunda-feira, 15 de março de 2004




:: down in a hole ::


estar aqui, ter frio nas mãos, e resistir. o corpo massacrado, o nariz congestionado, a cabeça como um tambor agonizando. que violência é uma gripe. que violência não ser-se mais criança para ficar em casa num quarto aquecido, à espera das sopas quentinhas da mãe, nenhuma outra preocupação senão o céu azul lá fora.



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sábado, 14 de fevereiro de 2004



:: retalhos e recortes | edição especial ::


3
apesar do frio


porque nos desertos os deuses habitam
ainda os lugares recônditos do silêncio
aqui me sento e espero a poesia

apesar do frio


2
apesar do mar


porque o verão é próximo mas frágil
hesito no preâmbulo do sol
como quem aguarda o azul absoluto e livre

apesar do mar


1
apesar do vento


porque a terra é um lugar de silêncios
do húmus ao horizonte o olhar cresce
e se converte ao sol

apesar do vento


um acaso nascido de um comentário aqui.



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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2004




:: livro de Inverno ::


continuamente, escuta, me destruo
e as longas águas sem sossego fogem
e os ossos de dezembro coincidem
e são do inverno estas metamorfoses

não falarei da vida porque a ida
perdidamente triste se sustenta
de surdos pensamentos e desastres
e devagar a luz se lhe estrangula

sempre assim foi esta periferia
da escrita a desfazer-se e é no inverno
que nos olhamos com ferocidade
antes que o tempo devore outros discursos

Vasco Graça Moura | in O mês de Dezembro e outros poemas



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:: inesperada surpresa ::


entardeceu. no preciso momento em que contemplo o azul no seu auge, anoitece rapidamente. faz frio. fui à sala fechar as janelas e inesperadamente encontrei, em pleno Fevereiro, a árvore de Natal ainda montada. hmmm. é a prova viva de que o Natal é quando o homem quiser.



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sexta-feira, 30 de janeiro de 2004




:: apontamento ::

sabes que escrevo com as mãos frias. escrevo como quem escava, violento os dedos pálidos que desfalecem no rigor do inverno no interior deste quarto. há uma janela fechada e um telefone que hoje não toca. recordo vagamente este lugar, noutros tempos. recordo o mesmo frio, o mesmo canto escuro que tudo sabe de mim, este mesmo aperto no peito que é a minha respiração interna, e sempre sempre sempre a falta de alguma coisa, de um suspiro teu, um sopro, um afago, ou um vento quente pela noite, qualquer coisa que me acolha. há-de passar. a noite longa não durará para sempre. há já cheiro a pêssegos nos teus cabelos.





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:: frosti ::


*Who would have known
That a boy like him
Would have entered me lightly
Restoring my blisses

Who would have known
That a boy like him
After sharing my core
Would stay going nowhere*


Björk | Vespertine


está frio. e este álbum é uma caixinha de inverno. perfeito para os dias que se aproximam. pequenos cristais de gelo brilham e tilintam sob a pele, e intui-se que é possível que a noite seja já menos longa, um pequeno ponto de azul palpita já um pouco além do arrepio de Fevereiro.






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sexta-feira, 16 de janeiro de 2004




:: retalhos e recortes #7 ::

«Acontece um dia que amar não encontra verbo. Amar deixa de ser amar. A palavra morre à boca de quem a profere por senti-la gasta, usada, por vezes moída. Distante.

Um dia ama-se o mundo de uma forma tão brutal, tão voraz, tão intensa e imensa que é evidente uma palavra não bastar para exprimir tal sentimento. É impronunciável. (...)»


Puto Paradoxo | Em Busca da Límpida Medida


o resto do texto vale tanto a pena como estes dois primeiros parágrafos. aconteceu um momento assim há uns meses, quando por puro acaso li o primeiro texto deste blog. foi o assombro do reconhecimento total, o nó do desconcerto, o estômago embrulhado em palavras.
acontecem por vezes coisas assim, como esta inquietação que nos aproxima, como um sopro inexplicável. talvez seja o torpor do frio, talvez sejam as horas longas das noites de inverno.



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posted by saturnine | 21:56 | 0 Comentários


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sábado, 27 de dezembro de 2003



é assim o inverno





chega o tempo das laranjas. das camisolas brancas, dos cachecóis às riscas, das mãos que finalmente sucumbem às luvas, gelando por baixo da lã a ausência habitual. é tempo de abrir as janelas de par em par, deixar entrar a claridade breve das manhãs de sol. é quase tempo dos dias que crescem. se fecho os olhos por um instante, se me descuido, é subitamente verão e não fechei ainda todos os livros espalhados pela casa. sento-me na pedra fria e murmuro palavras improváveis. espero-te ainda.


é tempo de laranjas
de dedos em ferida
descascando gomos
de um corpo semelhante ao sol
que transporta em si qualquer coisa
doce
ácida
escarlate
necessária
para que seja possível
conhecer-se o sabor de Janeiro.

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sábado, 6 de dezembro de 2003



inverno #3


chove por dentro destes buracos
no peito

dói o frio nas mãos vazias
- porque o inverno não é feito
senão de mãos que gelam -
e nas ruas
acaso algum engano me leve
aos lugares onde não estás
enegrecem as sombras
sopra o vento mais forte
irado e triste.





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inverno #2


é assim
as mãos geladas
os passos tristes
pelo passeio
as próprias ruas
em cinzenta amargura
de te ver partir



in memoriam





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inverno


camisolas brancas
cachecóis às riscas
um sobretudo cinzento
as mãos perdidas pelos bolsos
as ruas vazias
um telefone mudo
o aperto da saudade
- as palavras mais cortantes
que antes -
assim se constrói
este exílio dos dias frios.





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está frio #2


Escrevo do lado de dentro das paredes brancas que a noite desnuda. A aridez do inverno em cada pedra deste deserto sobre o qual flutuamos, incautos, como se jogássemos à cabra-cega. É uma luz emprestada, esta, dos dias longos de verões já passados, límpida e crua como a distância, 'nítida e precisa' como o vazio.

Inverno 2002





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terça-feira, 2 de dezembro de 2003



sei que me acabo, mas persisto


os últimos dias têm-se feito de poucas palavras, coisas pequenas. pequenos enganos e equívocos, pequenas mortes, o mesmo de sempre. porque assim é o frio de Dezembro. apesar de tudo, um lugar sob os cobertores, é a felicidade possível.



[não sei que se passa. ando obcecada com o Snoopy.]





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quinta-feira, 27 de novembro de 2003




[do frio]

à falta de um abrigo para dezembro
aqueço-me na memória distante
da estrada que arde sob o sol
da tarde lancinante atrás dos montes
onde aprendemos no sal da pele
a lentidão dos dias
[não havia ainda mundo para conquistar
nem morte que se anunciasse]





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[dezembro]

ser o nome que o frio divide
a cidade estranha onde tu faltas
onde o vento sobra nas árvores
as mesmas mãos mas perdidas
pelos bolsos como pedras lisas
que olho atravesso e pergunto
se ainda sabem coisas de ti.





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quarta-feira, 26 de novembro de 2003




à luz fria de novembro
por entre as ruas, por entre as árvores
no espelho iluminado do rio, o vento
balançando as sombras presas aos pés
e nós com as mãos perdidas pelos bolsos
o teu rosto aceso possivelmente
como as noites de inverno afinal
se tecem de uma inexplicável claridade.





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spot player special




"us people are just poems"
[ani difranco]


*

calamity.spot[at]gmail.com



~*. through the looking glass .*~




little black spot | portfolio
Baucis & Philemon | tea for two
os dias do minotauro | against demons
menina tangerina | citrus reticulata deliciosa
the woman who could not live with her faulty heart | work in progress
pale blue dot | sala de exposições
o rosto de deus | fairy tales








