Da natureza do que dói
onde a morte não cavasse as suas interrupções
por entre as frestas
do amor e do medo
justamente quando começava a sarar
a pele por baixo das unhas
e se afeiçoara a boca
à forma fria do vento
é cuspido o corpo
de volta para o lugar
onde se distribuem
as feridas.
Etiquetas: bicho escala-estantes, poemas mínimos
posted by saturnine | 04:46 |
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9 Comentários:
bonito e ainda por cima verdadeiro
toda a gente sabe que o medo abre frestas, mas é bom ter a consciência que o amor também
Adorei este little black spot! Muitos parabéns pela negritude...
Isto é uma coincidência extraordinária... O meu blog principal chama-se little black book e o segundo Lost& Found...
E achei-te enquanto procurava a chuva...
curioso, mesmo. :) obrigada.
estás de volta menina saturnina :)
(só para avisar que estou para aqui a assassinar tangerinas em série ihihi que fazer? são irresistíveis. sem contar que o teclado está a ficar com um cheirinho especial a tangerinas)
**
assassinar tangerinas, bolas e eu que lhes tenho dado vida fácil, limito-me a comê-las!
a partir de agora têm que passar as passinhas do algarve em vez dde as engolir interiras
;-)
como que fico sem palavras quando te leio assim... tenho gostado muito dos teus poemas!
tenho de te dizer que o teu blog me toca sempre de forma especial. talvez por isso, apesar da minha preferência, hesite tantos dias antes de cá voltar, como se precisasse de retomar o fôlego.
meninas (...) ***
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