nenhuma outra hora me custa tanto como esta. num degrau da casa vazia me sento e o meu demónio me segue, senta-se comigo, espreitamos o escuro e o silêncio, olhamos nos olhos um do outro e mais uma vez nos reconhecemos, velhos conhecidos, longas conversas sustentamos enquanto a noite nos atravessa. o demónio que me habita precisa de carinho, o seu corpo é o labirinto da minha tristeza. ata-se o nó mais apertado na garganta. as pálpebras húmidas estremecem e então já não vejo. tudo é falta, tudo é frio. como me custa esta noite a saudade. não há mágoa, não há estranheza, há somente a tua ausência e as paredes em que a choro. como me fazes falta esta noite. porque foste e porque não voltas?
posted by saturnine | 23:46 |
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