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~*. rearview mirror .*~


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~*. spying glass .*~


a balada do café triste . ágrafo . albergue dos danados . almanaque de ironias menores . a natureza do mal . animais domésticos . antologia do esquecimento . arquivo fantasma . a rute é estranha . as aranhas . as formigas . as pequenas estruturas do ócio . atelier de domesticação de demónios . atum bisnaga . auto-retrato . avatares de um desejo . baggio geodésico . bananafish . bibliotecário de Babel . bloodbeats . caixa-de-lata . casa de cacela . chafarica iconoclasta . coisa ruim . com a luz acesa . comboio de fantasmas . complicadíssima teia . corpo em excesso de velocidade . daily make-up . detective cantor . dias com árvores . dias felizes . e deus criou a mulher . e.g., i.e. . ein moment bitte . em busca da límpida medida . em escuta . estado civil . glooka . i kant, kant you? . imitation of life . isto é o que hoje é . last breath . livros são papéis pintados com tinta . loose lips sink ships . manuel falcão malzbender . mastiga e deita fora . meditação na pastelaria . menina limão . moro aqui . mundo imaginado . não tenho vida para isto . no meu vaso . no vazio da onda . o amor é um cão do inferno . o leitor sem qualidades . o assobio das árvores . paperback cell . pátio alfacinha . o polvo . o regabofe . o rosto de deus . o silêncio dos livros . os cavaleiros camponeses no ano mil no lago de paladru . os amigos de alex . Paris vs. New York . passeio alegre . pathos na polis . postcard blues . post secret . provas de contacto . respirar o mesmo ar . senhor palomar . she hangs brightly . some variations . tarte de rabanete . tempo dual . there is only 1 alice . tratado de metatísica . triciclo feliz . uma por rolo . um blog sobre kleist . vazio bonito . viajador


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~*. the bell jar .*~



os lugares comuns: against demons . all work and no play . compêndio de vocações inúteis  .  current mood . filosofia e metafísica quotidiana . fruta esquisita menina aflita . inventário crescente de palavras mais-que-perfeitas . miles to go before I sleep . música no coração  .  música para o dia de hoje . o ponto de vista dos demónios . planos para dominar o mundo . this magic moment  .  you came on like a punch in the heart . you must believe in spring


egosfera: a infância . a minha vida dava um post . afirmações identitárias . a troubled cure for a troubled mind . april was the cruellest month . aquele canto escuro que tudo sabe . as coisas que me passam pela cabeça . fruto saturnino (conhecimento do inferno) . gotham style . mafarricar por aí . Mafia . morto amado nunca mais pára de morrer . o exílio e o reino . os diálogos imaginários . os infernos almofadados . RE: de mail . sina de mulher de bandido . the woman who could not live with her faulty heart . um lugar onde pousar a cabeça   .  correio sentimental


scriptorium: (des)considerações sobre arte . a noite . and death shall have no dominion . angularidades . bicho escala-estantes . do frio . do medo . escrever . exercícios . exercícios de anatomia . exercícios de respiração . exercícios de sobrevivência . Ítaca . lunário . mediterrânica . minimal . parágrafos mínimos . poemas . poemas mínimos . substâncias . teses, tratados e outras elocubrações quase científicas  .  um rumor no arvoredo


grandes amores: a thing of beauty is a joy forever . grandes amores . abraços . Afta . árvores . cat powa . colectânea de explicações avulsas da língua portuguesa  .  declaração de amor a um objecto . declaração de amor a uma cidade . desolação magnífica . divas e heróis . down the rabbit hole . drogas duras . drogas leves . esqueletos no armário . filmes . fotografia . geometrias . heart of darkness . ilustraçãoinício . matéria solar . mitologias . o mar . os livros . pintura . poesia . sol nascente . space is the place . the creatures inside my head . Twin Peaks . us people are just poems . verão  .  you're the night, Lilah


do quotidiano: achados imperdíveis . acidentes quotidianos e outros desastres . blogspotting . carpe diem . celebrações . declarações de emergência . diz que é uma espécie de portfolio . férias  .  greves, renúncias e outras rebeliões . isto anda tudo ligado . livro de reclamações . moleskine de viagem . níveis mínimos de suporte de vida . o existencialismo é um humanismo . só estão bem a fazer pouco


nomes: Aimee Mann . Al Berto . Albert Camus . Ana Teresa Pereira  . Bauhaus . Bismarck . Björk . Bond, James Bond . Camille Claudel . Carlos de Oliveira . Corto Maltese . Edvard Munch . Enki Bilal . Fight Club . Fiona Apple . Garfield . Giacometti . Indiana Jones . Jeff Buckley  .  Kavafis . Klimt . Kurt Halsey . Louise Bourgeois . Malcolm Lowry . Manuel de Freitas . Margaret Atwood . Marguerite Duras . Max Payne . Mia Couto . Monty Python . Nick Drake . Patrick Wolf  .  Sophia de Mello Breyner Andresen . Sylvia Plath . Tarantino . The National . Tim Burton


os outros: a natureza do mal . amigos . dedicatórias . em busca da límpida medida . retalhos e recortes



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