as manhãs continuam a ser sopradas de terror, e na densa penumbra mantenho as pálpebras fechadas, contrariando a certeza da luz lá fora. o lugar dos sonhos é como uma floresta assombrada, custa-me mais a existência nesse abismo de rostos feitos de sombras. o acordar é penoso como se ramos de árvores como braços me agarrassem e criassem suas raízes sob a minha pele. acordo ferida pela matéria dos pesadelos. o meu demónio está sentado ao meu lado. nada diz. hoje, ambos sabemos o quanto a saudade nos tortura, temos, eu e ele, o peito devastado pela falta de um abraço que não há-de vir nunca mais.
posted by saturnine | 14:32 |
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