retalhos e recortes #5
Escrevo como vivo, como amo, destruindo-me. Suicido-me nas palavras.
Ruy Belo
Da irreversibilidade aparente
É irreversível o curso dos rios, o decurso do tempo. É irreversível a órbita dos planetas, o nascimento de um filho, a força da gravidade. É irreversível a marca a fogo do primeiro olhar, o esmaecer da beleza nos seres vivos, o percurso do amor na vida dos amantes, em direcção à morte.
Samsara
Como é possível morrer tantas vezes às mãos do mesmo algoz? Como entender que não haja mitridificação no envenamento por aquilo que se nos apresenta disfarçado de amor? Como pode a decepção fazer esvair em sangue toda a alegria, anos a fio, sem que o corpo aprenda a arte da fuga, ou a alma o dom do alheamento? Vende-se o que resta de lume por um sopro glacial de dignidade.
lido no modus vivendi. nenhum outro blog vive tão plenamente da essência do seu nome. com a Ana, aprendo a sobreviver aos dias, uma vez por outra.
Etiquetas: retalhos e recortes
posted by saturnine | 14:58 |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial