I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence. *
sou eu que entro na noite a correr, ou é outra vez esse canto escuro que tudo sabe que estende o seu longo braço negro e me alcança aqui, frágil, mesmo onde o dia ainda perdura? o pouco que entendo disto é que seja talvez este o meu lugar, a que sempre volto irremediavelmente, onde não há matéria possível para o amor, se afinal de contas há tanto tempo pus a vida no prego, e a noite sempre a reclama mais cedo ou mais tarde. aqui estou de volta ao inferno de minha criação, eu que não soube como fugir ao desamor, que não soube como não fazer da escuridão um lugar triste. estalam por dentro as feridas antigas. toda eu carne viva. repito-me. encolho-me. torno-me de novo minúscula. perderei existência. já há muito o sabia. sempre soube que envelheceria cedo, como Duras. que um dia olharia o meu rosto no espelho e não mais saberia de mim.
posted by saturnine | 18:36 |
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