agora tu vais, e leva o coração nos mãos. protege-o das intempéries, que se avizinha o frio do inverno e a chuva não é um lugar feito para os músculos cardíacos. vais e depois, quando eu olhar para as tuas costas à distância, terás partido para sempre - eu que fingi não estar quando a tua sombra assomou à soleira da minha porta. vais e não mais teremos um céu que nos cubra aos dois, nem a norte nem a sul. vais, porque o nosso tempo acabou, muito cedo foi tarde demais, e esse coração que levas na mão não resistirá ao frio e à chuva, mais um ano ou dois em silêncio, até que eu sofra de novo o inconveniente de lembrar-te.estou a aprender. mas ainda
só os mortos sabem morrer.
Etiquetas: a troubled cure for a troubled mind, exercícios de sobrevivência, morto amado nunca mais pára de morrer
3 Comentários:
um dos meus poemas favoritos do mia...
haverá algo pior do que ir morrendo?
dele é mesmo o meu preferido. e um dos preferidos de entre todos.
sinceramente, não sei.
ai que poema brutal. entrou directamente na lista de preferidos.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial