sábado, 13 de agosto de 2011



foi tudo tão rápido que nem tive tempo de me despedir






Fui expulsar o inverno dos ossos para sul. Não apanhei um escaldão. Fui engolida por uma onda, que felizmente me cuspiu de volta. Fiz crescer a minha colecção de azuis-perfeitos, e (re)visitei alguns dos meus lugares mágicos. Comi ostras e todas as obscenidades a que tenho direito. Mafarriquei quanto baste e, pelo caminho, ainda papei a trilogia Millenium, de Stieg Larsson. Agora estou de regresso, mas ainda tenho duas semanas antes de voltar ao velho ofício de funcionária cansada. Prometo que volto já a deprimir, mas por enquanto sou uma mulher feliz.





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posted by saturnine | 20:54 | 1 Comentários


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quarta-feira, 11 de agosto de 2010



foi assim:


As férias de verão - para quem gosta do verão, como eu - representam o melhor momento do ano, a hipótese de fazer um reboot, de esvaziar a cabeça das agruras do inverno, de esquecer que a vida é difícil e começar de novo. Este ano, pela primeira vez, regressei a casa sabendo que é a minha casa, que esteve fechada e sozinha este tempo todo à minha espera, e essa sensação é, de igual modo, reparadora. Deve estar na altura de reler a Teoria da Viagem do Michel Onfray, é o que é.


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Depois de ter visto este post do Bibliotecário de Babel, não resisti a elaborar mentalmente, de imediato, os meus próprios resumos de férias. Em particular, porque temos alguns lugares em comum. Assim, se eu fosse fazer um top das melhores experiências de férias, seria qualquer coisa como isto:


Melhor areal: Praia da Falésia (Açoteias)
Melhor banho de mar: Praia do Cabeço (Azinhal)
Melhor passeio de fim de tarde (com direito a ostras e amêijoas): Cacela Velha, onde as ruas têm todas nomes de poetas
Melhor restaurante: Sacas (Zambujeira do Mar)
Melhor descoberta gastronómica (doce): bolo de gila e amêndoa, no Azinhal
Melhor objecto: a combinação guarda-sol/cadeira de lona, para as leituras no areal
Melhor céu nocturno: Aljezur (a 4km da povoação)





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posted by saturnine | 11:59 | 6 Comentários


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terça-feira, 10 de agosto de 2010



colecção de azuis-perfeitos













Fui e voltei. Sul rima com azul e não é por acaso. Consegui a minha colecção de azuis-perfeitos. Lavei a alma em água salgada a 26º centígrados. Gosto do barulho do mar durante o mergulho. Gosto dos cheiros do verão, a ervas secas e a figos e a buganvílias, e gosto dos sabores refinados da comida quando se come com apetite. Voltei a procurar constelações ao som do canto das cigarras. Reconciliei-me.

Fui a mais um festival, contrariada, na minha aversão às multidões, à procura da comoção. Gosto de Beirut e daquilo que me dizem as suas músicas, que se fixam na memória como postais ilustrados de momentos fugazes. Mas foi fraquinho, não houve magia, não chegou para aquecer o coração. A lagrimita no canto do olho pela Elephant Gun vinha de dentro, do que ouvia na minha própria cabeça. Lá, não brilhou. Valham-nos as bandas sonoras de estrada, cuidadosamente planeadas, para compensar.






Vetiver | More of This






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posted by saturnine | 21:03 | 0 Comentários


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quinta-feira, 29 de julho de 2010



the dog days are over




© Gil Elvgren



Vou por aí. Vou em busca da minha merecida dose de sol, mar, areia, sal, verão. Férias, carai. Vou ali lavar a alma e já venho. Vou limpar o corpo do mofo de um longo inverno e vou fazer da praia o meu bálsamo contra as dores de crescimento. Vou com Florence ans The Machine a abrir a banda sonora e vou convicta de ir em direcção às noites perfumadas, ao céu despovoado do sul, à minha colecção de azuis-perfeitos. Vou só ali ser feliz um instante. Até breve.





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posted by saturnine | 22:21 | 2 Comentários


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segunda-feira, 26 de julho de 2010



antecipação:




Edward Hopper | Room by the sea




Como se poderá perceber pela escalada do tom deste blog nos últimos dias, aquilo de que mais gosto no ano inteiro é, no verão, o curto período que antecede imediatamente a partida para férias. A preparação. O ritual. A antecipação dos lugares, o devaneio deliciado, a escolha cuidadosa das leituras e da banda sonora. Levo comigo o aforismo de René Char e agora também eu sei que quem ama o girassol não meditará dentro de casa (in your fucking face, agoraphobia!). Vou em direcção aos campos de girassóis, em direcção ao mar, verão adentro. É bom o exílio, é boa a dor martirizada sobre o corpo, para que seja transbordante a alegria da conquista de um reino. Vou para encontrar-me entre iguais. E vou bem acompanhada. Tenho o meu lugar onde pousar a cabeça, e tenho algumas horas de boa música para a viagem. E meti na mala estes companheiros:


O jardim dos Finzi-Contini, Giorgio Bassani
Verão, Edith Wharton
Raparigas da província, Edna O'Brien
Estranho é viver, Carmen Martín Gaíte
The suspicions of Mr. Whicher, Kate Summerscale






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posted by saturnine | 23:15 | 0 Comentários


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sábado, 2 de agosto de 2008



The sea, the sea








o título acima é do livro que estou a ler, de Iris Murdoch. acompanhou-me na viagem rumo ao sul, mas só no regresso se me ofereceu o momento de lhe pegar. ante a enfermidade, há que antes preparar o corpo para a cura (coisa que aprendi com Ossanha Traidor).
de partida para o sul, eu fugi para o mar. fugi como a quem urge embrenhar-se sozinho no mato e encontrar-se com deus. a mim urgia mergulhar, nadar, limpar, curar, regenerar. eu sou um ser do verão. a minha única e verdadeira vocação é deambular pelos lugares onde se pode viver do sol. parti, sequiosa, seguindo o rasto da minha sede - e a minha sede põe-me o travo do sal na boca, leva-me para o sul, onde o azul é estupidamente desconcertante e onde o vento frio da noite traz o azul-negro do céu crivado de estrelas. andei por terras onde os mouros passaram. lugares pouco mais que desolados, pequenos, onde a civilização chega só em doses muito moderadas, onde é possível esquecer que há tempo e coisas mundanas - ali, é só a presença da terra. a terra dura e árida, escarpada, impressionantes falésias ao fundo das quais se estendem silenciosos oásis de brisa fresca. a terra chama, e eu vou. ajoelho e estendo o corpo no solo quente. vergo ante o jugo implacável de um sol castigador, arde-me a pele no excesso de luz, e depois chega a redenção: um reino subitamente descoberto, a recompensa pelo esforço da sobrevivência ao caminho árduo, como uma gloriosa coroação quando a manhã vai alta, ao fundo, o mar.
o alívio que é seguir pela estrada que arde, descer 285 degraus escavados na rocha, chegar à praia quase deserta. o mar, do lado ocidental da costa (na verdade é o oceano) tem o tom atlântico característico, vagamente assustador, encapelado, ruge e rebenta violentamente antes de chegar ao areal, e a brisa salpica o corpo de água muito salgada carregada de iodo, em que não é possível nadar. do lado sul, é mar mediterrâneo, baías calmas e verdes que enchem as praias de algas e conchas, onde se nada como se não houvesse amanhã, como se se pudesse nadar até ao fim do mundo - e de lá regressar ao princípio. naturalmente (e felizmente), o lado ocidental é o menos civilizado. é quase possível não ter que articular palavra um dia inteiro. as pessoas circulam ao longe, vemo-las, ouvimos, mas fazem parte de uma história distinta e distante, não nos dizem respeito. o interesse está única e exclusivamente concentrado na paisagem, na planície queimada, os montes verdejantes, as casas caiadas de branco em silêncio absoluto, de cujas varandas e terraços mouriscos emergem cachos de buganvílias numa explosão de cor. ao fundo, o mar.
tenho no mundo um lugar de eleição, que se chama Vale dos Homens. tenho no corpo um bronzeado bonito e saudável. um dia, quando for grande, hei-de ter uma casa branca junto ao mar, com cachos de buganvílias a pender dos arcos das varandas mouriscas, algures numa rua estreita, na qual incide o sol a pique ao meio-dia e onde à noite se sente o ar perfumado, num lugar a sul, só moderadamente civilizado, algo como Aljezur.















































Conhecias o verão pelo cheiro,
o silêncio antiquíssimo
do muro, o furor das cigarras,
inventavas a luz acidulada
a prumo, a sombra breve
onde o rapazito adormecera,
o brilho das espáduas.
É o que te cega, o sol da pele.


Eugénio de Andrade, Matéria Solar






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posted by saturnine | 14:00 | 6 Comentários


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diz que é uma espécie de current mood:
pré-congelado #3




© Gil Elvgren



a praia tem destas coisas. não, não falo deste ar saudável e bronzeado e oops!, estou pouco vestida, é? que agora me domina. falo das implicações de viver secretamente para a Santíssima Trindade: mar, sol, areia.

foi há uns anos largos que, numa colecção antiga de policiais do meu pai, descobri o célebre "Rebecca" de Daphne du Maurier. já o li mais que uma vez, o que é mais do que posso dizer sobre a maioria dos livros mais marcantes da minha vida. isso deve dizer qualquer coisa sobre o livro em questão. o que me agrada no género do romance policial inglês é o tom de um certo requinte macabro que o percorre. mais do que suspense e terror, há mistério, obscuridade, um pouco de sobrenatural. a presença constante das brumas, do mar cinzento encapelado, a bater contra as rochas, das grandes casas de férias onde algo de estranho acontece... a ambiência de fascínio que rodeia os enredos de Daphne du Maurier, e o carácter fortemente visual das suas descrições tornaram os seus contos e romances frequentes fontes de inspiração para incursões no cinema.

bem, contra todas as manias filosofico-existencialistas, o verão relembra-me que "Rebecca" é mesmo um dos livros da minha vida. há definitivamente algo que me agrada na presença de fantasmas antigos que reclamam o seu lugar nas casas inglesas. este verão, voltei a levar a Daphne du Maurier comigo em férias, desta vez "Os Pássaros e Outros Contos Macabros". no que ao título principal, que inspirou o filme de Hitchcock, diz respeito, é certo que o contexto da história e a narrativa sofreram alterações na passagem ao cinema, mas o tom de um certo terror fino, subliminar, contido mas crescente, emerge claramente em ambos. o que é mais terrível: equanto o filme de Hitchcock nos deixa com um final em aberto, suficientemente ambíguo para podermos acreditar que o pior já passou, que com a fuga terá terminado a catástrofe, o conto de Daphne du Maurier abandona a narrativa em pleno auge, a meio dos ataques sanguinários, quando sabemos perfeitamente que o pior há-de estar para vir e que não há fuga possível. é um conto sufocante, que ainda hoje me causa arrepios. a única certeza que tenho é que hoje irei rever "Os Pássaros" de Hitchcock.





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posted by saturnine | 12:27 | 2 Comentários


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sexta-feira, 1 de agosto de 2008



sob o signo do sol:
pré-congelado #2


quando habitualmente em Junho começa a cumprir-se a promessa anual do reino glorioso do verão, acontece qualquer coisa que me transfigura: o corpo instintivamente entra em interna movimentação. como se de uma metamorfose se tratasse, de dentro para fora, vai sendo expulso o inverno, o desaparecimento contínuo, a depressão. é uma purga. temporária, mas possível, necessária. tudo começa quando a linguagem se torna estranha, um excesso. o verão começa quando já só consigo ouvir coisas que não consigo compreender.
há música que me faz sonhar com uma Terra que eu não posso saber de todo se existe mesmo. uma visão romântica dos desertos, das plantações de café, da dureza dos lugares inóspitos onde a presença humana diz pouco da civilização, onde a água é, mais que uma benção, uma religião. mas a música leva-me a essa terra que trago dentro da cabeça, dentro do corpo, à espera de desabrochar.
entre Junho e Setembro, a única música possível é essencialmente árabe e africana. o fascínio do exotismo está claramente marcado, sempre foi assim para o homem ocidental. mas há qualquer coisa de extremamente maravilhoso em escutar aquelas vozes, como cânticos vindos do princípio e do fim do mundo, não conseguir inteligir, e sentir que assim é que está bem, tudo está no seu lugar, que é a própria terra antiga que nos fala, e que é tempo de nos entregarmos ao abandono do sofrimento excessivo.





Sines



este ano, renunciei (não sem alguma angústia) aos festivais de verão habituais. fiz a minha estreia no Festival Músicas do Mundo em Sines. de lá, trago uma injecção de boas vibrações (que conseguiu felizmente superar a minha crescente fobia de multidões e freaks e espíritos de festival), e o espanto e a alegria de dois momentos: Faiz Ali Faiz (Paquistão) e Rokia Traoré (Mali). no primeiro, levitei para outra dimensão, quase hipnotizada, como uma cobra encantada; no segundo, dancei como se não houvesse amanhã, e viajei, viajei para longe, tão longe quanto a minha cabeça me conseguiu levar. as vozes, as vozes. como se o tom de pele conferisse dignidade ao espírito: quanto mais escuro melhor. durante dias a fio, andei com um refrão paquistanês que não compreendo de todo na cabeça. músicas longuíssimas, seguramente com 10, 15, 20 minutos. cheias de cambiantes, avanços e recuos, mas sempre guiadas por uma harmonia subtil que as encerrava dentro de uma unidade implícita. ou seja: regressávamos sempre ao ponto onde algo era reconhecido, mesmo se não soubéssemos que rumo tomávamos.
sobre a voz de Rokia Traoré consigo dizer pouco, a não ser que parece trazer a África toda dentro. ia deixar aqui umas amostras, mas não sou capaz. não faz jus ao que vi e ouvi. é partir em busca, se faz favor, ver para crer (querer).





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sábado, 19 de julho de 2008



f-i-n-a-l-m-e-n-t-e!


agora é que é a sério. se perguntarem por mim, não estou. se precisarem mesmo mesmo mesmo, estarei a sul.volto em agosto.





Edward Hopper, Room by the sea




sol, mar, praia, descanso, passeios, mergulhos,
enfim,
a puta da loucura

em férias!!!






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posted by saturnine | 04:28 | 7 Comentários


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quinta-feira, 17 de julho de 2008



(está quase) planos para dominar o mundo #5


modus operandi: first, we take Manhattan. then we take Berlin. *


ou como quem diz: the only way is up (baby). **




17 de Julho: Peter Murphy - Festival Marés Vivas, Gaia
18 de Julho: The National - Manta, Guimarães
19 de Julho: Leonard Cohen - Passeio Marítimo de Algés, Lisboa



20 de Julho and soi on:






Edward Hopper, Room by the sea


sol, mar, praia, descanso, passeios
enfim,
a puta da loucura

em férias!!!










* Leonard Cohen
** The Communards

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terça-feira, 31 de julho de 2007



Meanwhile


eu vou, mas volto.





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posted by saturnine | 18:02 | 3 Comentários


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sábado, 2 de setembro de 2006




a thing of beauty is a joy forever #2


Em Creta
Onde o Minotauro reina
Banhei-me no mar


Há uma rápida dança que se dança em frente de um toiro
Na antiquíssima juventude do dia
Nenhuma droga me embriagou me escondeu me protegeu
Só bebi retsina tendo derramado na terra a parte que pertence aos deuses

De Creta
Enfeitei-me de flores e mastiguei o amargo vivo das ervas
Para inteiramente acordada comungar a terra
De Creta
Beijei o chão como Ulisses
Caminhei na luz nua

Devastada era eu própria como a cidade em ruína
Que ninguém reconstruiu
Mas no sol dos meus pátios vazios
A fúria reina intacta
E penetra comigo no interior do mar
Porque pertenço à raça daqueles que mergulham de olhos abertos
E reconhecem o abismo pedra a pedra anémona a anémona flor a flor
E o mar de Creta por dentro é todo azul
Oferenda incrível de primordial alegria
Onde o sombrio Minotauro navega


Pinturas ondas colunas e planícies
Em Creta
Inteiramente acordada atravessei o dia
E caminhei no interior dos palácios veementes e vermelhos
palácios sucessivos e roucos
Onde se ergue o respirar da sussurrada treva
E nos fitam pupilas semi-azuis de penumbra e terror
Imanentes ao dia –
Caminhei no palácio dual de combate e confronto
Onde o Príncipe dos Lírios ergue os seus gestos matinais

nenhuma droga me embriagou me escondeu me protegeu
O Dionysos que dança comigo na vaga não se vende em nenhum mercado negro
Mas cresce como flor daqueles cujo ser
Sem cessar se busca e se perde e se desune e se reúne
E esta é a dança do ser

Em Creta
Os muros de tijolo da cidade minóica
São feitos com barro amassado com algas
E quando me virei para trás da minha sombra
Vi que era azul o sol que tocava o meu ombro

Em Creta onde o Minotauro reina atravessei e vaga
De olhos abertos inteiramente acordada
Sem drogas e sem filtro
Só vinho bebido em frente da solenidade das coisas –
Porque pertenço à raça daqueles que percorrem o labirinto,
Sem jamais perderem o fio de linho da palavra

Sophia de Mello Breyner Andresen

















Creta
© lbs 2006





[ + ] para ver mais imagens de Creta, visitar a sala de exposições.

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posted by saturnine | 20:47 | 0 Comentários


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spot player special




"us people are just poems"
[ani difranco]


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calamity.spot[at]gmail.com



~*. through the looking glass .*~




little black spot | portfolio
Baucis & Philemon | tea for two
os dias do minotauro | against demons
menina tangerina | citrus reticulata deliciosa
the woman who could not live with her faulty heart | work in progress
pale blue dot | sala de exposições
o rosto de deus | fairy tales








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~*. rearview mirror .*~


maio 2003 . junho 2003 . julho 2003 . agosto 2003 . setembro 2003 . outubro 2003 . novembro 2003 . dezembro 2003 . janeiro 2004 . fevereiro 2004 . março 2004 . abril 2004 . maio 2004 . junho 2004 . julho 2004 . agosto 2004 . setembro 2004 . outubro 2004 . novembro 2004 . dezembro 2004 . janeiro 2005 . fevereiro 2005 . março 2005 . abril 2005 . maio 2005 . junho 2005 . julho 2005 . agosto 2005 . setembro 2005 . outubro 2005 . novembro 2005 . dezembro 2005 . janeiro 2006 . fevereiro 2006 . março 2006 . abril 2006 . maio 2006 . junho 2006 . julho 2006 . agosto 2006 . setembro 2006 . outubro 2006 . novembro 2006 . dezembro 2006 . janeiro 2007 . fevereiro 2007 . março 2007 . abril 2007 . maio 2007 . junho 2007 . julho 2007 . agosto 2007 . setembro 2007 . outubro 2007 . novembro 2007 . dezembro 2007 . janeiro 2008 . fevereiro 2008 . março 2008 . abril 2008 . maio 2008 . junho 2008 . julho 2008 . agosto 2008 . setembro 2008 . outubro 2008 . novembro 2008 . dezembro 2008 . janeiro 2009 . fevereiro 2009 . março 2009 . abril 2009 . maio 2009 . junho 2009 . julho 2009 . agosto 2009 . setembro 2009 . outubro 2009 . novembro 2009 . dezembro 2009 . janeiro 2010 . fevereiro 2010 . março 2010 . maio 2010 . junho 2010 . julho 2010 . agosto 2010 . outubro 2010 . novembro 2010 . dezembro 2010 . janeiro 2011 . fevereiro 2011 . março 2011 . abril 2011 . maio 2011 . junho 2011 . julho 2011 . agosto 2011 . setembro 2011 . outubro 2011 . janeiro 2012 . fevereiro 2012 . março 2012 . abril 2012 . maio 2012 . junho 2012 . setembro 2012 . novembro 2012 . dezembro 2012 . janeiro 2013 . janeiro 2014 . julho 2015 .


