sou um girassol e no fundo dos meus olhos brilham dois sóis negros
René Char diz, no referido livro [Assírio & Alvim, 2000], que 'quem acredita no girassol não meditará dentro de casa'. que fazemos nós então? que faço eu aqui? que desencanto pode ser maior que um desejo de mar? que desencanto de amor pode ser maior que o chamamento de todo o azul que existe pelo mundo fora?
um dia destes (um ano destes, mais exactamente) mudo-me para as ilhas gregas (no verão, bem entendido). quero ofuscar-me com a evidência de verdade que só conheço dos versos de Sophia.
um girassol habita o azul
o silêncio agudo da paisagem
um pé queimando a sombra.
Etiquetas: matéria solar, poesia
posted by saturnine | 16:07 |
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