aquilo que não te perdoo é a incerteza. esta existência agora desapropriada o seu significado, que faço eu aqui com as memórias que, afinal, nada me dizem do que fui? é verdade que ainda sinto a falta, constrangida pela certeza da indiferença. é por vezes o silêncio aquilo que mais revela. não te perdoo esta tristeza que me devora, nunca o amor deveria ser um lugar de exílio. que fazes tu dos anos que te dei? um monstro me habita, na sua companhia passo as noites, e longas conversas temos. mas nada do que me diz me ajuda a compreender o mundo, permanecemos, eu e ele, contra tudo e contra todos, alheios à desesperança, a esta incredulidade de perder-te.
posted by saturnine | 22:59 |
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