domingo, 3 de fevereiro de 2008



no need for comfort, no need for light,


i'm hunting down demons tonight *



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se não houvesse Dostoievski, se não houvesse Kafka, se não houvesse Nietzsche, bem se poderia dizer que ninguém se lança sobre as profundezas do espírito humano como Camus. incontornáveis as linhas que respiram o pesado fardo de conhecer-se os homens:


«Como se o meu verdadeiro desejo não fosse de ser a pessoa mais inteligente ou mais generosa do mundo, mas apenas de bater em quem eu quisesse, de ser o mais forte, enfim, e da maneira mais elementar. A verdade é que todo o homem inteligente, como o senhor bem sabe, sonha em ser um gangster e em imperar sobre a sociedade unicamente pela violência. (...)
Eu descobria dentro de mim gratos sonhos de opressão.»


Albert Camus | A Queda



eis, por exemplo, o retrato perfeito de um homem, reconhecível, tangível, como se tivesse um rosto:


«Sempre achei a misoginia vulgar e estúpida, e quase todas as mulheres que conheci, julguei-as sempre melhores do que eu. No entanto, ao colocá-las tão alto utilizei-me delas mais vezes do que as servi. Como perceber isto?
Bem entendido, o verdadeiro amor é excepcional, dois ou três em cada século, mais ou menos. O resto do tempo, há a vaidade ou o tédio. (...)
Não tenho o coração seco, longe disso, mas, pelo contrário, cheio de ternura, e mais, estou sempre de lágrima ao canto do olho. Só que os meus impulsos sentimentais se dirigem sempre a mim e os meus enternecimentos a mim é que dizem respeito. É falso, no fim de contas, que eu nunca tenha amado.
Conto na minha vida um grande amor, de que fui sempre o objecto. Sob este aspecto, depois das inevitáveis dificuldades dos verdes anos, depressa me tinha fixado: a sensualidade, e só ela, imperava na minha vida amorosa. Buscava somente objectos de prazer e conquista. (...)

Sejamos indulgentes e falemos de enfermidade, de uma espécie de incapacidade congénita para ver no amor qualquer coisa mais que o acto. Esta enfermidade, no fim de contas, era confortável. Conjugada com a minha faculdade de esquecimento, favorecia a minha liberdade. Ao mesmo tempo, por um certo ar de distância e de independência irredutível que me dava, oferecia-me ocasião para novos êxitos. À força de não ser romântico, eu dava um sólido alimento romanesco. As nossas amiguinhas, com efeito, têm isto de comum com o Bonaparte, pensam sempre ter êxito naquilo em que toda a gente falhou. (...)

Quanto a discursos não estava eu mal, pois era advogado, nem quanto a olhares, pois tinha sido, na tropa, aprendiz de comediante. Mudava muitas vezes de papel, mas era sempre a mesma peça. Por exemplo, o número da atracção incompreensível, do "não sei quê", do "não há razões, eu não desejava ser atraído, estava, no entanto, cansado do amor, etc...", era sempre eficaz, posto que seja um dos mais velhos do repertório. (...)
Eu tinha aperfeiçoado, sobretudo, uma pequena tirada, sempre bem recebida, e que o senhor aplaudirá, tenho a certeza. O essencial desta tirada consistia na afirmação, dolorosa e resignada, de que eu não era nada, não valia a pena prenderem-se a mim, a minha vida estava alhures, passava ao lado da felicidade de todos os dias, felicidade que eu talvez preferisse a tudo o resto, mas, enfim, era tarde demais. Sobre as razões deste atraso decisivo, eu guardava segredo, pois sabia que era melhor dormir com o mistério. Em certo sentido, aliás, acreditava no que dizia, vivia o meu papel. Não admira, pois, que também as minhas parceiras se entusiasmassem também com o delas. As mais sensíveis das minhas amiguinhas esforçavam-se por me compreender, e este esforço levava-as a melancólicos abandonos. (...)

Acredite-me, para certos seres, pelo menos, não possuir o que não se deseja é a coisa mais difícil do mundo


Albert Camus | A Queda




it's not you, it's me.
you're damn right it's you.






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posted by saturnine | 15:21 | 3 Comentários


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sábado, 23 de abril de 2005




...and we prayed!



Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
eu não sei se quereria ser um livro. ou quanto muito, queria ser um livro diferente em momenos diferentes da minha vida. assim de repente imagino-me Antígona de Sófocles ou A Metamorfose de Kafka.


Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
já, eu sei que já. mas pelos vistos não foi uma paixão assolapadamente marcante.


Qual foi o último livro que compraste?
ao mesmo tempo:
Heart of Darkness, Joseph Conrad
A Estrada Real, André Malraux
O Exílio e o Reino, Albert Camus
Os Cantos de Maldoror, Conde de Lautréamont
Uma Agulha no Palheiro, J.D. Salinger



Qual o último livro que leste?
ou O Mito de Sísifo de Camus ou A Arte de Amar de Ovídio.


Que livros estás a ler?
Heart of Darkness, Joseph Conrad


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abandonados e para retomar em breve:
O Homem Revoltado, Camus
A Pastoral Americana, Philip Roth
O Elogio da Loucura, Erasmo de Roterdão



Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
A Odisseia, Homero
O Mito de Sísifo, Camus
a antologia completa da poesia de Sophia de Mello Breyner
Raiz de Orvalho e Outros Poemas, Mia Couto
O Gosto Solitário do Orvalho seguido de O Caminho Estreito, Matsuo Bashô
Dark Moon, Terry Morgan


(sim, são seis, mas quem é que está a contar?)



A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
ao Paulo, à Sofia e ao Luís. porque sim.



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posted by saturnine | 15:55 | 0 Comentários


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sexta-feira, 28 de janeiro de 2005




>>> insólito semanal


sabemos que algo de errado se passa quando lemos O Homem Revoltado de Camus e sentimos vontade de encher de corações as suas páginas.



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posted by saturnine | 23:51 | 0 Comentários


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sábado, 22 de janeiro de 2005




>>> and miles to go before I sleep #13


«Esse universo enfim, sem dono, não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada estilhaço mineral dessa montanha cheia de noite, forma por si só um mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta para encher o coração de um homem. É preciso imaginar Sísifo feliz


O Mito de Sísifo | Albert Camus



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posted by saturnine | 03:16 | 0 Comentários


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Don Juan #2


«E se ele olha qualquer coisa, não são decerto os fantasmas dos amores esvanecidos, mas (...) alguma planície silenciosa de Espanha, terra magnífica e sem alma, em que ele se reconhece

O Mito de Sísifo | Albert Camus



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a primeira vez que tive algum contacto com o deserto foi numa viagem pelo interior de Espanha, em que o silêncio absoluto para fora de nós e o sol implacável como um castigo * sobre a planície me impressionaram duramente, e para sempre se imprimiram nas urgências da minha alma. daí resultou que nunca mais me abandonaram as imagens de uma desolação magnífica.






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* Sophia de Mello Breyner Andresen



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posted by saturnine | 02:24 | 0 Comentários


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Don Juan
ou o que farei quando tudo arde?


# Se amar fosse o bastante, as coisas seriam simples demais.

# Porque seria necessário amar raramente para amar muito?

# (...) aqueles que um grande amor afasta de qualquer vida pessoal talvez se enriqueçam, mas empobrecem pela certa aqueles que o seu amor escolheu.


# Um destino não é uma punição.


O Mito de Sísifo | Albert Camus



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posted by saturnine | 01:24 | 0 Comentários


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"não me explicas?"


«Quando as imagens da terra se apegam demais à lembrança, quando o chamamento da felicidade se torna demasiado premente, acontece que a tristeza se ergue no coração do homem: é a vitória do rochedo, é o próprio rochedo.»

O Mito de Sísifo | Albert Camus *


agora sei, finalmente, explicar. é porque é ainda a pedra que pesa e que vence. é ela maior do que eu. um dia, serei eu maior do que ela. descerei a encosta a pensar na minha vida, e quando voltar a subir, a pedra já não terá importância.
é que todas as verdades esmagadoras morrem quando são reconhecidas. (*)



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domingo, 16 de janeiro de 2005




>>> and miles to go before I sleep #12


«Até aqui tratava-se de saber se a vida devia ter um sentido para ser vivida. A partir daqui, pelo contrário, impõe-se-nos que ela será vivida até melhor por não ter sentido. Viver uma experiência, um destino, é aceitar plenamente.»

Albert Camus | O Mito de Sísifo




é a ausência de sentido que sustenta a plena aceitação do absurdo da vida. com a ausência de sentido, habituamo-nos a não perder tempo com o que não seja absolutamente essencial. devotamo-nos às grandes questões e aos grandes impossíveis, e tornamo-nos indiferentes aos pequenos problemas do mundo. é desta forma que aprendemos a que não nos aflijam os pequenos dramas e a olhar nos olhos os velhos demónios do medo. pela ausência de sentido, suportamos tudo, porque sem sentido a vida é plena e sem limites. já não se trata sequer de pensar a liberdade, mas da absoluta irrelevância da própria noção de ser livre. depois de negarmos o sentido à vida, estamos preparados para tudo, para qualquer coisa que venha; e se carregamos uma pedra encosta acima e nos revoltamos contra tudo o que pesa e o que dói é porque é esse o nosso ofício, porque tomamos a vida nas próprias mãos e não aceitamos que consolação alguma nos alivie do seu peso, que nos pertence. depois de tudo isto é muito fácil esquecer aqueles que partiram, as feridas que deixaram abertas, e negar a ternura àqueles que chegam de novo, quando é pressentida a promessa de novo golpe. apesar de tudo são longas as noites, e há horas difíceis e coisas inexplicáveis, e coisas para as quais nunca teremos remédio e que custam e que custarão sempre e que não melhoram com o hábito, e por isso aprendemos a contorná-las, e a vida privada de sentido merece ser vivida porque podemos esquecer o que pesa e o que dói, podemos pô-lo de lado como o legume de que não gostamos na beira do prato e seguir em frente, sem pensar mais no legume, porque o legume não importa, ele continua na beira do prato mas o que interessa é o mundo que entretanto avança e nós que podemos avançar com ele. o fascínio de Sísifo é uma aprendizagem. hoje sei que não há pedra capaz de impedir-me o caminho, não há lugar escuro da noite que eu tema, não há homem que eu não possa impedir-me de amar. só isto é assombroso: viver na plena consciência do medo, sem vivermos subjugados.



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sábado, 15 de janeiro de 2005




>>> uphill


«Quero saber se posso viver com o que sei e só isso.

(...)


Assim, o que ele exige de si próprio é viver
somente com aquilo que sabe, governar-se com o que existe e nada fazer intervir que não seja certo. Respondem-lhe que nada é certo. Mas isso ao menos, é uma certeza. Com ela, ele trava a sua partida: quer saber se é possível viver sem apelo


Albert Camus | O Mito de Sísifo



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terça-feira, 23 de setembro de 2003




chegaram hoje.

L'étranger | Albert Camus
Écrire | Marguerite Duras
Le Square | Marguerite Duras

não lia em francês desde os cadernos de História da Arte da professora Goulão. com esforço de dicionário e muita ginástica mental o fazia na altura. agora, que sera, sera. foi a resolução pelo desgosto da tradução que li d' O Estrangeiro. para depois. quando passar o outro desgosto, o de todos os livros que abandonei pelo cansaço. [preguiça]





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terça-feira, 5 de agosto de 2003



o exílio e o reino


descobri um artigo interessante sobre Camus e o absurdo da condição humana aqui. interessou-me não só pela empolgação do mais ou menos recente mergulho na obra de Camus, mas acima de tudo porque me pôs a pensar (e fica cumprida a tarefa desta mês, pensar outra vez agora só em Setembro). o artigo fala do livro O Exílio e o Reino, e sobre ele adianta:

O exílio fala da solidão do estrangeiro, de sua marginalização e "recusa à representação de um papel que a sociedade lhe atribui", enquanto o reino é o paraíso da história particular, universal, lugar onde o homem encontra a suposta felicidade.

o que me detive a pensar é que os conceitos de exílio e reino estão igualmente presentes na obra poética de Sophia, e com a mesma substância simbólica, ou semelhante. se bem que podemos diferenciar no entendimento do exílio de Sophia um outro tipo de marginalização que não se refere exclusivamente à dualidade indivíduo/sociedade; o exílio, em Sophia, transcende ainda essa ideia, na medida em que o indivíduo que se opõe ao mundo, consciente da sua condição de ser-no-mundo, confronta-se com um mundo que não guarda senão vestígios fragmentados da interna beleza das coisas que a alma conheceu - na obra de Sophia, esta ausência que exila o indivíduo é a ausência do rosto de Deus (ou dos deuses), símbolo de uma alegria de viver que a vida material não permite resgatar senão em sonhos.

sobre o conceito de reino, a proximidade é maior: reino é o lugar primordial da verdade de cada alma, e é em busca dessa verdade que a poeta prossegue, da plenitude essencial do 'primeiro homem', em comunhão perfeita com o ritmo secreto, verdadeiro e universal do mundo. em última instância, o indivíduo é o homem exilado do seu reino.

mas as semelhanças entre Sophia e Camus não cessam por aqui. poderia continuar, não fosse a minha aversão a posts (demasiado) longos. fica o mote para posterior reflexão. possivelmente, regressarei a ele com um poema em cada mão.





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quinta-feira, 24 de julho de 2003




não sei como descrever este fenómeno. não sei se é um reflexo da crescente falta de qualidade ultimamente muito discutida no mundo literário, ou se simplesmente antes era ignorante e agora estou mais atenta: sinto-me profundamente defraudada com a leitura que me tem chegado às mãos. não tenho (ainda) estofo para ler originais noutras línguas. por isso mesmo, toda a minha vida confiei nos tradutores portugueses. nunca sequer me questionei sobre a fidelidade das traduções até me ter apercebido que não há valores absolutos nas equivalências linguísticas.

mesmo eu sendo capaz de embrulhar o estômago e aceitar uma tradução que encurte em 20 páginas a obra original, ou uma que traduza o «mi niña se fue al mar» de Lorca por « o meu amor foi ao mar» (não sou picuinhas, confesso, nem muito metódica nas leituras), o que não posso de qualquer forma aceitar é que 2 em cada 3 livros que compro me cheguem às mãos com uma enxurrada de erros ortográficos e de pontuação, é vergonhoso. pensei que não fosse possível, pelo menos em editoras de maior gabarito. mas está provado - a Assírio & Alvim e a Livros do Brasil publicam livros com erros que envergonham e enervam. esperei 2 anos até finalmente conseguir ler O Estrangeiro de Camus (adquiri a edição da Livros do Brasil); e tudo isto para quê? para isto:

«não posso deixar de, tremer.»
«Perguntou-me, então, se eu, julgara que ele ia responder»
«Fechou, a porta»
«modificar a minha, vida»
«disse-lhe que poderíamos Jantar juntos no Celeste»
«mulherezinha»
«refresca-vam-me as têmporas»
«introduzi-riam»
«embaraça-damente»

para não falar da terminação das frases sem pontos finais. dos inícios de frase sem maiúsculas. da lombada mal colada com suas folhas que estalam cada vez que as manuseio. como se não bastasse já o meu mau humor natural. vou procurar O Estrangeiro em francês, isso é que vou!





