há quase dois anos perdi um disco. ficara irremediavelmente estragado pelo assombro das noites demasiado longas. ontem recuperei-o. durante dias rondei-o - ou rondou-me ele a mim - como o predador cauteloso em torno da presa desprevinida, e a noite calma pediu-mo e o regresso fez sentido. estava limpo. já não estava lá gravado o assombro. agora é só a tristeza tranquila de Jobim. percebi assim que o irremediável, tal como a eternidade, é coisa que nunca dura tanto como esperamos.
Etiquetas: filosofia e metafísica quotidiana, grandes amores, música para o dia de hoje
posted by saturnine | 13:27 |
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