da infância restam-me algumas memórias mais fortes que as outras, pedaços de crescimento dispersos, como o pesadelo recorrente da queda, o silêncio dos jogos solitários, a dúvida se teria sido adoptada. coisas de criança. claro que hoje em dia, se encontro alguém na rua que se surpreende de me ver mulher feita e não hesita no previsível «ah, mas é a cara chapada da mãe!», já não é possível duvidar. isto pode querer dizer duas coisas: evidência de que efectivamente cresci, e já não há (tanto) espaço para inquietações mirabolantes; ou então simplesmente que tudo aquilo que penso me surge como matéria potencial para blogar. seria caso para dizer, recorrendo ao lugar-comum, a minha vida dava um post.
Etiquetas: a infância, a minha vida dava um post, afirmações identitárias, parágrafos mínimos
posted by saturnine | 00:27 |
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