A thing of beauty in the making
O grande efeito pernicioso do cativeiro prolongado é a habituação. Uma mansa e insidiosa infiltração do mal, que acaba por tender a confundir-se com a própria pele. O exercício da libertação tem muito que se lhe diga. Não se volta simplesmente a ser dono do próprio tempo. Antes, há ainda o pânico de ter, subitamente, e de novo, o poder da escolha sobre a inutilidade dos afazeres. O corpo ainda não está inteiramente desintoxicado. Mas faremos a cura em pequenos passos. Prescrições intensas de música, sol, mar, cinema, livros, amigos, amor. Aos poucos, aprende-se a desaprender tudo o que dói. E dói menos. Dói diferente. Os meus planos para dominar o mundo continuam em crescimento. O verão há-de ser o meu reino.
a minha vontade era começar todos os meus posts com esta fotografia da Marylin.
Etiquetas: a thing of beauty is a joy forever, this magic moment, verão
posted by saturnine | 11:41 |
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2 Comentários:
seis anos a seguir-te, dentro do meu silêncio, porque desde o início que sempre confundi a tua escrita (que por aqui está) com a minha (que está na gaveta). houve alturas em que publicaste pequenos textos quase meus, que tinha acabado de escrever. foste o meu síndrome de estocolmo. fico feliz com a tua alegria, com ponta de ciúme (continuo a deambular por veredas sem rumo) e inveja (chove-me ácido dentro).
Olha que coisa boa. gostei muito de te ler, por várias razões, em particular porque a cumplicidade é coisa bonita. Não invejes. Isto são sempre tudo fases, altos e baixos. É bom o conhecimento do inferno, o ar puro no alto da montanha há-de aparecer um dia. :)
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