Alice in Wonderland é, possivelmente, o livro mais pefeito de sempre. Relê-lo, trelê-lo, à medida que o tempo avança, vai revelando camadas sucessivas de interpretação. Percebe-se, por exemplo, que a infância é um território paradoxal, que, não obstante o facto de todos dele provirmos, se torna mais cada vez desconhecido, mais misterioso, à medida que dele nos afastamos. A raiz do medo, que se converte em insónia, no conhecimento do inferno, no terror assombrado dos dias povoados de demónios, tem origem nos lugares profundos dos quais a memória se destaca. Crescer é uma espécie de reencontro. Quando a fantasia se converte ela mesma em metafísica, e na metáfora aparentemente pueril se encontra o consolo de um sentido verdadeiramente existencial.
© Benjamin Lacombe'Would you tell me, please, which way I ought to go from here?'
'That depends a great deal on where you want to get to', said the Cat.
'I don't much care where -' said Alice.
'Then it doesn't matter which way you go', said the Cat.Etiquetas: down the rabbit hole, filosofia e metafísica quotidiana, grandes amores, os livros
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial