é provável que a noite cobre
a sua dívida de horas mortas
e para o exercício da espera
não me basto
deponho este corpo inútil
que não soube incandescer
agora uma outra devastação
me habita
vou só ali
despenhar-me no silêncio.
Etiquetas: fruta esquisita menina aflita, poemas mínimos
posted by saturnine | 12:05 |
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5 Comentários:
Vai lá.
Eu espero.
;)
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
António Ramos Rosa
:)
para os dois. *
eu também gostava de despenhar-me no silêncio mas tenho um velho colchão de molas que não me deixa dormir. Ouço Caetano para passar o tempo:)
Agora a sério, obrigado pelo teu olhar muito bonito. Vou levá-lo comigo durante algum tempo.
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