uga shaka uga uga uga shaka
não precisarei certamente repetir que Tarantino é o deus das bandas sonoras (aqui apenas ensombrado pelo David Lynch, assunto que desenvolverei oportunamente), mas parece estou a fazê-lo. Tarantino é o deus das bandas sonoras, e ainda que tenha plena consciência de um certo hype que se vive aqui à custa de Death Proof, a devoção é toda inteiramente merecida. convenhamos que, em boa verdade, Tarantino é o maior. só pode ser o maior alguém que, quando lhe perguntam se não é difícil fazer aqueles diálogos tão característicos, responde que se os actores forem o tipo de actor dele não é nada difícil porque esperaram a vida toda ter diálogos daqueles para dizer. por isso é que o Samuel L. Jackson é o actor-tarantino perfeito. bad motherfucker. parece que nasceu apenas para que lhe saísse pela boca fora o "Ezequiel 25:17":
mas estou a desviar-me do assunto. eu sou uma freak das bandas sonoras. e costumo considerar que não conheço realmente um filme até conhecer bem a sua banda sonora. o que me torna uma incurável aficcionada do Tarantino é esta questão de mergulhar muitas e sucessivas vezes nas ditas cujas, que me faz conviver com os filmes muito de perto, tornando-os familiares, vividos, incorporados. a prova é que eu sei de cor o discurso do Samuel L. Jackson no Pulp Fiction, o discurso da 'noiva' Uma Thurman no Kill Bill, e poderia recitar de cor uma série de falas avulsas dos mesmos e de outros filmes - I don't wanna hear 'peep' comin' outta yo ass!
como diz uma amiga minha, por exemplo, os diálogos das personagens femininas do Deah Proof merecem ser milimetricamente decoradas e recitadas nas mais diversas ocasiões.
eu, que sou a falta-de-disciplina-e-organização-mental-do-Jack* em pessoa, é deste cinema que preciso, e que me faz feliz. o grau de felicidade aumenta, quanto mais a matéria-prima musical seleccionada pelo criador se aproxima do alimento que eu busco. é o caso do trio Pulp Fiction-Kill Bill-Death Proof, inquestionavelmente as minhas preferidas, que se contam inúmeras e repetidas vezes entre as minhas bandas sonoras de viagens de carro - curtas, longas e médias, de dia e de noite, com chuva e com sol. é a dura realidade: eu acho que nasci para ser um filme do Tarantino.
que não me entendam mal: Jackie Brown e Reservoir Dogs têm um lugar igualmente honroso na lista dos meus afectos. simplesmente não agitam tanta maldade cá dentro, é só isso.
* súbita e inesperada referência ao Fight Club.
Etiquetas: fight club, filmes, Tarantino
posted by saturnine | 14:32 |
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4 Comentários:
Eu que sei e que vi, concordo: os diálogos das personagens femininas do death proof devem ser milimetricamente decorados, lá isso merecem. Aliás, o death proof é um filme de culto, e é incrível. A sucessão de diálogos e de banda sonora é absolutamente perfeita.
Até já estou a pensar ir ver outra vez.
eu já vi duas vezes, Nuno. se não houvesse tanta coisa para ver e tão pouco tempo, até ia uma terceira. é muita diversão. :)
gostei da "súbita e inesperada".
acho que devias ver a minha caixa de comentários. é só um palpite.
ehehe, na minha cabeça foi mesmo súbita e inesperada, porque dei por mim a pensar textualmente que era a falta de organização mental do Jack, sem qualquer intenção de estar a fazer referência ao filme. :D
olha, também tenho um palpite.
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