de mim costumo dizer que sou um girassol, que no fundo dos meus olhos brilham dois sóis negros. a tristeza é o meu ofício. vivo de verão, de sede de sol, definho e encolho-me no Outono à passagem das folhas caídas. levei anos a substituir o negro, o antracite do meu guarda-roupa pelos vermelhos e azuis. levei anos a deixar crescer o cabelo. os anos não aprenderam ainda a expulsar o deserto que me habita. 'pedra', 'sal', 'ruína' são as minhas plavras preferidas. de vez em quando. também tive um amor que me deixou no verão. um que, se morresse, me deixaria os olhos como dois sóis apagados.
for nostalgic moods: Around My Smile | Hope Sandoval & The Warm Inventions
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primeiro fiquei assombrada com isto. e a seguir veio isto.
Re:
«Habito a terra dos que passam. A morte é a minha maior especialização. Detesto a chuva nos pulsos, desconcerta-me quem se senta ao Sol. Tive um amor que deixei no Verão. Sofro dum mal de espanto, tenho um problema de estilo, sou vulgar. Hoje entristeci demais.»
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Re: Re:
«vieste assim triste é essa a sabedoria de prender
os corpos uma laranja que se solta
ao ritmo do coração desarranjado
as pessoas tristes não sabem soluçar
o pensamento está preso fundo muito fundo
e é por isso que apenas se deixam adivinhar»
Etiquetas: afirmações identitárias, RE: de mail
posted by saturnine | 12:51 |
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