há meses inteiros - como se não tivesse havido entretanto senão inverno - sonho com a Avenida Atlântica, com as praias desertas, com o destino dos caminhantes silênciosos nas noites perfumadas de sal, com uma mulher que caminha rumo ao cais e um navio possivelmente ancorado ao largo, em majestosa indiferença, depois um rosto de pedra com o olhar fixo no vazio, as pálpebras carregadas de sombras e o peito ardendo com qualquer coisa que se move por dentro, destrutiva, mas acima disso tudo a cadência das palavras, o ritmo exacto, a medida justa dos silêncios, o amor em carne viva riscado a negro sobre as páginas, a memória do azul mais esplêndido que conheci, esse das viagens pela estrada que arde rumo a um lugar qulquer ao pé da água, próprio para o amor ou para a poesia.
Etiquetas: mediterrânica, parágrafos mínimos
posted by saturnine | 12:00 |
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