colocamos os dedos nas mútuas feridas, acreditando no consolo da companhia para o exílio. mas a verdade é que é também um engano procurar o conforto na proximidade das dores dos outros. nem sempre quem nos compreende encerra em si uma solução. sofremos em conjunto, e é só. não nos salvamos, não nos arrancamos ao absurdo das pequenas mortes. é possível amar-se também a ideia de uma presença, é esse o poder das palavras, o mal intrínseco à fragilidade. que fazemos de nós, quando inventamos abraços?
posted by saturnine | 21:31 |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial