não se trata de vida poetizada, nem de metáforas inacessíveis aos arrepios do corpo: é bem real a poesia intrínseca das coisas em certos momentos, e o rigor com que a alma regressa complacente ao lugar que ocupa dentro do corpo. nada poderia (a)pagar o dia de hoje. tudo está no lugar em que deveria estar. até o amor desmembrado, desastrado, adormecido sob a memória do sol. as horas são mansas para com o ardor latente, ao contrário do hábito das minhas noites inflamadas. tudo repousa, e só uma levíssima aflição que quase dói me distrai. o silêncio hoje tornou-se livre e não tenho medo. não sei porquê, mas já não tenho medo. como vêem, um palavrão na hora certa pode ser, mais do que balsâmico, quase redentor.
Etiquetas: as coisas que me passam pela cabeça, o exílio e o reino
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