A thing of beauty is a joy forever
Uma das grandezas do Tree of Life, de Terrence Malick, reside na eloquência do indizível. A certeza de uma transcendência, que pode ser traduzida em fábula religiosa, ou em puro espanto cósmico. Eu prefiro o caminho do silêncio reverente. A mera existência espanta-me. A improbabilidade de eu ter um corpo, que respira, que pulsa, que pensa, e que é feito exactamente da mesma matéria que todo o resto do universo. Muito antes de me ter interessado sobre os factos da vida quotidiana, já sabia de cor o nome de meia dúzia de objectos do catálogo de Messier. Ainda hoje, a mera contemplação de algo assim só me faz ter vontade de chorar:
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M42, NGC 1977 (Orion Nebula)
© Antonio Torres
Etiquetas: a thing of beauty is a joy forever, filmes, filosofia e metafísica quotidiana, space is the place
posted by saturnine | 13:58 |
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