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~*. spying glass .*~


a balada do café triste . ágrafo . albergue dos danados . almanaque de ironias menores . a natureza do mal . animais domésticos . antologia do esquecimento . arquivo fantasma . a rute é estranha . as aranhas . as formigas . as pequenas estruturas do ócio . atelier de domesticação de demónios . atum bisnaga . auto-retrato . avatares de um desejo . baggio geodésico . bananafish . bibliotecário de Babel . bloodbeats . caixa-de-lata . casa de cacela . chafarica iconoclasta . coisa ruim . com a luz acesa . comboio de fantasmas . complicadíssima teia . corpo em excesso de velocidade . daily make-up . detective cantor . dias com árvores . dias felizes . e deus criou a mulher . e.g., i.e. . ein moment bitte . em busca da límpida medida . em escuta . estado civil . glooka . i kant, kant you? . imitation of life . isto é o que hoje é . last breath . livros são papéis pintados com tinta . loose lips sink ships . manuel falcão malzbender . mastiga e deita fora . meditação na pastelaria . menina limão . moro aqui . mundo imaginado . não tenho vida para isto . no meu vaso . no vazio da onda . o amor é um cão do inferno . o leitor sem qualidades . o assobio das árvores . paperback cell . pátio alfacinha . o polvo . o regabofe . o rosto de deus . o silêncio dos livros . os cavaleiros camponeses no ano mil no lago de paladru . os amigos de alex . Paris vs. New York . passeio alegre . pathos na polis . postcard blues . post secret . provas de contacto . respirar o mesmo ar . senhor palomar . she hangs brightly . some variations . tarte de rabanete . tempo dual . there is only 1 alice . tratado de metatísica . triciclo feliz . uma por rolo . um blog sobre kleist . vazio bonito . viajador


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~*. the bell jar .*~



os lugares comuns: against demons . all work and no play . compêndio de vocações inúteis  .  current mood . filosofia e metafísica quotidiana . fruta esquisita menina aflita . inventário crescente de palavras mais-que-perfeitas . miles to go before I sleep . música no coração  .  música para o dia de hoje . o ponto de vista dos demónios . planos para dominar o mundo . this magic moment  .  you came on like a punch in the heart . you must believe in spring


egosfera: a infância . a minha vida dava um post . afirmações identitárias . a troubled cure for a troubled mind . april was the cruellest month . aquele canto escuro que tudo sabe . as coisas que me passam pela cabeça . fruto saturnino (conhecimento do inferno) . gotham style . mafarricar por aí . Mafia . morto amado nunca mais pára de morrer . o exílio e o reino . os diálogos imaginários . os infernos almofadados . RE: de mail . sina de mulher de bandido . the woman who could not live with her faulty heart . um lugar onde pousar a cabeça   .  correio sentimental


scriptorium: (des)considerações sobre arte . a noite . and death shall have no dominion . angularidades . bicho escala-estantes . do frio . do medo . escrever . exercícios . exercícios de anatomia . exercícios de respiração . exercícios de sobrevivência . Ítaca . lunário . mediterrânica . minimal . parágrafos mínimos . poemas . poemas mínimos . substâncias . teses, tratados e outras elocubrações quase científicas  .  um rumor no arvoredo


grandes amores: a thing of beauty is a joy forever . grandes amores . abraços . Afta . árvores . cat powa . colectânea de explicações avulsas da língua portuguesa  .  declaração de amor a um objecto . declaração de amor a uma cidade . desolação magnífica . divas e heróis . down the rabbit hole . drogas duras . drogas leves . esqueletos no armário . filmes . fotografia . geometrias . heart of darkness . ilustraçãoinício . matéria solar . mitologias . o mar . os livros . pintura . poesia . sol nascente . space is the place . the creatures inside my head . Twin Peaks . us people are just poems . verão  .  you're the night, Lilah


do quotidiano: achados imperdíveis . acidentes quotidianos e outros desastres . blogspotting . carpe diem . celebrações . declarações de emergência . diz que é uma espécie de portfolio . férias  .  greves, renúncias e outras rebeliões . isto anda tudo ligado . livro de reclamações . moleskine de viagem . níveis mínimos de suporte de vida . o existencialismo é um humanismo . só estão bem a fazer pouco


nomes: Aimee Mann . Al Berto . Albert Camus . Ana Teresa Pereira  . Bauhaus . Bismarck . Björk . Bond, James Bond . Camille Claudel . Carlos de Oliveira . Corto Maltese . Edvard Munch . Enki Bilal . Fight Club . Fiona Apple . Garfield . Giacometti . Indiana Jones . Jeff Buckley  .  Kavafis . Klimt . Kurt Halsey . Louise Bourgeois . Malcolm Lowry . Manuel de Freitas . Margaret Atwood . Marguerite Duras . Max Payne . Mia Couto . Monty Python . Nick Drake . Patrick Wolf  .  Sophia de Mello Breyner Andresen . Sylvia Plath . Tarantino . The National . Tim Burton


os outros: a natureza do mal . amigos . dedicatórias . em busca da límpida medida . retalhos e recortes



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