no quadriculado plano das ruas
a luz desdobra-se lenta:
silêncio e mar, ao largo.
I
o que de mim há
na lisura deste chão
é a sombra azul que projecto.
II
a ausência total do teu rosto
semelhante ao quebrar da espiga:
o vento uiva pelas manhãs.
III
a fragilidade exacta
de dedos entrelaçados:
um pássaro faz-se céu.
resolução
por vezes na inquietude da pergunta
destila-se o rigor possível
segundo o qual sobrevivo.
Etiquetas: mediterrânica, minimal
posted by saturnine | 19:20 |
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