não é por negligência ou esquecimento que não deixo comentários, nem felicito aniversários, nem deixo presentes aos meus bloggers preferidos (e como eu preciso de vocês como pão para a boca). o ponto preto quase não lê blogs. o ponto preto perde existência. mesmo este espaço se dilui na estreiteza dos dias. há-de morrer de morte súbita, sem despedidas nem aviso prévio (isto não é um aviso prévio). eu, que não posso ir-me embora para lado nenhum (embora se pudesse, ia, e nunca mais voltava), imagino que o espaço em volta se transfigura. um dia este blog chamar-se-á a intacta ferida. para que me doa um bocadinho menos o estar aqui. tanto mundo e não há nele um lugar que seja meu, um lugar onde pousar a cabeça. não me interessa de todo a redenção. não me interessam as promessas de dias felizes. não quero, honestamente, saber de coisa nenhuma. é inútil falar de amor e dos homens que são como lugares mal situados *.eu só quero um lugar onde pousar a cabeça.
«Há homens que têm dentro de si um fogo tão ardente, e ninguém quer vir aquecer-se nele.»
Vincent a Theo [Van Gogh]
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* Daniel Faria
Etiquetas: blogspotting, declarações de emergência, fruta esquisita menina aflita, um lugar onde pousar a cabeça
posted by saturnine | 00:34 |
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