«A poesia é das raras actividades humanas que,
no tempo actual, tentam salvar uma certa espiritualidade.
A poesia não é uma espécie de religião, mas não há poeta,
crente ou descrente, que não escreva para a salvação da sua alma –
- quer a essa alma se chame amor, liberdade, dignidade ou beleza»
(JL 709, de 17/12/97)
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Eis que morreste. Mortalmente triste
Divaga a flor da aurora entre os teus dedos
E o teu rosto ficou entre as estátuas
Velado até que o novo dia nasça.
Se nenhum amor pode ser perdido
Tu renascerás – mas quando?
Pode ser que primeiro o tempo gaste
A frágil substância do meu sono.
Sophia de Mello Breyner Andresen
6.11.1919 - 02.07.2004
posted by saturnine | 20:34 |
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