«As pessoas às vezes interrogam-se como podem os espiões ter uma vida normal. Blaise sabia. Divide-se, simplesmente, a mente em dois e constroem-se barreiras impenetráveis entre as metades.»
A máquina do amor sagrado e profano | Iris Murdoch
© Relógio d'Água 2004
e é assim que é possível não prestar atenção ao que dói, não reconhecer o que falta(s), divido a mente em dois e ergo uma barreira impenetrável. mas uma só desatenção, um descuido, e um sopro basta para deitar tudo por terra. um só suspiro que se escape, e lá estarei eu novamente a recordar-me de ti, a temer pelas tuas noites, a desejar o teu seguro regresso a casa. por isso, respiro.
posted by saturnine | 00:42 |
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