Jean-Marie quem?
já calculava que o prémio fosse pingar sobre um(a) gajo(a) de que eu nunca sequer tivesse ouvido falar [vá lá, ao menos desta vez revelou-se um nome conhecido], e nem é que isso me aborreça por aí além. a única coisa que eu temia era o que disse o Mexia: que a febre Murakami fizesse das suas. ao menos posso suspirar de alívio.
Etiquetas: celebrações, grandes amores, livro de reclamações, os livros
posted by saturnine | 12:39 |
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28 Comentários:
oh, não gostas de murakami? eu gostei muito de "kafka à beira mar" e gostei assim-assim de "a rapariga que inventou um sonho".
subscrevo o suspiro de alívio.
e acrescento: ufa!
confesso o preconceito: nunca li e não o suporto. em nome do tal conhecimento, até gostava de ler o Kafka à Beira-Mar, se ao menos tivesse o mesmo númerod e páginas que o Sputnik, Meu Amor... de resto, parece-me um grande chato, que até pode ser um bom contador de histórias, mas dificilmente matéria Nobel. digo eu. e sublinho: ufa.
Febre Murakami? Chiça!
Confesso que murakami talvez para um premio nobel nao esteja a altura, mas sou muito suspeita ja que a minha lista de escritores laureados de que nunca li sequer um livro, digamos que e extensa... mas a verdade e que nao li o kafka a beira mar, mas sim devorei-o. mas eu gosto dos livros assim, que nos levam velozmente por um mundo de fantasia, que a cada pagina nos surpreendem... mas novamente voltamos a minha iliteracia, o pouco que conheco leva-me a ser facilmente surpreendida, talvez...
Não Matilde, aquilo pode ser viciante. Olha, é como o tabaco: não é bom, mas vicia. Percebes? Bom, vicia.
pois, mas o tabaco provoca uma série de problemas de saúde e agrava mais uns quantos. e um livro numa pessoa como eu?
de resto penso que a questão é: o que pretendemos nós de um livro? por vezes o que eu quero mesmo de um livro é que me leve daqui para um sítio bem longe, se ele for bom nisso... para mim é absolutamente um bom livro. (claro que há uns certos limites, relacionados com o respeito pelos outros, etc. mas estando dentro desses limites, está ok)
p.s. infelizmente no último comentário usei a palavra "iliteracia" que pelos vistos ainda nem sequer existe, é um neologismo derivado de illiteracy, e que a existir quererá dizer analfabetismo, que não era bem o que queria dizer, o que eu queria dizer é que não percebo muito de literatura (e já agora também não percebo muito de português... :| )
E cito o Lobo Antunes, coisa que já me tem valido alguns amargos de boca (as citações, não o Lobo Antunes): «Um bom livro não é necessariamente aquele que gostamos de ler.» É claro que o Lobo Antunes utiliza este dizer para, de alguma forma, varrer para debaixo do tapete o facto de só ter escrito trampa nestes últimos anos.
Percebo, então, que és uma pessoa I-don’t-know-much-about-art-but-I-know-what-I-like. Boa, já somos dois.
‘Iliteracia’: regista na Wikipedia.
Já agora, os dois únicos que valem a pena são o Norwegian wood e o Crónica do pássaro de corda. São bons de ler. Só.
as considerações sobre os escritores americanos são de uma burrice inominável.
acho que o murakami não merece o nobel, apesar de eu ter lido dois livros dele com agrado e ter um terceiro na pilha de livros para ler.
fica a milhas dos tais escritores que não participam no diálogo da literatura (arre, ainda não tinha lido esta cena e não a consigo engolir. >:( )
Bebe água. Diz que ajuda.
ok, existe um livro, que considero um bom livro, que na altura em que o li, não fui sequer capaz de acabar de ler, era muito nova e impressionável e a meio do livro às vezes simplesmente tinha que parar de ler porque não via nada com as lágrimas, "Esteiros" de Soeiro Pereira Gomes. e pronto também existem outros, que apenas me arrastam para sítios ainda piores. mas os tempos que correm tem sido um bocado difíceis, e esse tipo de livros tem sido cobardemente enjeitados...
Este comentário foi removido pelo autor.
O "Esteiros" é um livro lindíssimo, de facto de fazer desfazer em lágrimas. hei-de relê-lo um dia destes.
Esse não é aquele dedicado aos pais (homens) que apenas tiveram filhas (mulheres)?
(samuel, tenciono-te responder dentro de uma/duas semanas ;) )
não, Samuel, é dedicado "aos filhos dos homens que nunca foram meninos". ;)
hummm... o samuel gosta de provocar as meninas. com quem tu te foste meter samuel... falo por mim e suspeito que também pela saturnine ;)
Este comentário foi removido pelo autor.
Ah bom. Eu sabia que era qualquer coisa desse género.
Sentes-te provocada, Matilde? Não me sabia detentor de tal poder.
matilde, não precisas de falar por mim, que no meu caso o Samuel já sabe bem com quem se está a meter. :)
Samuel, é uma dedicatória muito bonita. é curioso porque já quase não me lembro da história (li-o há vários anos), mas lembro-me sempre dessa frase. :)
a bem dizer não me sinto provocada, apareceu-me apenas que aquela pergunta: "Esse não é aquele dedicado aos pais (homens) que apenas tiveram filhas (mulheres)?" era provocatória, é só.
A vossa sorte em dois pontos: 1. Esta entrada está a ficar demasiado deslocada; 2. Fazer scroll é capaz de dar artrite.
E agora é a traquitana americana que me troca as voltas. Enfim, talvez não chova amanhã.
(mas eu ainda nem sequer recomecei a ler os "Esteiros"... homens... :\)
Leia lá O Índio Branco. Acho que vai gostar. Ou L'Extase matérielle, este só conheço em francês.
ora, com semelhante recomendação, sou bem capaz de lhe dar uma oportunidade. um dia. :)
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