Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.
> Eugénio de Andrade
poema-perfeito para os excessos da sede em terra seca. (morreu-me um pouco de verão)
Etiquetas: desolação magnífica, poesia
posted by saturnine | 11:36 |
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