1
a estrada arde
sob o hálito quente do deserto
2
nenhuma protecção tem o corpo
contra o grande olho aberto do sol
assim suspenso na paisagem
3
a pique o gume do silêncio
recorta o negro contorno do lugar
— aqui não perguntamos
4
dizem que os deuses andam por aqui
e eu acredito
se os vejo e pressinto
na linha pura dos teus ombros.
Etiquetas: angularidades, desolação magnífica, poemas
posted by saturnine | 08:38 |
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