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spot player special




"us people are just poems"
[ani difranco]


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calamity.spot[at]gmail.com



~*. through the looking glass .*~




little black spot | portfolio
Baucis & Philemon | tea for two
os dias do minotauro | against demons
menina tangerina | citrus reticulata deliciosa
the woman who could not live with her faulty heart | work in progress
pale blue dot | sala de exposições
o rosto de deus | fairy tales








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~*. rearview mirror .*~


maio 2003 . junho 2003 . julho 2003 . agosto 2003 . setembro 2003 . outubro 2003 . novembro 2003 . dezembro 2003 . janeiro 2004 . fevereiro 2004 . março 2004 . abril 2004 . maio 2004 . junho 2004 . julho 2004 . agosto 2004 . setembro 2004 . outubro 2004 . novembro 2004 . dezembro 2004 . janeiro 2005 . fevereiro 2005 . março 2005 . abril 2005 . maio 2005 . junho 2005 . julho 2005 . agosto 2005 . setembro 2005 . outubro 2005 . novembro 2005 . dezembro 2005 . janeiro 2006 . fevereiro 2006 . março 2006 . abril 2006 . maio 2006 . junho 2006 . julho 2006 . agosto 2006 . setembro 2006 . outubro 2006 . novembro 2006 . dezembro 2006 . janeiro 2007 . fevereiro 2007 . março 2007 . abril 2007 . maio 2007 . junho 2007 . julho 2007 . agosto 2007 . setembro 2007 . outubro 2007 . novembro 2007 . dezembro 2007 . janeiro 2008 . fevereiro 2008 . março 2008 . abril 2008 . maio 2008 . junho 2008 . julho 2008 . agosto 2008 . setembro 2008 . outubro 2008 . novembro 2008 . dezembro 2008 . janeiro 2009 . fevereiro 2009 . março 2009 . abril 2009 . maio 2009 . junho 2009 . julho 2009 . agosto 2009 . setembro 2009 . outubro 2009 . novembro 2009 . dezembro 2009 . janeiro 2010 . fevereiro 2010 . março 2010 . maio 2010 . junho 2010 . julho 2010 . agosto 2010 . outubro 2010 . novembro 2010 . dezembro 2010 . janeiro 2011 . fevereiro 2011 . março 2011 . abril 2011 . maio 2011 . junho 2011 . julho 2011 . agosto 2011 . setembro 2011 . outubro 2011 . janeiro 2012 . fevereiro 2012 . março 2012 . abril 2012 . maio 2012 . junho 2012 . setembro 2012 . novembro 2012 . dezembro 2012 . janeiro 2013 . janeiro 2014 . julho 2015 .


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~*. spying glass .*~


a balada do café triste . ágrafo . albergue dos danados . almanaque de ironias menores . a natureza do mal . animais domésticos . antologia do esquecimento . arquivo fantasma . a rute é estranha . as aranhas . as formigas . as pequenas estruturas do ócio . atelier de domesticação de demónios . atum bisnaga . auto-retrato . avatares de um desejo . baggio geodésico . bananafish . bibliotecário de Babel . bloodbeats . caixa-de-lata . casa de cacela . chafarica iconoclasta . coisa ruim . com a luz acesa . comboio de fantasmas . complicadíssima teia . corpo em excesso de velocidade . daily make-up . detective cantor . dias com árvores . dias felizes . e deus criou a mulher . e.g., i.e. . ein moment bitte . em busca da límpida medida . em escuta . estado civil . glooka . i kant, kant you? . imitation of life . isto é o que hoje é . last breath . livros são papéis pintados com tinta . loose lips sink ships . manuel falcão malzbender . mastiga e deita fora . meditação na pastelaria . menina limão . moro aqui . mundo imaginado . não tenho vida para isto . no meu vaso . no vazio da onda . o amor é um cão do inferno . o leitor sem qualidades . o assobio das árvores . paperback cell . pátio alfacinha . o polvo . o regabofe . o rosto de deus . o silêncio dos livros . os cavaleiros camponeses no ano mil no lago de paladru . os amigos de alex . Paris vs. New York . passeio alegre . pathos na polis . postcard blues . post secret . provas de contacto . respirar o mesmo ar . senhor palomar . she hangs brightly . some variations . tarte de rabanete . tempo dual . there is only 1 alice . tratado de metatísica . triciclo feliz . uma por rolo . um blog sobre kleist . vazio bonito . viajador


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~*. the bell jar .*~



os lugares comuns: against demons . all work and no play . compêndio de vocações inúteis  .  current mood . filosofia e metafísica quotidiana . fruta esquisita menina aflita . inventário crescente de palavras mais-que-perfeitas . miles to go before I sleep . música no coração  .  música para o dia de hoje . o ponto de vista dos demónios . planos para dominar o mundo . this magic moment  .  you came on like a punch in the heart . you must believe in spring


egosfera: a infância . a minha vida dava um post . afirmações identitárias . a troubled cure for a troubled mind . april was the cruellest month . aquele canto escuro que tudo sabe . as coisas que me passam pela cabeça . fruto saturnino (conhecimento do inferno) . gotham style . mafarricar por aí . Mafia . morto amado nunca mais pára de morrer . o exílio e o reino . os diálogos imaginários . os infernos almofadados . RE: de mail . sina de mulher de bandido . the woman who could not live with her faulty heart . um lugar onde pousar a cabeça   .  correio sentimental


scriptorium: (des)considerações sobre arte . a noite . and death shall have no dominion . angularidades . bicho escala-estantes . do frio . do medo . escrever . exercícios . exercícios de anatomia . exercícios de respiração . exercícios de sobrevivência . Ítaca . lunário . mediterrânica . minimal . parágrafos mínimos . poemas . poemas mínimos . substâncias . teses, tratados e outras elocubrações quase científicas  .  um rumor no arvoredo


grandes amores: a thing of beauty is a joy forever . grandes amores . abraços . Afta . árvores . cat powa . colectânea de explicações avulsas da língua portuguesa  .  declaração de amor a um objecto . declaração de amor a uma cidade . desolação magnífica . divas e heróis . down the rabbit hole . drogas duras . drogas leves . esqueletos no armário . filmes . fotografia . geometrias . heart of darkness . ilustraçãoinício . matéria solar . mitologias . o mar . os livros . pintura . poesia . sol nascente . space is the place . the creatures inside my head . Twin Peaks . us people are just poems . verão  .  you're the night, Lilah


do quotidiano: achados imperdíveis . acidentes quotidianos e outros desastres . blogspotting . carpe diem . celebrações . declarações de emergência . diz que é uma espécie de portfolio . férias  .  greves, renúncias e outras rebeliões . isto anda tudo ligado . livro de reclamações . moleskine de viagem . níveis mínimos de suporte de vida . o existencialismo é um humanismo . só estão bem a fazer pouco


nomes: Aimee Mann . Al Berto . Albert Camus . Ana Teresa Pereira  . Bauhaus . Bismarck . Björk . Bond, James Bond . Camille Claudel . Carlos de Oliveira . Corto Maltese . Edvard Munch . Enki Bilal . Fight Club . Fiona Apple . Garfield . Giacometti . Indiana Jones . Jeff Buckley  .  Kavafis . Klimt . Kurt Halsey . Louise Bourgeois . Malcolm Lowry . Manuel de Freitas . Margaret Atwood . Marguerite Duras . Max Payne . Mia Couto . Monty Python . Nick Drake . Patrick Wolf  .  Sophia de Mello Breyner Andresen . Sylvia Plath . Tarantino . The National . Tim Burton


os outros: a natureza do mal . amigos . dedicatórias . em busca da límpida medida . retalhos e recortes



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