being idle #1
Este é um dos meus prazeres mais antigos. Situa-se bem enrarizado nas memórias afectivas da infância e transporta-me para os longos verões que passava na praia com os meus primos (que eram os meus irmãos, no final de contas), onde o ponto de encontro era sempre debaixo da bola gigante da Nivea (ainda hoje não sei, sendo a praia tão vasta, como é que toda a gente marcava encontro debaixo da bola da Nivea, e toda a gente se encontrava), onde fazíamos das toalhas turbantes e véus, e onde me lembro, desde sempre, de aprender aquilo que reencontrei continuamente nos poemas de Sophia de Mello Breyner, anos mais tarde: mergulhar, nadar, brincar nas rochas, sabendo que é com o sal do mar que se sacode a poeira do desencontro e se parte em busca da límpida medida.
Etiquetas: compêndio de vocações inúteis, em busca da límpida medida, grandes amores, matéria solar, o mar, Sophia de Mello Breyner Andresen, verão
posted by saturnine | 16:50 |

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4 Comentários:
Hmmm!... Creio que sei para onde enviar mais um convite quando der início à minha tertúlia de epicuristas!
ah! :)
trocava as cerejas por uvas, e era só.
Em busca da límpida medida, hey?...
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial