ou a aprendizagem segundo s.
> o caminho de Aimee Mann a Leonard Cohen a Lou Reed, ainda que tomado como antídoto, não pode ser confundido com uma cura - é a plena aceitação da febre, da carne viva, ainda que de modo obstinado recusando a enfermidade > não remediamos o mal, mantemo-nos consumindo o excesso em grandes doses.
> não há eufemismos possíveis. não há a presente fase da minha vida. como bem fui alertada, há apenas o ter a cabeça um pouco fodida.
> o culto do corpo nunca é fútil. o hedonismo sensualista é um estado de graça. não sou indiferente aos apelos da epiderme. apaixono-me todos os dias por um pedaço de corpo visto de relance. o desejo desconcerta-me mais do que a perda.
> nunca voltar atrás. a nossa condição de enfermos é recidiva. aprende-se à força de unhas cravadas na pedra, de queixos no chão, que há lugares a que não se pode voltar. não é só a necessidade de consolo que é impossível de satisfazer: na maioria dos casos, nem deve haver qualquer necessidade de consolo. cai-se, levanta-se, e segue-se em frente, sem olhar para trás. o que nos faz doentes é imaginar que necessitamos ter as dores resolvidas.
Etiquetas: afirmações identitárias, drogas duras
posted by saturnine | 13:32 |
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