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         Grafonola


pela primeira vez este ano a manhã pediu-me Saint Germain.





declaro oficialmente aberta a estação do Sol.

Early Blossoms
+ três exercícios de caligrafia



cerejeira


amor-perfeito


glicínia


azálea


jasmim


pereira


pessegueiro


magnólia


marmeleiro


miosótis



# três exercícios de caligrafia









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para ver mais e maior, no pale blue dot.

testing testing

//meio-tempo


não tenho corpo que baste
para enfrentar os dias magros de Março.

> aniversário do nascimento de Van Gogh




«There may be a great fire in our soul, but no one ever comes to warm himself by it, all that passers-by can see is a little smoke coming out of the chimney, and they walk on.»

das cartas de Van Gogh a Theo >



The Starry Night | 1889



La chambre de Van Gogh a Arles | 1889



Cafe Terrace à la Place du Forum | 1888



Fifteen Sunflowers in a Vase | 1888



Wheat Field with Cypresses | 1889



Branches with Almond Blossom | 1890

//defeito


o pouco sol incita-me —
— não fosse o medo, que imobiliza
qualquer palavra que não seja
                                                    mínima.

//o mundo não começa às 9h da manhã


§%@/&$%&@*º!! o Blogger!



(é só comigo, ou há mais vítimas de achincalhamento informático?)

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   a pergunta que deveríamos fazer-nos é




recorte da imagem de Santa Clara, de Cimabue | séc. XIII

//excesso


a promessa de luz
a manhã recortada
desmorona-se contra       o vento da tarde.

> so put away that meat you're sellin'


os gajos bandidos contam demasiado com a disponibilidade das gajas com sina de mulher de bandido. nunca esperam o esgotamento da paciência. nunca antecipam o 'agora chega!' com que se lhes põe fim ao reinado. e daqui nasce música excelente. já aqui se falou no poder das letras violentas de gaja despeitada, do qual Gloria Gaynor é indiscutivelmente um ícone. hoje voltamos à carga, recordando a diva do you got your game, made your shot and you got away with a lot, now get da fuck out of my way:


Wait 'til I get him back
He won't have a back to scratch
Yeah, keep turning that chin
And you will see my face
As I figure how to kill what I cannot catch

Fiona Apple | Get him back

>>> just pretending to be here


o estar aqui excedeu todas as primeiras expectativas, ninguém diria que sobreviveria, e no entanto eis que o ponto preto se assume lugar — mesmo pequeninando* e perdendo existência a cada dia.

aquilo que eu nunca disse é que perco os meus favoritos a todo o momento e que, desse modo, roubo os links dos blogs dos amigos. é uma grande prova de afecto (semelhante à cedência da torradinha do meio), visto que confio no gosto dos outros o rumo das minhas próprias explorações.

este blog actualiza-se por impulsos. liga-se a outros por paixões instantâneas. não se fazem trocas de favores e às vezes, por distracção, esquecem-se as coisas realmente importantes.



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* cortesia de Mia Couto.

(this must be) underwater love





As imagens transbordam fugitivas
E estamos nus em frente às coisas vivas.
Que presença jamais pode cumprir
O impulsos que há em nós, interminável,
De tudo ser e em cada flor florir?

Sophia de Mello Breyner Andresen





Os que avançam de frente para o mar
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus braços
Vivem de pouco pão e de luar.

Sophia de Mello Breyner Andresen





Meu signo é o da morte porém trago
Uma balança interior uma aliança
Da solidão com as coisas exteriores

Sophia de Mello Breyner Andresen

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© lbs
Oceanário de Lisboa | Março 2005

>>> this must be underwater love, para ver mais no pale blue dot.

> red, red, red



© Bruno Barbey
BAHRAIN. 2004



© Bruno Barbey
BAHRAIN. 2004. Ashura, Sh'ite martyr day.



© Bruno Barbey
BAHRAIN. 2004

{give me something fast}






© exploding dog

How you gon' win when you ain't right within?

>>> and miles to go before I sleep #15




© Pearl Jam | Vitalogy


subitamente aperceber-me do tom nocturno dos dias ventosos, do engano das primeiras horas de primavera - subjugada, ausente -, da incomensurável massa indistinta que me separa do corpo que eu amo. desta vez, não pressenti o ruído da pedra a mover-se, a queda apanhou-me já de queixos no chão, e por agora é tempo de suster a pedra. nenhum movimento, só suster a pedra.

o mundo desencaixado da ordem do meu peito

e depois, num ímpeto, morro de saudades dos do Mal.

> aquellos ojos verdes

o little black spot ignora a primavera, as árvores em flor, o destino dos pássaros. não estou para os livros nem para as grandes causas. estou presa dentro de um disco da Lauryn Hill, e não era - de todo - aqui que queria estar.

constatação pré-nocturna


eu prefiro o sol à sílaba.

>>> and now for something completely different


do que eu gosto é de expressões como endrominar e fazer a folha.

would you please just fuck off?
ou a dança-ritual de celebração da enfermidade derrotada

What you did to me made me
See myself something different
Though I try to talk sense to myself
But I just won't listen

Won't you go away
Turned yourself in
You're no good at confession
Before the image that you burned me in
Tries to teach you a lesson

What you did to me made me see myself somethin' awful
A voice once stentorian is now again weak and muffled
It took me such a long time to get back up the first time you did it
I spent all I had to get it back, and now it seems I've been outbidded

My peace and quiet was stolen from me
When I was looking with calm affection
You were searching out my imperfections

What wasted unconditional love
On somebody
Who doesn't believe in the stuff

You came up on me like a hypnic jerk
When I was just about settled
And when it counts you recoil
With the cryptic word and leave a love belittled

Oh what a cold and common old way to go
I was feeding on the need for you to know me
Devastated off the rage you found below me

What wasted unconditional love
On somebody
Who doesn't believe in this life

Oh, well


Fiona Apple | Oh well

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sim. um pássaro - do sul, mas não azul - trouxe-me Extraordinary Machine.

>>> sem outro assunto de momento...


a primavera ocupa-nos antecipadamente e priva-nos das palavras.

retalhos & recortes #20
ou post-recado para os que também esperam o sol



«É quando deixamos de temer a vida
Que ouvimos os peixes
Antes, insuportável
O silêncio só se ouve na água
Ou
Quando deixamos de temer a vida»


© Lopo, cada vez mais próximo da límpida medida.

> small red thing *


agora, sou só pele e gestos mínimos. perdi a exactidão das palavras. habito uma vertigem onde me movo o menos possível, não vá o mundo desencontrar-se da minha respiração.






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* small blue thing | suzanne vega

> the knights who say 'NI!' revisited




© www.garfield.com

little black teenage spot


lbs tem sorriso estúpido na cara quando anda na rua stop lbs alimenta uma criação de borboletas mutantes no próprio estômago stop lbs vai e não sabe quando volta stop

# hyper speed mood travelogue: against demons





cypress hill | another body drops
moby | mission impossible
moby | james bond theme
chemical brothers | hey boy hey girl
propellerheads | crash
propellerheads | spybreak


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the roots feat. erykah badu | you got me
the roots feat. jill scott | complexity
lauryn hill | doo wop (that thing)

# you make me love you, love you, baby!
     with a little L



© Jamiroquai



(ultra upbeat mood)

estado em que se encontra este blog ™


níveis mínimos de suporte de vida.

as grandes conquistas do raciocínio espacial


parece-me tão óbvio - no limiar da clareza - porque é que, no espaço triédrico, uma recta de maior declive corresponde ao maior ângulo possível com o plano horizontal de projecção, que me falta a capacidade de o transpôr numa explicação verbal, mais clara que o raciocínio imediato.


(estes são os meus melhores vícios. mas também me dizem que sou um bocadinho doida.)