pedra
sal
sol
ruína
ferida
quietude
destroços
azul
raiz
noite
acontece assim, o texto:
na quietude da palavra pedra absorvo a densidade possível dos lugares magoados de sol. o edifício do meu texto, outrora um templo, desfaz-se em colunas de sal. sobre a ruína, não sabem os destroços que geografia lhes pertence. o chão magoado do ardor do verão povoa-se de ângulos negros, nele me estendo e ausculto a respiração da terra, entrecortada de sombras. depois chega a noite, recortada no quadrado azul da janela. com ela os sussurros assombrados de um canto conhecido do quarto, rosto visível da raiz do medo. aqui, onde o deserto me habita, a memória das árvores converte-se em ferida.
Etiquetas: inventário crescente de palavras mais-que-perfeitas
posted by saturnine | 12:23 |
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