na minha rua quase nunca há estacionamento. fico de mau humor quando tenho que ir deixar a viatura ao cu de Judas, com chuva, tralhas para carregar, a lei de Murphy toda compostinha. o mínimo que se pode desejar é um pouco de sossego ao bater com a porta de casa, trancando o mundo ignóbil do lado de fora. mas não. a puta da vizinha de cima tem hora marcada para ouvir televisão aos berros, ou falar ao telemóvel aos berros, ou discutir com o marido aos berros, e é sempre de preferência a partir das onze da noite. os meus nervos não foram feitos para estas coisas. nunca foi grande surpresa gostar mais dos meus livros e dos meus gatos do que da maioria das pessoas, por isso, sim:
© 9000
descoberto via menina limão.Etiquetas: current mood, greves renúncias e outras rebeliões, ilustração, livro de reclamações
5 Comentários:
O cinescópio da TV da minha vizinha, idosa, está encostado à mesma parede que a cabeceira da minha cama.
A minha vizinha ouve mal e, das duas uma, ou é noctívaga ou adormece em frente à TV (ligada).
haja nervos de aço e paciência. :)
o pormenor de classe é o "just die"
"apenas morresse" é como: apetece-me parar de respirar durante 1 hora.
que simplicidade no acto.
não me tinha ocorrido esse "apenas morresse", fiz a leitura "não era bom se toda a gente simplesmente morresse?"... :)
a mim o que me incomoda de morte não é a televisão, mas um bebé que não pára de fazer sons estridentes acompanhados pelos sons não menos estridentes dos pais. haja paciência ou então coragem para ir viver para o meio do monte. fosse possível levar as coisas boas da cidade e já lá estava.
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