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não é certo que me exiles
que das tuas mãos nada
cresça senão as pedras
o tecido desgastado do silêncio
está já esticado à beira da ruptura
um arco demasiado tenso que
arrisca rebentar-me nos braços
este solo pisado e magoado
vezes sem conta suspira já
o cansaço de ser ruína
ponte tactando lugar nenhum
senão o degredo a que me votas
não posso mais - porque não posso -
dar-me a este desconsolo
nem a noite é já suficiente
para que qualquer coisa se resgate
agora quero apenas a calma
ou alguma coisa parecida
um rumor imprevisto improvável
tudo menos este silêncio
esta brutalidade com que
pela indiferença me aniquilas.
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Etiquetas: fruta esquisita menina aflita, poemas
posted by saturnine | 20:57 |
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