Nietzsche | retirado da biografia do autor, apresentada como apêndice n' A Origem da Tragédia
(Lisboa Editora, 1999)
as coisas que reconhecemos como nossas, ou próprias da nossa vida individual, a matéria daquilo que somos e as aspirações que temos enquanto seres humanos, tudo isso não pode ser dissociado do meio em que nos formamos enquanto seres conscientes - e isto é uma ideia em certa media assustadora, se nos pomos a pensar na fatal arbitrariedade das escolhas que, afinal, não dependem de nós: crescer a ouvir Beethoven poderá garantir que estejamos livres do mal de vir a gostar de Marco Paulo; tal como crescer rodeado(a) de livros nos pode afastar da possibilidade de estupidificação da era dos Big Brother; naturalmente um indivíduo não pode ser entendido à margem das circunstâncias em que foi educado. e é isto que refiro como assustador, porque há algures aqui implícita a noção de privilégio, por um lado, e por outro a noção de que se escapa por (muito) pouco ao enlace na mediocridade. é preciso ter sorte quando se nasce.
Etiquetas: filosofia e metafísica quotidiana, o existencialismo é um humanismo, retalhos e recortes
posted by saturnine | 12:43 |
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