é reconfortante, a ideia de estar preso dentro de uma música. como habitar um casulo, feito à medida do nosso corpo, que gira e roda em seu redor, incessantemente, produzindo calor, afecto, alegria. acontece-me ocasionalmente. sou puxada para dentro de uma espiral de comoção e não consigo sair (senão com muito esforço, quando o mundo exterior chama com muita força). a tentação da fuga é absoluta. escapar a todo o ruído acessório, viver um amor até às últimas consequências. por estes dias, horrorosos invernosos sem sol, entro e saio de uma música para outra, tentando evitar tanto quanto possível ser apanhada pela chuva, entristecer de frio. contra todo o negrume do mundo, ora sonho que danço, ora que nado.
♥1 (a paixão): Beirut |
Mount Wroclai (Idle Days)
♥2 (a entrega): Bill Callahan |
The Breeze, My Baby Cries♥Etiquetas: grandes amores, música no coração