[dois postais ilustrados para o Luís]
achavam salutar que mergulhasses no mosto,
na promessa apenas desse vinho tinto
que ao enrijecer os músculos
despertava a alma para infâmias e paixões.
Que diriam agora, se o pudessem dizer,
essas mães? Deixa, qualquer abismo serve:
perdste a infância e não encontraste o mundo.
Lagar | Manuel de Freitas
Não esperes que te ajude o Cavaleiro
Andante ou - menos ainda - a música.
Cresceste demasiado, o teu corpo
não cabe no teu corpo e o amor
(ah, o amor) ajuda mas não salva.
- Vem comigo partir estes pinhões,
sob o esboroado cor-de-rosa das paredes.
Os avalos, acredita, não te farão mal.
Depois das laranjeiras havia um tanque,
depois do tanque um jardim. Mas
de pouco te serve dizê-lo, agora que tratas
por tu a mais íntima distancia do que foste.
(Opus 78) IV. Allegretto | Manuel de Freitas
Etiquetas: amigos, Manuel de Freitas, poesia
posted by saturnine | 13:40 |
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