inexplicavelmente veio a chuva. e inexplicavelmente digo porque as previsões não assentam na matéria dos meus dias, porque não são à medida dos meus sonhos os assombros meteorológicos. agora estão as janelas coloridas de cinzento, acredito que se pode ouvir o vento a bater nas vidraças, e a falta de qualquer coisa novamente assoma, como sempre acontece quando o olhar enegrece e as sombras emergem de dentro das pálpebras. é o peso excessivo das horas sobre o corpo, e custa mais olhar para cima se o céu está escuro e a tarde imprecisa. mesmo para os livros é um tempo desajustado, se há que sair para a rua, enfrentar os pingos sobre os pulsos, a estrada absorta numa quieta melancolia de luzes.
Etiquetas: parágrafos mínimos, um rumor no arvoredo
posted by saturnine | 15:00 |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial