acontece-me sempre isto. um inverno inteiro passa e eu sem conseguir aproximar-me dos livros de Sophia. está frio dentro da luz que eles prometem e que tarda. não tenho outra religião que não seja a do Sol. a cada ano me apaixono e converto novamente, se encontro um poema ao acaso, que me fala da minha natureza longínqua. na precaridade dos dias tenho assim a única certeza possível — se habito um mundo que não foi feito à minha medida, há pelo menos uma visão comum, de saudade extrema, de um mundo glorioso de imagens prometido à minha alma. e assim aprendo a necessariedade e o rigor da substância sagrada das palavras.
Etiquetas: em busca da límpida medida, os livros, Sophia de Mello Breyner Andresen, verão
posted by saturnine | 15:00 |
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