gosto
dos livros arrumados nas estantes, por editora, podendo passar-lhes a mão pelas lombadas intuindo uma imperceptível homogeneidade.
da casa vazia quando entro, como se de braços abertos, à minha espera.
de adormecer na sala, ainda vestida, afundada no sofá a ver televisão.
de dozinhar se me apetecer, às horas que me apetecer, aquilo que me apetecer.
de deixar a loiça por lavar dias a fio, tirar os sapatos onde me apetecer e deixá-los ficar, não guardar o pijama mas largá-lo pousado na casa-de-banho, e outras rebeliões afins contra o excesso de organização.
gosto da minha casa e do seu silêncio, quando existe. só não gosto mesmo é dos vizinhos.
Etiquetas: as coisas que me passam pela cabeça, declaração de amor a um objecto, grandes amores
posted by saturnine | 16:22 |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 Comentários:
faço tão minhas estas palavras...
mas depois vem o vizinho de baixo e estraga tudo.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial