Acaso estamos mortos e só aparentamos
estar vivos, nós gregos caídos em desgraça,
que imaginamos a vida semelhante a um sonho,
ou estamos vivos e foi a vida que morreu?
Paladas de Alexandria (séc. IV d.C.), tradução de José Paulo Paes, in "Paladas de Alexandria - Epigramas", Nova Alexandria, 1992.
recordou-me algo assim:
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é pporque estamos
Nus, em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma bebrá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Sophia de Mello Breyner Andresen | Se todo o ser
Etiquetas: poesia, retalhos e recortes
posted by saturnine | 13:11 |
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